Capítulo 19.

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Depois de ter vomitado tudo que comi na festa de Sunoo, Niki me ajudou e em seguida ligou para os meus pais, infelizmente tendo que ir pra casa antes da hora. O caminho inteiro tive que vir escutando os questionamentos de Appa Sunghoon, todos ligados aos meus enjôos repentinos e que iria processar o médico que me consultou. Haerin apenas segurava minha mão no trajeto todo, e quando chegamos em casa, ela se ofereceu pra dormir comigo e eu aceitei de bom agrado.

No dia seguinte, assim que me direcionei a cozinha após tomar um banho, fui obrigado a beber uma vitamina de beterraba com outras misturas feita pela nossa vizinha que dizia que aquilo servia pra essa minha fraqueza. E contragosto, eu bebia aquela líquido arroxeado fazendo careta.

— Vou ter que sair agora. – Appa Jake avisou, aproximando-se de mim. — Seu café da manhã está no microondas, quando Hae acordar avise a ela que o dela também está lá.

— Pra onde o senhor vai? – Terminei de beber a vitamina, fazendo uma careta no final.

— Hospital! Hoje é a minha consulta com o doutor Lee. – Sorriu pequeno.

— Ah, sim! Volte com ótimas notícias, hein. – O abracei apertado, ouvindo sua risada.

— Não esquece de tomar os remédios! Qualquer coisa me liga, tá? – Assenti.

O acompanhei até a porta e acenei quando ele saiu. Me senti aliviado por não ter sentido ânsia até agora, mas por precaução e obrigação, fui tomar meus remédios para só depois ir comer algo reforçado, torcendo para que não vomitasse de novo.

E algumas horas se passaram e eu não senti absolutamente nada, comi normalmente e fiquei assistindo na tv. Hae ainda dormia e eu não iria atrapalhar o sono dela, mas infelizmente algum infeliz veio e atrapalhou meu filme.

A campainha tocou duas vezes, estressado eu me levantei para ir atender e fiquei mais estressado ao ver de quem se tratava.

— O que você quer? – Perguntei com raiva na voz e cruzando os braços.

— Eu quero conversar.

— Não temos o que conversar.

Eu iria fechar a porta na cara dele, mas o alfa impediu e entrou dentro de casa.

— Eu vou chamar a polícia! Isso é inversão!

— Me escuta, por favor!

— Não tenho motivos pra isso!

— Para de ser cabeça dura pelo menos uma vez, pirralho! – Tentou segurar na minha mão, mas a afastei para longe. — Me deixa explicar!

— Você não tem o quê ou porque me explicar, Jay! Nós não temos nada. – Por algum motivo, dizer aquilo me incomodou.

— É claro que temos! A gente se gosta!

— Eu não gosto de você.

Ao dizer aquilo, a face do alfa mudou para uma de decepção, como se não quisesse ter escutado aquilo. De alguma forma, vê-lo assim me deixou triste.

— Isso é mentira.

— É a minha palavra contra a sua. – Tentei não demonstrar desconforto. — Eu jamais iria gostar do melhor amigo do meu pai.

— Mas gosta.

— Não força, Jay. – Revirei os olhos.

— Sei que é errado, mas caramba, eu não consigo te tirar da cabeça, pirralho. – Segurou meus ombros, aproximando o rosto do meu. — Todo dia eu penso em como você está, o que está fazendo e com quem! O que você fez comigo?

— Você se iludiu porque quis! Eu nunca te dei esperança de nada. – Empurrei ele pra longe de mim, mas tudo que eu queria era me jogar nos braços dele.

— Fala sério! Vai me dizer que você não gostou do que nós fizemos? Aquilo não significou nada pra você?

— É claro que eu gostei, mas foi só uma transa qualquer. Eu fiz com você o que posso fazer com qualquer um.

Pensei que ele ficaria decepcionado ao ouvir isso e iria embora pra sempre, mas pelo contrário, Jay veio pra cima de mim e me beijou com toda vontade do mundo, e eu, fraco, não consegui impedir ele de fazer o que queria, até porque, era aquilo que eu também desejava.

Suas mãos foram de encontro a minha cintura, me puxando para mais perto e eu pude sentir a frieza da fivela do cinto dele pela minha camisa de tecido fino. Meus dedos enrolaram nos fios escuros dele, puxando para trás assim que ele sugou minha língua e depois mordeu meu lábio. Eu estava começando a ficar quente, mas sabia que era errado fazer aquilo por dois motivos.

Primeiro: ele é comprometido e a mulher dele está grávida. Segundo: Haerin está em casa.

Mas a emoção falava mais alto que a razão, então me deixei levar pela adrenalina e fui puxado na direção do sofá, sendo deitado de costas no estofado e com o alfa por cima de mim, agora, distribuindo beijos e mordidas pelo meu pescoço, enquanto suas mãos atrevidas adentravam meus shorts, tocando meu pau com delicadeza.

— J-Jay... – Gemi sôfrego o seu nome, agarrando fortemente os ombros largos do mais velho.

— Eu tô doido por isso, pirralho. – Sussurrou rente ao meu ouvido, mordendo o meu lóbulo em seguida. — Deixa eu te foder?

— Faz o que quiser comigo! – Falei num desespero imenso.

Movido pelo tesão, eu não consegui negar aquilo a ele, me entregando outra vez aquele alfa desgraçado.

Jay continuou com os selares, apertando minhas coxas e arranhando elas de leve com suas unhas curtas. Eu mordia meus lábios para conter qualquer som que quisesse sair, mas era quase impossível. Jay era bom em tudo que fazia.

— Anda logo... – Pedi com as bochechas quentes, provavelmente coradas.

— Você é muito apressadinho. – Deu aquele sorriso maldito, fazendo minha entrada piscar por ele.

O alfa segurou na barra da minha camisa e a puxou pra cima, retirando do meu corpo e sobrando apenas o short. Os lábios finos do Park tocaram meu mamilo direito, sugando e puxando com os dentes, serpenteou o bico e com o indicador e dedão ele acariciou o outro, pincelando com força e me fazendo gemer manhoso.

Jay me fazia ver estrelas com tão pouco.

A-Alfa... – Empurrei o meu quadril para baixo, tentando manter contato com o dele e poder sentir sua ereção roçar na minha. — Por favor, Jay...

Eu odiava me humilhar daquela forma, mas Jay me deixava tão imerso que eu esquecia da minha própria promessa; nunca, jamais ser submisso. Mas eu esquecia completamente disso quando estava com ele.

— Por favor? – Me olhou com os lábios repuxados em um sorriso ladino.

— Me fode logo!

— Calma, gatinho, nós temos bastante tempo...

Slow DownOnde histórias criam vida. Descubra agora