Slow Down

Capítulo 11.

Era quarta a noite e eu estava sozinho em casa. Haerin tinha ido dormir na casa de uma amiga dela e nossos pais saíram para comemorar o aniversário de namoro deles. Sim, eles comemoram três datas no ano; a de quando começaram a namorar, a de quando Appa Sunghoon pediu Appa Jake em casamento e a de quando casaram. Uma breguice, mas eu só dizia isso por sentir inveja deles.

Hoje eu planejo maratonar minha série favorita que teve nova temporada lançada, depois ligaria para Sunoo para fofocarmos sobre a vida de alguém. Mas parece que meus planos iriam por água a baixo, já que assim que me sentei no sofá para ligar a tv, a campainha tocou na hora. Não poderia ser meus pais e muito menos Haerin, os três tinham a chave de casa, então, quem seria? Poderia ser um assassino que iria me matar e vender meus órgãos, mas eu poderia muito bem fazê-lo se apaixonar por mim e ele iria mudar suas atitudes.

Contragosto, me levantei e fui até a porta, mas antes de abrir, peguei um vaso de flores pra usar como arma caso fosse um doido que quisesse me matar. Abri a porta lentamente, brechando para ver quem era e dando de cara com Jay. O que esse alfa de meia tigela queria?

— O que você tá fazendo aqui?

— Boa noite pra você também, Jungwon.

— Só seria boa se você não tivesse aparecido.

— Seus pais estão? – Ele passou por mim, entrando dentro da minha casa sem a minha permissão.

— Saíram, assim como você deve fazer. – Fechei a porta e coloquei o vaso de volta onde estava.

— Pra onde eles foram? – Sentou-se no sofá e pegou o meu pote cheio de balas fini que estavam ali perto, colocando um na boca.

— Provavelmente transar. – Tomei os doces de suas mãos, deixando bem longe dele. — Agora, por obséquio, você pode ir embora?

— Não. – Disse simplista enquanto afrouxava a gravata que usava.

— Não? Quem você pensa que é?

— Você vai fazer uma festa do pijama? – Perguntou olhando toda a minha "decoração" para ficar aproveitando minha própria companhia.

— Não te interessa. Vai embora.

— Acho que vou tomar um banho. – Sorriu pra mim, levantando-se e indo em direção as escadas.

Eu poderia aproveitar que ele estava de costas para jogar o vaso em sua direção, mas eu não seria trapaceiro assim. Iria esperar que ele voltasse para jogar na sua cara mesmo.

Já que eu estava "sozinho" outra vez, me sentei outra vez no sofá e peguei o pote de doces. Liguei a tv e coloquei na minha série, começando a assistir ao primeiro episódio e amando rapidamente. Cada episódio era de cinquenta minutos, e não demorei a terminar os cinco que foram lançados, percebendo só aí o tempo em que Jay ficou no andar de cima. Não que eu estivesse preocupado com ele, mas vai que ele caiu no banheiro, bateu a cabeça e morreu? Eu tinha ir ver para avisar meus pais.

Eu não sabia em qual dos banheiros ele estava, já que tinha o do meu quarto, dos meus pais, da Haerin e dos dois quartos de hóspedes. Fui ver logo nos banheiros dos quartos de hóspedes, não encontrando no primeiro e, assim que entrei no segundo, me espantei ao vê-lo apenas de toalha no meio do quarto.

— Que merda é essa!?

— Eu...?

Eu demorei muito tempo para raciocinar o que estava acontecendo, tentando manter o foco em seu rosto, mas era quase impossível. A marca de V era bem visível, o abdômen não era muito marcado mas dava pro gasto, os ombros largos e os braços fortes e... Uma tatuagem? Aquele alfa miserável ainda tinha uma tatuagem de raio em seu braço direito.

— Quer um balde? – Sua voz me fez sair do transe, encarando ele confuso.

— Pra quê?

— Pra sua baba cair nele e não no chão.

— Vai a merda.

Ele riu e virou de costas para mim, e quando pensei que ele iria ficar nu na minha frente, fui tapeado por ele estar com a cueca. Mas, algo me chamou atenção — de novo.

— O que é isso na suas costas? – Perguntei sem cerimônias e ele me olhou por cima do ombro.

— Não sei, o que é?

— Parece... Arranhões. – Falei um pouco incomodado ao ver aquelas linhas avermelhadas em sua pele.

— Ah, fui uma gata. – Virou-se pra mim com um sorriso sacana no rosto.

— Você é nojento.

— Pensei que gostasse de alfas nojentos.

— Eu gosto, mas você é uma excessão. – Sorri cínico.

— Você é um desgraçado, sabia? – Veio na minha direção, me prendendo contra a parede.

— Como? – Estava prestes a xingar ele, mas sua mão tocando minha coxa descoberta me fez arfar em surpresa.

— Você faz isso só pra provocar, né? Essas roupas... Você usa pra me ver louco? – Apertou a minha pele branca, que facilmente ficou vermelha.

Tudo bem, devo admitir que ele estava certo. De uns dias pra cá, eu vinha mesmo usando roupas mais curtas do que o normal sempre que Jay estava por perto, apenas para vê-lo se conter na frente das pessoas, principalmente dos meus pais e de Haerin. Porém, a alfa já tinha percebido uma tensão entre mim e o Park, então veio me perguntar e eu não pude esconder dela, que prometeu manter segredo.

— Eu uso porque gosto, se fosse pra te provocar, eu nem usaria roupas. – Sorri de canto e toquei seus ombros, deslizando meus dedos até o cós de sua cueca.

— Ah é? – Enfiou sua destra por dentro do meu shorts fino do pijama, apertando minha bunda. Jay sorriu de uma forma cafajeste. — Sem nada?

— Que se foda.

Eu não era de reagir a poucas provocações, mas eu já aguentei muito tempo ver Jay todo gostoso e não poder fazer nada por ter pessoas por perto, agora estávamos só eu e ele e ninguém iria atrapalhar. O joguei em uma das camas de casal, ficando por cima dele e não demorando para beijá-lo, sentindo suas mãos apalpando minha bunda com volúpia, me puxando mais para cima de seu pau, o qual pude sentir bem e ter um pouco de ideia do tamanho.

— Alfa... – Arfei ao sentir sua língua tocar meu mamilo esquerdo.

Ele nem ao menos tinha tirado minha blusa, apenas enfiou a cabeça por baixo dela e começou a chupar e mordiscar meu peito, me fazendo revirar os olhos em deleite e começar a rebolar em seu colo no mesmo instante. Impaciente, tirei minha blusa e afastei o mais velho para olhar em seu rosto.

— Você não faz ideia do quanto eu esperei por isso. – Ele me disse o que eu pensei em dizer.

Sem mais delongas, o puxei para outro ósculo, dessa vez mais intenso que o último. Aquela noite seria longa...