I Won't Give Up - Malila G!P

Capítulo 15

Era segunda-feira de manhã, Maraisa estava a caminho do escritório do detetive. Lá ela se encontraria com sua namorada.

Marília havia ligado para o detetive como já estava nos seus planos e o mesmo pediu para que fossem até seu escritório. Maraisa se arrumou as pressas e saiu, enquanto dirigia, sentia seu coração acelerado. A ansiedade tomando conta de si e a espera por mais alguma notícia.

Minutos depois, ela chegou no endereço indicado. Assim que abriu a porta de vidro, já encontrou sua mulher na sala de espera.

– Oi... – Maraisa cumprimentou sentando-se ao lado dela e lhe dando um selinho.

– Tudo bem? – Marília perguntou ao notar o seu nervosismo.

– Sim! Que dizer... Mais ou menos, estou muito nervosa. Ao mesmo tempo em que fico feliz de ter mais alguma notícia e avançar na investigação, fico mal e temo em saber o que aconteceu com ela.

– Calma, meu anjo! Vamos ter fé! Você está tremendo... Vem cá. – Marília falou a puxando para um abraço apertado.

Cerca de vinte minutos depois, Maraisa e Marília já estavam cara a cara com o detetive Otávio.

– Chamei vocês aqui para deixá-los por dentro das investigações e para informá-los sobre o que descobri durante esses dias.

Maraisa que estava sentada ao lado de Marília, agarrou forte a mão da loira, que já estava entrelaçada na sua.

– Achamos o carro do seu pai, Maraisa. Há alguns anos atrás foi encontrado um carro incendiado na estrada perto da saída da cidade.

– Incendiado? – ela perguntou com a voz trêmula.

– Sim, mas não foi encontrado nenhum indício do seu pai, provavelmente ele mesmo causou o incêndio. – disse, abrindo a gaveta. – Era esse o carro? – perguntou, estendendo as fotos para Maraisa, que assentiu.

— Foi achado alguns pertences de sua filha no carro também. — disse ele estendendo outras fotos para Maraisa.

Ela olhou aquilo tudo sem conseguir conter as lágrimas. A chupeta, uma manta rosa, e uma bolsa estavam nas fotos. Marília a puxou para abraçar ela novamente.

– Por favor, doutor... Não me diz que ela estava dentro do carro quando isso aconteceu... — Marília falou em um fio de voz, temendo a resposta.

– Não estava, fiquem tranquilas quanto a isso. Mas... Foi achado mais uma coisa no carro de seu pai, Maraisa.

Elas respiraram fundo e Maraisa passou as mãos pelo rosto. Estava se sentindo sufocada, não conseguia respirar direito por conta do nervosismo.

– O quê? – Marília perguntou diante do silêncio de Maraisa.

– Achamos um documento, do que parecia ser um contrato de barriga de aluguel.

– O quê!? – elevaram o tom de voz incrédulos.

— Mas eu nunca assinei um documento desse, doutor... Pelo amor de Deus. Isso não pode estar acontecendo! Não pode! — Maraisa esbravejou, ficando de pé e passando a mão pelos cabelos.

– Ao que tudo indica, seu pai falsifou a sua assinatura e vendeu a filha de vocês. Provavelmente ele planejou isso desde o início de sua gestação. – Otávio continuou.

– E o nome dos pais que compraram a criança? – Marília questionou. Ela também tremia, mas precisava ser forte por Maraisa, que já estava alterada.

– Essa informação nós não conseguimos. Não havia assinatura dos pais que a adotaram.

– Isso não pode estar acontecendo... Meu Deus! Por que? – Maraisa falou novamente andando de um lado para o outro.