𝐀𝐤𝐚𝐢 𝐈𝐭𝐨 • 𝒆𝒏𝒕𝒓𝒆 𝑼𝒄𝒉𝒊𝒉𝒂𝒔 𝒆 𝑺𝒆𝒏𝒋𝒖𝒔

𝟏𝟓

    Poucas horas após o nascer do sol, as irmãs Kalliope e Khione partiram rumo ao hospital. Khione apresentou alguns pontos relevantes da aldeia à sua irmã, que estava maravilhada em sua primeira vez vendo Konoha durante o dia e em movimento.

— Os oniguiris daquele restaurante são ótimos. -disse a caçula, apontando para o restaurante onde fora com Tobirama pela primeira vez. — Podemos visitar o estabelecimento depois.

— E como pagaríamos pela refeição?

    Khione sorriu divertida e respondeu baixinho:

— Eu posso pôr tudo na conta do irmão do Hokage.

   Aos risos, as duas adentraram o centro médico e foram rapidamente recepcionadas por uma enfermeira. Khione logo reconheceu o rosto familiar da mulher que auxiliou Mito no primeiro dia da sua hospedagem. Era provavelmente a pessoa designada a cuidar do hospital durante a ausência da futura primeira-dama.

— É bom vê-la novamente e saudável, Khione. Presumo que essa seja a sua irmã recém chegada.

— Sou Kalliope, é um prazer. -respondeu a mais velha, confirmando a suposição.

— O prazer é todo meu. -a mulher sorriu brevemente. — Eu me chamo Verena e estou tomando conta do hospital enquanto Mito está em missão. Sou também a responsável pelo tratamento da senhorita, então as duas podem vir comigo para realizarmos a aplicação da segunda dose do seu medicamento.

    Enquanto seguiam a médica rumo à sala designada, algo chamou a atenção de Khione ao ponto de fazê-la parar. Na porta ao lado da sua, a moça avistou um rosto familiar e instintivamente se aproximou, sendo impedida por dois homens que estavam postos ali.

— Ninguém está autorizado a entrar. -disse um deles.

— Eu a conheço e gostaria de vê-la!

    Um dos guardas olhou preguiçosamente por cima do ombro, voltando o seu olhar de desdém para o rosto de Khione antes de responder, sem emoção:

— Se quiser entrar, terá de vir acompanhada por algum dos responsáveis pela senhora Uchiha.

— E quem são os responsáveis por ela?

— Por ora, somente os membros da família principal do clã e algumas poucas exceções. Isso é tudo o que podemos dizer.

    Isso significava que somente Izuna e Madara poderiam permitir a entrada de Khione naquele quarto, além das tais exceções; mas quais seriam?

— Senhorita Khione, a segunda dose do remédio está pronta para ser aplicada.

    A voz de Verena fez com que a caçula deixasse de lado as preocupações com Azura. Ela resolveria o assunto mais tarde, mas no momento, cuidar de si mesma era essencial.

    Khione adentrou a sala onde Kalliope já aguardava, ansiosa. Ela se acomodou em uma poltrona e segurou fortemente a mão da irmã enquanto se preparava.

    Percebendo o nervosismo da mais nova, Kalliope questionou:

— Os limitadores têm algum efeito negativo, minha irmã?

— Eu fiquei enjoada na primeira vez. Não gosto de vomitar.

    Kalliope balançou a cabeça suavemente e segurou a mão de Khione com mais firmeza. Verena foi rápida e aplicou a injeção sem rodeios. Poucos minutos depois, os resultados apareceram.

    Khione teve tempo de reclamar uma única vez antes de vomitar até o alimento do dia anterior. Kalliope ficou assustada e não soube direito o que fazer, mas a médica conseguiu controlar a situação e chamou uma equipe para auxiliar na limpeza da sala e no direcionamento da paciente.