Capítulo 25

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Depois disso minha situação foi melhorando. Só assim eu fui aprendendo a dar mais valor à minha amizade com o Espírito Santo, pois eu sabia que Ele era o único que sempre estaria ao meu lado nas situações boas ou até mesmo nas ruins.

A cada dia que passava me sentia mais próximo a Ele, e tirando a parte que eu ainda estava internado, aquilo tudo que eu estava passando estava me servindo de lição. Como eu não tinha nada para fazer, eu passava o dia todo conversando com meu amigo, os médicos até achavam que eu estava ficando louco, mas como meu quadro clínico estava melhorando eles preferiram não interferir em nada.

Até que um dia o médico disse que tinha uma boa noticia para mim, mas eu teria que prometer a ele que não iria mais me meter em confusão. Sorri e prometi. Então ele disse que eu havia me recuperado e que já estava de alta. Comecei a pular de alegria, não acreditava que finalmente poderia voltar para casa. Arrumei minhas coisas, me despedi dos médicos que cuidaram de mim, mas antes de sair me ajoelhei no chão e agradeci mais uma vez ao meu amigo por estar comigo e por não desistir de mim.

Quando cheguei em casa me assustei: as janelas estavam abertas e a porta encostada. Fiquei com muito medo de entrar, pensei que algum ladrão tivesse invadido minha casa. Então, de mansinho fui até a janela e olhei. Para minha surpresa quem estava lá dentro era minha mãe.

Corri para abraçá-la, a saudade era tanta que nem dei tempo para ela falar nada. Ela correspondeu a meu abraço e disse que estava com muita saudade. Era como se estivéssemos separados há anos! Ela começou a dizer que eu estava mais bonito, mas que também estava mais relaxado, pois a casa estava uma baderna.

Pedi para ela se sentar e contei que estava internado. Falei que tinha muitas coisas para contar, pois nesse tempo que ela esteve fora minha vida tinha mudado muito. Perguntei se ela queria que eu contasse cada detalhe ou de forma resumida. Ela disse que estava com muita pressa, tinha outras coisas para resolver, então pediu para resumir tudo e que depois, com tempo, eu contava melhor.

Falei que conheci um amigo que mudou minha vida completamente, me deu um bom emprego, um carro, uma namorada e que havia acabado de me dar alta do hospital. Ela não acreditou, disse que precisava conhecê-lo. Falei que depois eu o apresentaria. Foi então ela disse que voltou para me buscar, pois havia acabado de alugar nossa casa para uma amiga dela, então eu não poderia continuar lá.

Eu não tinha mais nada a perder. Tudo que eu tinha conquistado já havia perdido. Então topei na mesma hora e começamos a arrumar as malas. Minha mãe queria conhecer minha namorada e ver meu carro.

Falei que o que eu havia conquistado eu também havia perdido, pois não soube valorizar a minha amizade, e que depois eu contaria tudo com mais calma. Então, de malas prontas, nos despedimos daquele lugarzinho e partimos rumo a uma nova vida.

Amigo Espírito SantoOnde histórias criam vida. Descubra agora