Na manhã seguinte, Khione despertou cedo para tratar de assuntos importantes fora de casa. Ela estava de saída quando Kalliope acordou e as duas trocaram algumas palavras.— Onde está indo?
— Para o hospital.
A mais velha se sentou as pressas, preocupada.
Khione riu ao ver a face ainda amassada e sonolenta da irmã, então perguntou:— Noite longa?
— Muitos pensamentos. Estou me esforçando para ser uma pessoa melhor. Deixe-me ir com você.
— Não é necessário.
— Está com dor? Náuseas? Tontura?
— Não, eu estou bem. Farei uma visita à Azura.
— E como pretende fazer isso? Os responsáveis por ela estão fora da aldeia.
— Os responsáveis por ela são os líderes do clã, mas alguém a internou lá. Há uma exceção e eu descobrirei a identidade dessa pessoa, pedirei ajuda e farei essa visita. Ela precisa.
— Tudo bem, siga o seu coração. -Kalliope deu de ombros e voltou a se deitar. — Tome cuidado.
Khione balançou a cabeça em concordância e saiu de casa rumo ao Distrito Uchiha. Adentrar o território de Madara seria ousado da parte dela, mas bater nos portões e chamar pelo nome certo seria apropriado. E ela sabia a quem recorrer naquele momento.
— O que faz aqui tão cedo, refugiada?
A pergunta veio de um guarda posicionado em cima do muro que "protegia" o distrito. Khione ergueu o cenho com confiança antes de responder:
— Kagami Uchiha está disponível para uma breve reunião?
— Kagami Uchiha está descansando. Ele é responsável pelo turno da noite.
— Ele é responsável pela minha segurança e eu preciso falar com ele. Diga que Khione está chamando e enfatize a importância da sua presença.
— E desde quando você me dá ordens?
A moça engoliu em seco, mas permaneceu firme.
— É um pedido. Garanto que Kagami terá problemas com os seus superiores se o meu chamado não for atendido.
O guarda pensou um pouco, deu de ombros e decidiu atender o pedido da moça. Após longos minutos – quase uma hora –, Kagami apareceu. O rapaz responsável por convocá-lo demorou o máximo que pôde, visto que lhe parecia divertido testar a paciência de uma refugiada indesejada e problemática.
— Bom dia, senhorita. Está tudo bem?
Kagami, sempre simpático e muito gentil, se aproximou com cautela. Khione não entendia como a irmã conseguira ver maldade em um rapaz como ele.
— Comigo, sim. Podemos conversar em particular por um minuto?
Ele aceitou e os dois andaram alguns metros para longe dos muros do distrito. Com a devida discrição, Khione fez sua petição:
— Eu gostaria de visitar Azura e gostaria que você me ajudasse. Os guardas não me deixam entrar sem a companhia dos líderes do clã, mas eu sei que a pessoa que a internou pode me ajudar.
— Na verdade, Azura está sob a responsabilidade do clã inteiro. Eu mesmo posso autorizar a visita.
— Isso é sério?
— Por que eu mentiria? Azura é a futura esposa do nosso líder. Todos nós fizemos o juramento de protegê-la.
Fazia sentido para Khione e só lhe restava confiar em Kagami.
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𝐀𝐤𝐚𝐢 𝐈𝐭𝐨 • 𝒆𝒏𝒕𝒓𝒆 𝑼𝒄𝒉𝒊𝒉𝒂𝒔 𝒆 𝑺𝒆𝒏𝒋𝒖𝒔
Fanfiction"Um fio invisível une todos aqueles que estão destinados a encontrar-se, independentemente do tempo, lugar ou circunstância. O fio pode esticar-se ou emaranhar-se, mas nunca se partirá." Segundo a lenda Akai Ito, os deuses amarram um fio vermelho no...