✦ Capítulo 14

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14. Me tornei inesquecível

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Desde que eu me recuperei, eu voltei a escrever. E para minha própria surpresa, não parei. Minha primeira grande realização foi a minha página semanal no jornal da escola. A história que eu contava era um mistério que já durava 15 semanas. É sempre muito legal ver todos os meus colegas com os rostos escondidos atrás dos papéis do jornal, ansiosos para saberem mais informações sobre o assassinato de Leônidas Hilton que o detetive Joseph White, meus personagens, havia descoberto. As pessoas passavam por mim pelos corredores e elogiavam a minha história e perguntavam ansiosas sobre quem seria o assassino. E claro, eu nunca dizia.

Scott era capitão do time de hóquei e tinha muita gente de faculdades grandes interessadas nele. Mas o que era mais incrível pra mim naquilo tudo era o fato de que Scott sempre me pedia pra entrar na pista de gelo depois do jogo, me girava no seu colo e me beijava na frente de todo mundo, comemorando mais uma vitória e querendo garantir que todo mundo ao nosso redor soubesse que ele tinha um namorado e o amava. E vamos ser sinceros, quem não gostaria de ser beijado com tanta paixão assim pelo namorado?

Meu estado mental também melhorou. Finalmente, estava liberto de remédios ou automutilação. O psicólogo até diminui a frequência das minhas consultas, permitindo que eu fosse até lá uma vez a cada duas semanas. Eu me sentia bem comigo mesmo, bem com todos ao meu redor e bem com minha escrita.

Com a minha família, as coisas também eram diferentes. Matteo e Daniel me davam uma grande liberdade, mas ainda cuidando de mim como se eu fosse criança sempre que eu precisava. E Max crescia mais e mais, sempre me abraçando e dizendo o quão legal eu sou, e como ama que eu seja seu irmãozão.

Também fiz novos amigos. Scott sempre está do meu lado e Patrick é definitivamente meu melhor amigo. Sabia que a gente até teve uma colaboração? Ele tinha um projeto de um conjunto de contos sobre famílias, e ela me convidou para escrever um conto inspirado na minha família, com dois pais. O projeto foi ótimo, muito bem recebido por todos e eu amei fazer amizade com escritores mais velhos e alguns de minha idade. E também, agora eu tinha contato dentro de uma editora, o que tornaria uma publicação de um livro meu muito mais fácil. Meu livro, sobre um reino com magia, intrigas e gays, ainda não estava pronto, mas sabia que conseguiria publicar.

Algo que se tornou comum era passar pelas ruas e ouvir "Você é o Pierre?". O motivo da pessoa perguntar era sempre uma novidade. "O namorado do Scott Zhang?", "o vencedor daquela competição de patins?", "o filho do Matteo/Daniel/Isadora?", "o escritor de Quem Matou Leônidas Hilton?", "o escritor do conto Pais²?". Eu nunca sabia o que viria quando alguém perguntava se eu era o Pierre, mas era sempre divertido saber como me conheciam e tirar fotos, ouvir elogios e até dar autógrafos às vezes!

A minha formatura se aproximava. Eu estava mais que pronto para a festança, apesar de não me sentir pronto para acabar com a escola. Mas antes tudo, havia algo que eu tinha que fazer. Alguém para encontrar. Por isso, vesti meu casaco, já que estava frio, e fui até o parque.

O vi ali, sentado no balanço enquanto nevava. Scott estava por perto, observando a situação e pronto para me proteger do que fosse necessário, pois ele havia insistido nisso. Me sentei no balanço ao lado dele, e ele parecia cabisbaixo.

— A gente vinha aqui quando era criança. Lembra? — falei, tentando quebrar o gelo e o silêncio desconfortável.

— Você foi o primeiro garoto que eu amei. — ele disse, parando de se balançar. Senti meu corpo se arrepiar.

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⏰ Última atualização: Aug 22 ⏰

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Წ Go Pierre! (Crônicas do Pierre)Onde histórias criam vida. Descubra agora