Emilly acordou com um sobressalto, o coração batendo forte no peito. O pesadelo da noite anterior ainda estava fresco em sua mente. Alexander estava ao seu lado, dormindo tranquilamente. Ela se levantou, sentindo uma urgência incontrolável, o desejo de verificar sua mãe superando o medo e a confusão.
Depois de uma rápida troca de palavras com Alexander, que tentava acalmá-la, Emilly saiu de casa, ainda atordoada. O céu estava cinza, e o vento frio parecia refletir seu estado interno. Ela caminhou apressadamente pela rua até chegar à sua casa, seu coração acelerado em antecipação.
Ao abrir a porta, a cena que encontrou a paralisou. O corpo de Robert estava estendido no chão, a visão horrível e inesperada. A imagem do homem que ela temia por tanto tempo, agora inerte e desfigurado, fez seu coração acelerar ainda mais.
Emilly se lançou para dentro da casa, gritando desesperadamente. "Mãe! Mãe, onde você está?" Sua voz tremia com o medo e a urgência. Ela bateu na porta do quarto com força, as mãos doloridas pelo impacto repetido. "Mãe, acorde! Por favor!"
Margareth abriu a porta, seus olhos arregalados de medo ao ver o corpo de Robert. "Emilly! O que está acontecendo?" ela perguntou, a voz cheia de pânico.
"Robert está morto!" Emilly gritou, lágrimas escorrendo pelo rosto. "Precisamos de ajuda! Ele... ele não se mexe!"
Margareth correu até Robert, seu rosto pálido e os olhos marejados. Tentou sentir um pulso, mas logo percebeu que era inútil. "Não... não pode ser. Não pode estar acontecendo," Margareth murmurou, sua voz quebrando.
Emilly começou a chorar, a angústia tomando conta dela. "Precisamos chamar alguém! Por favor, mãe!"
Margareth pegou o telefone e discou rapidamente, chamando os serviços de emergência. O som da sirene se aproximando foi um consolo, mas também um lembrete cruel da situação. Enquanto esperavam, Margareth e Emilly tentavam encontrar alguma explicação, mas a sensação de impotência era esmagadora.
Os paramédicos chegaram e confirmaram a morte de Robert, sem encontrar sinais de vida. "Lamento, mas não há nada que possamos fazer," um dos paramédicos disse com uma expressão de compaixão. "Vocês devem entrar em contato com as autoridades para formalizar a situação."
A polícia chegou pouco depois e iniciou uma investigação preliminar. O caos e o desespero davam lugar a uma tristeza profunda enquanto Margareth e Emilly tentavam lidar com a nova realidade. A perda era avassaladora, e a sensação de alívio misturado com a tristeza tornava tudo ainda mais confuso.
Após o trabalho das autoridades, Emilly e Margareth, com a ajuda de alguns vizinhos, prepararam o corpo de Robert para o enterro. O ambiente estava carregado de um luto pesado, e o ar frio da manhã parecia combinar com a atmosfera sombria.
O cemitério estava calmo, exceto pelo som ocasional de folhas secas sendo movidas pelo vento. O caixão de Robert foi cuidadosamente colocado na sepultura. Emilly estava ao lado da cova, lágrimas escorrendo pelo rosto enquanto tentava processar a perda. Ela sentia um misto de sentimentos: tristeza pela morte do pai, alívio por não precisar mais temer suas ameaças, e um sentimento de paz por finalmente ter um fechamento.
Margareth estava ao lado dela, também chorando, seu corpo tremendo com a intensidade do luto. "Eu não consigo acreditar que ele se foi," Margareth disse, sua voz cheia de dor. "Finalmente, estamos livres do medo constante, mas a tristeza..."
Alexander se aproximou de Emilly e Margareth, com um olhar de compaixão e determinação. Ele havia se mantido em silêncio durante o enterro, mas agora se aproximava para oferecer seu apoio. "Eu sei que não há palavras que possam aliviar essa dor," ele começou, a voz suave. "Mas quero que saibam que estou aqui para vocês, para o que precisarem."
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Cicatrizes Invisíveis ( Em Revisão)
RomantizmSinopse "Cicatrizes Invisíveis" mergulha na vida de Emilly Keterine Reynolds, uma jovem de 17 anos em busca de seu lugar em um mundo repleto de desafios. Nascida em Nova York, Emilly cresce em um lar onde a dinâmica familiar é complexa e cheia de so...