Cicatrizes Invisíveis ( Em Revisão)

Entre desconfianças

A noite havia caído sobre a cidade, envolvendo-a em um manto de escuridão, pontilhado pelas luzes dos postes e vitrines. O café onde Alexander e Emilly estavam finalmente esvaziara, deixando apenas os dois em uma bolha de tensão e desejo acumulado. O ambiente, antes um campo de batalha emocional, agora parecia um terreno fértil para algo mais primitivo e intenso.

Alexander observava Emilly enquanto ela terminava de beber seu café, cada movimento seu parecia hipnotizá-lo. Os olhos dele percorriam cada detalhe do rosto dela, a maneira como seus lábios tocavam a borda da xícara, a curva suave de seu pescoço, que ele desejava marcar como seu. Havia algo nos olhos dele, um brilho predatório que fazia com que a respiração dela acelerasse. Ela sentia o ar se tornar denso, carregado de uma eletricidade palpável.

— Você sabe que me deixa louco, não é? — Ele murmurou, sua voz rouca e baixa, enquanto estendia a mão para segurar o queixo dela, fazendo-a olhar diretamente em seus olhos. — Toda vez que alguém olha para você, toda vez que você sorri para outra pessoa… me consome.

Emilly sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Havia uma intensidade em Alexander que era ao mesmo tempo assustadora e incrivelmente atraente. Ele se inclinou sobre a mesa, diminuindo a distância entre eles, e a respiração quente dele acariciava o rosto dela.

— Alexander, você precisa se acalmar — ela tentou protestar, mas sua voz soava fraca, como se ela estivesse tentando convencer a si mesma mais do que a ele.

O beijo de Alexander tornou-se mais profundo, sua língua invadindo a boca de Emilly com um desejo feroz. Ela tentou resistir, sua mente lutando contra a onda de sentimentos que a invadia, mas seu corpo a traiu. Emilly sentia-se arrebatada pelo calor e pela intensidade do toque dele.

Alexander puxou-a para mais perto, quase esmagando-a contra seu peito. Uma das mãos dele subiu por suas costas, agarrando seus cabelos com firmeza, enquanto a outra deslizava por sua cintura, apertando-a como se ele temesse que ela pudesse escapar a qualquer momento.

— Você não faz ideia do que provoca em mim — ele sussurrou contra os lábios dela, sua voz carregada de uma mistura de frustração e desejo.

Emilly arfou, seu corpo reagindo a cada palavra dele. Ela sabia que havia algo errado na maneira como ele a olhava, como ele a possuía com os olhos, mas uma parte dela estava intoxicada por esse desejo, por essa sensação de ser desejada tão intensamente.

— Alexander… — ela começou, mas ele a interrompeu, seus lábios encontrando os dela novamente, dessa vez com uma suavidade inesperada. Ele a beijou mais devagar, explorando cada canto de sua boca, fazendo-a se perder naquele momento.

Enquanto a beijava, Alexander a pressionou contra a parede do café, o ambiente em torno deles desaparecendo completamente. Sua mão livre desceu por seu corpo, explorando cada curva com um toque que queimava sua pele. Ele afastou os lábios dela, deixando um rastro de beijos pelo maxilar, descendo até o pescoço. A cada toque, ela sentia sua resistência se dissipar, a mente se tornando um borrão de sensações.

— Eu quero você, Emilly — ele murmurou contra a pele dela, sua voz agora rouca, cheia de necessidade. — Aqui. Agora.

Ela fechou os olhos, tentando recuperar o controle. Mas quando as mãos dele encontraram a barra de sua blusa, puxando-a lentamente para cima, um gemido baixo escapou dos lábios dela. Ela sabia que eles estavam em um lugar público, sabia que isso era insano, mas a maneira como ele a tocava, a reivindicava, fazia com que todo o resto desaparecesse.

— Por favor… — Ela finalmente conseguiu sussurrar, sem saber ao certo se estava pedindo para ele parar ou para continuar.

Alexander olhou para ela, seus olhos agora mais escuros, quase negros de desejo. Ele parou por um momento, seu olhar fixo no dela, como se estivesse esperando por uma permissão silenciosa. Ela não disse nada, mas o modo como seu corpo reagiu ao toque dele foi resposta suficiente.