Ao longe no mar, se vê um ilu nadando velozmente como se fugisse de algo, ou como se apenas estivesse com pressa. Saltitava, nadava, mergulhava, de vez em quando pegando alguns peixes que pulavam no ar junto dele. O ilu não estava só. Na verdade, alguém o montava. Um menino aquático de pele esverdeada, cabelos cacheados e uma longa cauda que ia até a ponta de seus pés. Seu rosto parecia de um menino concentrado, com os olhos semicerrados e um ponto de visão fixo, mas na verdade, ele estava era chateado, irritado com uma situação que acontecera logo agora.
Logo a sua frente, a quase 100 metros dali, havia uma ilha, pela qual era seu destino final. Ali ele parou, descendo de seu ilu e logo subindo a curta extensão de areia da pequena ilha. O menino dava passos pesados e bufava, como se a qualquer momento fosse gritar ou espernear. Ele andou, andou, andou e andou, passando por uma pequena casa feita de "panos", parando na outra ponta da ilha, ali, se sentando, bufando uma última vez e encarando o chão enquanto agarrava seus belos cachinhos escuros.
— ...Droga.
— O que te passa garoto?
O menino virou seu rosto, e ali entre seus braços viu uma mulher, alta e forte, carregando duas pequenas "xícaras" e um jarro de barro abaixo de seu braço.
— Saeyla — murmurou o garoto.
— Aonung — sussurrou a mulher ao mesmo tempo que sorria. — O que houve criança? Parece irritado.
— Eu estou bem — respondeu o garoto com a cara afundada em seus antebraços.
— Hum. Não é o que vejo, e nem o que me mostra — disse Saeyla ao mesmo tempo que sentava ao lado de Aonung.
— Hum — resmungou.
— É estranho te ver de cabelo solto. Desde pequeno te vejo com aquele pequeno coque como se fizesse parte de seu corpo. He he, você era uma graça.
Aonung permaneceu quieto, ele aparentava estar um pouco mais calmo. Saeyla observava seu cabelo solto, ela sabia que Aonung sempre o soltava quando estava com raiva, pois escondia bem sua cara emburrada, para assim as pessoas não chamarem sua atenção e mudar a cara, principalmente sua mãe.
— Bom, ainda é — disse Saeyla levando um dos cachos de Aonung para de trás de sua orelha.
O garoto sorriu tímido, lhe lançando um olhar doce.
— A sua raiva, tem a ver com os novos na'vi que pousaram na praia? — questionou Saeyla.
— Você previu a chegada deles? — questionou surpreso.
— Não, eles passaram voado aqui por cima enquanto eu plantava. Que criaturas magnificas a que eles montavam.
— Ah...
— Pensei em ir lá para recebe-los mas, senti que sua mãe já faria isso...e senti que talvez eu realmente deveria ter ido lá — disse a mulher para si mesma.
Saeyla percebeu que o menino se calou novamente.
— Você ainda não me contou o por que de estar irritado. Acredito que tenha algo a ver com os meninos dos novos na'vi.
— Por que a senhora sempre pergunta das coisa sendo que sempre sabe a resposta? — questionou Aonung com um pouco de raiva.
— E se eu não souber? — questiona meio boba.
— Você sempre sabe — resmungou o garoto afundando seu rosto nos antebraços outra vez.
— É, eu sei...Assim como eu também sei como sua irmã ficou toda animadinha quando o novo menino na'vi deu "oi" para ela.
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•°•°Kelku Oeyä °•°•
FanficA quase 1 ano os na'vis venceram a guerra. Muitos voltaram para seus lares com sequelas e histórias daquele fatídico dia. Neteyam carrega essas marcas em seu peito e mente. Sua recuperação não foi fácil, e após a recuperação, Neteyam criou fortes tr...