Cicatrizes Invisíveis ( Em Revisão)

Ecos de Dor e Desesperança

A noite caía pesadamente sobre o apartamento, e o barulho dos passos de Robert ecoava pelos corredores como um prenúncio de tempestade. Margareth estava na cozinha, as mãos tremendo enquanto tentava preparar um jantar simples, tentando evitar qualquer motivo para uma nova explosão. A tensão no ar era palpável, uma nuvem carregada de medo e expectativa.

Robert entrou na cozinha, sua presença era como um peso extra, sufocante e ameaçador. Ele olhou para a comida com desdém e começou a reclamar em voz alta.

—Você acha que um jantar simples vai resolver alguma coisa? Olhe para isso! É sempre o mesmo, nunca o suficiente!— Robert bradou, suas palavras cortantes como facas. —Você não consegue fazer nada direito, Margareth! Sempre tem que estragar tudo!—

Margareth tentou manter a calma, mas seu rosto estava pálido e seus olhos, vermelhos de lágrimas contidas. —Robert, por favor, tente se acalmar. Não precisa gritar. Eu só estou tentando fazer o melhor que posso.—

Robert não ouviu. Ele avançou sobre a mesa, derrubando pratos e panelas no chão. O barulho do vidro quebrando e o estrondo das panelas se espalhando pelo chão pareciam aumentar a intensidade da situação. —O melhor que você pode? Não é isso que você sempre diz? A verdade é que você é uma inútil! Você não serve para nada! —

Emilly estava no corredor, o coração batendo acelerado ao ouvir a violência verbal e a confusão. Ela queria se esconder, mas sabia que não havia lugar seguro. Seus olhos estavam fixos na cena, o medo estampado em seu rosto. A violência era uma constante em sua vida, mas a intensidade recente estava começando a ultrapassar seus limites.

—Você não tem ideia do que é ser pai!— Robert gritou, virando-se para Emilly com raiva. —Você nunca faz nada certo, sempre tem que fazer com que tudo seja pior do que já é! —

Emilly tentou se afastar, mas Robert se aproximou, sua voz era uma mistura de fúria e desprezo. —Você acha que pode fugir? Você acha que pode se esconder de mim? Não é assim que as coisas
funcionam! —

Margareth, com lágrimas escorrendo pelo rosto, se colocou entre Robert e Emilly. —Robert, por favor! Não faça isso! Não precisa agredir sua filha assim. Podemos resolver isso de outra forma!—

Robert empurrou Margareth com força, fazendo-a tropeçar e cair no chão. Ela se levantou lentamente, suas mãos ainda trêmulas enquanto tentava ajudar Emilly a se afastar da cena caótica. —Não se meta, Margareth! Isso é entre mim e minha
filha!—

A violência continuava a aumentar, e as palavras de Robert eram uma constante agressão, cada frase um golpe cruel. —Você nunca vai ser nada! Sempre vai ser uma vergonha para esta família!—

O clima na casa estava tão carregado que parecia prestes a explodir a qualquer momento. O medo e a desesperança preenchiam o espaço, cada palavra e cada gesto adicionando mais combustível à chama da tensão familiar. A situação estava fora de controle, e todos pareciam à beira do colapso, sem uma saída clara para o caos crescente.

Robert se voltou para Margareth, sua raiva não diminuindo nem por um momento. —Você não tem respeito por mim! Nunca teve! Apenas fica aí, chorando e tentando consertar o que eu já deixei claro que está quebrado!—

Margareth tentava limpar as lágrimas, mas suas mãos estavam tão trêmulas que mal conseguia segurar o pano. —Robert, por favor, vamos tentar resolver isso. Não precisa ser assim.—

Robert ignorou a súplica dela e avançou novamente, empurrando a mesa com tanta força que ela se chocou contra a parede. Os pratos e copos caíram, se espatifando no chão em uma explosão de vidro e cerâmica. —Você quer saber o que realmente está quebrado? É você! É a sua incapacidade de fazer algo certo!—