Capítulo 22.

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Decidido a tirar isso a limpo, sai de casa depois de colocar uma roupa mais adequada e pedi um Uber, dando a localização da casa de Jay. Me recordava onde ele morava por conta de uma vez em que fui com Appa Sunghoon pegar alguns papéis de trabalho lá, então não tive dúvidas em dizer onde iria ficar. Assim que o carro parou em frente a casa do alfa, paguei o motorista e agradeci a corrida antes de descer e ir até a porta da casa. O carro do Park estava estacionado na calçada e eu pude ver uma janela aberta, então era óbvio que ele estivesse em casa. Toquei a campainha descontroladamente para que viesse me atender logo, e não demorou para eu ouvir um "já vai" do lado de dentro, e antes que eu me preparasse, a porta foi aberta e eu dei de cara com Jay.

Ele me olhou por breves segundos, como se tentasse processar a minha vinda, logo tentou fechar a porta na minha cara, mas fui mais rápido em adentrar sua residência.

— Vai embora.

— Eu não vou a lugar nenhum até você me dizer o motivo de não me responder. – Meus olhos já se encheram de lágrimas. — E de ter me bloqueado.

— Você ainda pergunta? – Riu nasal. — Seu pai me mandou ir embora da vida de vocês, é isso que eu estou fazendo.

Franzi o cenho, mas logo percebi o que ele quis dizer. Sua casa estava cheia de caixas lacradas e algumas malas espalhadas pela sala.

— Você não pode fazer isso.

— Eu tenho que fazer, Jungwon.

— Não, por favor, não! – Me aproximei dele e agarrei sua camisa. — Por favor, não vai!

— Não tenho escolhas.

— O meu pai não falou sério! Jay, por favor...

— É melhor ir livre para outro país do que ir parar na cadeia.

— Você não vai pra lugar nenhum! – Segurei seu rosto mas duas mãos e o puxei na minha direção, selando seus lábios.

Jay tentou se afastar, mas continuei o segurando forte até ele ceder e me beijar de volta. Tive certeza que o Park estava meio bêbado pelo sabor de álcool que tinha em sua boca, que rapidamente se misturou com o gosto salgado das lágrimas que caíram sem que eu percebesse. Suas mãos seguraram firme minha cintura, puxando para ele até que nossos corpos quase se tornassem um só. As cegas ele me guiou até algum lugar que eu não sabia qual, só tive certeza de que era a sala de estar quando Jay me deitou no sofá e ficou por cima de mim, agora com os lábios no meu pescoço, lambendo e mordendo. Minhas mãos agarraram seus ombros expostos pela regata que usava, cravei minhas unhas na pele bronzeada e gemi quando ele puxou minha pele entre dentes.

Entrelacei minhas pernas na cintura dele e ergui um pouco meu quadril pra cima, sentindo ele começar a ficar ereto. Quando percebi, minha blusa já estava jogada no chão e eu estava apenas com a calça, logo me apressei em empurrar Jay e ficar sentado em seu colo. Tirei sua regata e voltei a beijá-lo com volúpia, sentindo suas mãos apertando minhas nádegas com posse. O alfa sorrateiramente enfiou a mão por dentro da minha calça após desabotoar, tocou minha entrada com a ponta dos dedos e enfiou um dígito dentro de mim, me fazendo arquear as costas e gritar em surpresa.

A-Alfa...

— Você é um desgraçado, Jungwon. – Disse rente ao meu ouvido e enfiou outro dígito.

Por nenhum deles estarem lubrificados, aquelas penetrações arderam muito e eu tive que morder o lábio e conter as lágrimas, mas não demorou para a minha lubrificação natural começar a sair e a movimentação dos dedos de Jay começar a fluir. Eu gemia baixinho perto do ouvido dele, sorrindo ao ver seus pelinhos ficarem arrepiados, e eu não demorei a começar a distribuir selares pelo seu pescoço. Jay retirou os dedos um tempo depois e eu gemi com a sensação, mas fiquei emburrado com sua atitude. Quando dei por mim, já estava completamente nu, juntamente de Jay que já se posicionava entre minhas pernas, olhando no fundo dos meus olhos.

— Você me enlouquece, pirralho. – Confidenciou antes de me beijar outra vez no mesmo momento em que me penetrava.

Assim que senti ele por completo e sua glande acertou de primeira minha próstata, eu não pude deixar de gemer alto, quase um grito. Cravei as unhas nas costas dele e o senti estocar com força, ao ponto do meu corpo dar um solavanco.

— Me fode logo, canalha. – Falei irritado com a demora, principalmente quando ele sorriu daquele jeito.

Jay segurou meus pulsos acima da minha cabeça e saiu de dentro de mim, só para voltar de uma só vez e com força. Eu não pude controlar meus gemidos quando ele começou a estocar com precisão, me fazendo revirar os olhos e, consequentemente, soltar meus feromônios. O alfa sorria convencido enquanto me comia sem pena e eu sentia que iria ficar sem voz a qualquer momento. O mais velho colou sua testa na minha e selou meus lábios em um selinho singelo.

— O que você tem que me deixa tão necessitado de te ter? – Perguntou com a respiração falha.

— Eu tenho essa mesma dúvida. – Falei entre cortado, gemendo ao fim da frase ao sentir minha próstata ser acertada. — Caralho...

Mordi o lábio com força ao sentir um arrepio na espinha e uma sensação esquisita no estômago, logo vendo minha porra sair de montão, sujando um pouco da minha barriga e a de Jay. Mas ele não parou, o alfa continuou estocando até um protuberância na minha barriga ficar bem visível, mas ele não demorou a chegar ao orgasmo e me encher todo com sua porra. Minha respiração estava falha e a dele também, mas isso não me impediu de puxá-lo para outro beijo, dessa vez mais calmo diferente dos outros. A destra de Jay tocou minha bochecha, fazendo um carinho leve ali e eu senti meu peito se aquecer com o toque delicado. Assim que nos separamos, olhei fixamente para ele e sorri bobo.

— Eu gosto de você.

Aquelas palavras saíram de forma espontânea, mas me senti bem em dizê-la naquele momento. Mas logo um aperto no meu peito se fez presente ao ver a cara nada boa do alfa.

— O que?

— Disse que gosto de você.

Tive certeza de que aquilo foi a pior coisa que pude dizer no momento em que Jay se distanciou e começar a se vestir, e não demorou para ele pedir que eu me vestisse também, só para que em seguida ele me expulsasse de sua casa.







🦢

Momentos de felicidade chegarão, só não sei quando...

Slow DownOnde histórias criam vida. Descubra agora