Capítulo 27.

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Já havia se passado um mês desde que Jay foi embora e minha vida já estava desanimada. As aulas voltaram uma semana depois de sua ida, passei a ver Sunoo e Niki mas vezes, Haerin estava matriculada na mesma escola que eu e tivemos alguns problemas nos primeiros dias como alfas idiotas vindo implicar com ela. Fui a direção três vezes na mesma semana por conta de homens desgraçados assediando a minha irmã, e eu não pude ficar parado, bati eles e bateria de novo. Appa Sunghoon meteu um processo na escola e até agora eles estão tentando pagar, e qualquer coisa que aconteça, o alfa aparece na escola com seus dois advogados.

Hoje é sexta-feira — graças a Deus —, estou com meus queridos amigos no pátio da escola nesse momento, era intervalo de estávamos aproveitando para descansar. Junto estava Hanni, uma amiga de Hae que não desgrudava da gente. Sunoo já reclamou dezenas de vezes sobre essa aproximação forçada da garota, principalmente para Niki. Ela sempre estava tentando atrair a atenção dele e estar ao seu lado, deixando não só Sunoo, como eu também fico incomodado com isso. Haerin é uma idiota apaixonada que não percebe essas atitudes da amiga, e nem eu e nem o Kim iríamos dizer nada.

— Eu já ganhei duas medalhas em um concurso de matemática, acredita? – Ela dizia ao Kim mais novo, este que estava entretido com sua revista em quadrinhos.

— Legal, legal. – Respondeu folheando a revista, não dando a mínima importância para a ômega.

— Se algum dia você quiser ter aulas particulares, eu estou disposta a te ajudar. – Hanni disse com segundas intenções, me fazendo revirar os olhos.

— Não, valeu, eu já tenho o Jungwon Hyung como professor particular. – O alfa proferiu com um sorriso mínimo no rosto.

— Eu preciso de algumas aulas. – Hae disse com um bico no rosto.

— Hm... – A ômega sorriu forçado, mas óbvio que Haerin não percebeu que ela estava quase explodindo de raiva.

— Niki, vamos ali comigo? – Disse me levantando do banco em que estava sentado, vendo-o levantar e deixar a mochila com o irmão mais velho antes de me seguir.

— Onde vamos?

Não respondi, apenas segurei em sua mão e sai puxando-o pelos corredores da escola. Eu sentia que meu cio estava próximo e eu não tinha ninguém além de Niki para me satisfazer, aos poucos eu sentia os sintomas do cio e tinha que colocar tudo pra fora, e era com ele que eu faria isso.

Assim que chegamos na sala do zelador e eu tranquei a porta, tudo que fiz foi puxá-lo para um beijo desesperado, sendo encurralado entre a porta e ele. As mãos grandes do alfa agarraram minha cintura com posse, me levando para mais perto e sentindo sua leve ereção. Alfas são difíceis de deixar excitado com tão pouco, mas Niki era novinho e eu fui o seu primeiro em tudo, já era de se esperar que ele ficasse todo molinho comigo.

Já sentindo meu corpo quente, eu retirei nossas roupas e virei de costas para ele e empinei bem a minha bunda. O olhei por cima dos ombros e dei um sorriso malicioso antes de chamá-lo com a mão para mais perto, logo, sentindo-o entrar devagar dentro de mim e não demorar para começar a estocar lento.

Desde que transei com Jay, tive a certeza de que nenhum outro alfa conseguiria fazer o que ele fez, mas eu tinha que me contentar com o que tivesse. Niki era bom, até porque eu já era experiente quando comecei com ele e o ensinei tudo que vivenciei, mas nada era comparado ao que Jay me fazia sentir. Ele é mais velho, já viu e viveu de tudo nessa vida, ele sabe bem o que deve e não deve fazer.

E pensando no alfa, eu cheguei ao meu limite sujando a porta em que estava escorado, e logo senti a porra de Niki me preencher por inteiro. No momento em que ele saiu de dentro de mim, senti o esperma escorrer entre as minhas coxas e pingar no chão.

— Eu pensei que você nunca mais quisesse fazer isso comigo. – O mais novo dizia enquanto vestia seu uniforme.

— Pensou errado. – Mandei uma piscadinha para ele antes de terminar de me vestir, saindo minutos depois de dentro da sala e voltando para onde nossos colegas estavam.

Agimos normalmente e nenhum deles percebeu nada, apenas Hanni que me encarava como se fosse me matar, mas eu não ligava para isso. A sensação de ter na palma da minha mão o que os outros querem, era muito gostosa. Não é segredo pra ninguém que eu ame esfregar na cara dos outros que eu tenho algo que outra pessoa quer, mas Hanni ainda não sabia disso, só que eu faria questão dela ter consciência de que Niki pertencia a mim, mesmo que eu não pertencesse a ele.

E eu ainda fiz questão de selar o canto da boca dele antes de sair com Sunoo para podermos ir ao bebedouro, dando uma espiada na ômega que estava com a cara vermelha de raiva. Sai dali com um sorriso no rosto e uma sensação boa no peito, mas aquilo passou rapidamente quando senti uma leve pontada no pé da minha barriga, me fazendo parar no meio do caminho com a mão no local dolorido.

— O que foi? – Sunoo perguntou se aproximando, já que ele estava indo na frente e parou ao não me ver por perto.

— Nada... – Senti outra pontada, me fazendo encolher o corpo. — Só uma dor na barriga.

— Deve ser porque você não comeu direito hoje. Ou então porque você ainda não fez xixi.

Voltamos a andar depois que eu me senti melhor, mas ao chegarmos perto do bebedouro, aquela pontada veio em cheio.

— Melhor você ir na enfermaria. – Disse tocando meu ombro, eu neguei rapidamente.

— Não deve ser nada...

— Temos que nos prevenir.

Ouvir aquela frase me fez voar longe, desenterrando tudo que vivenciei nesse último mês.

Jay e eu não usamos camisinha no dia em que transamos no carro. Nem eu e Niki usamos hoje, mas era mais provável o de um mês atrás... Ou só podia ser paranóia minha.

— Vamos voltar logo, deve ser só fome. – Balancei a cabeça tentando espantar aqueles pensamentos intrusivos.

Slow DownOnde histórias criam vida. Descubra agora