Capítulo 25

188 31 1
                                    

O dia de Gustavo fora horrível. Ele não fazia ideia de onde Naiara estava e nem sequer podia colocar a polícia atrás dela, até porque não era crime nem nada similar.

Seus advogados estavam se matando de tanto procurar pistas sobre a gravidez da mulher, que Gustavo mal pudera acompanhar por conta das viagens que fazia.

Ele acordou no dia seguinte mais nervoso do que já estava antes, primeiro por ter deixado a sua filha com uma mulher desconhecida para ele, segundo por Naiara estar desaparecida e terceiro por ele não ter nenhuma pista sobre onde ela poderia estar. Logicamente, ela foi para a casa do seu amante, mas quem é ele?

Ele se levanta da cama e decide ir buscar Maria, depois de muito tempo ele decidiu que passaria aquele dia com ela e deixaria seus advogados e detetives agirem sozinhos, até porque não havia nada que ele pudesse fazer naquele momento.

– Bom dia. – Gustavo fala na porta da casa de Marília, onde a sua filha estava.

Havia pedido para Maraisa o endereço na noite passada, e foi a mesma quem atenderá na porta.

– Bom dia. – Maraisa fala com cara de sono.

– Desculpa se te acordei, eu vim buscar a minha filha. – Gustavo fala sério.

– Ah, ela acabou de acordar e está tomando café. Vou chamá-la.

– Na verdade, deixa ela terminar de tomar o café. Enquanto isso posso conversar com você? – ele pede, segurando o ombro de Maraisa que havia feito menção de sair.

– Claro, entre. – a mulher fala abrindo espaço para ele, que entra e se senta no sofá.

– É o seguinte, ontem eu e a Naiara tivemos uma pequena discussão e decidimos terminar, o que não vem ao caso agora. O problema é que ela fugiu e está desaparecida, e eu realmente não sei como contar isso para a Maria. – Gustavo começa gesticulando com as mãos.

– Meu Deus! Você não tem ideia de onde ela pode estar? – ela fala levando as mãos até a boca.

– Infelizmente não, mas têm detetives cuidando disso. Não sei quando a Naiara vai aparecer, e amanhã tenho que estar no México para uma reunião. Eu não queria deixar a Maria sozinha com os empregados, sabe? A Naiara pode voltar a qualquer hora manipulando-os e pode também pegar a minha filha e sumir com ela. Eu estou com medo, Maraisa. Com medo de perder a Maria, e por mais que isso pareça estranho, eu confio em você. O jeito com que a Maria falava de você quando estávamos no carro ontem e a forma que ela confia em você me fizeram confiar também. Então eu queria te perguntar se tem como você ficar com a Maria por alguns dias, só até isso se resolver. – o homem quase implora juntando as mãos.

– Gustavo... – Maraisa começa e ele a corta.

– Por favor, Maraisa, eu sei que você tem toda uma rotina e que isso pode te incomodar mas pensa em um pai que está desesperado pela segurança da filha. Eu juro que vai ser por pouco tempo, e eu te pago o quanto você quiser para fazer isso.

– É claro que eu posso ficar com a Maria! Eu amo a sua filha, e por favor não precisa me pagar por isso. Não será problema nenhum, muito pelo contrário, eu vou amar! – ela fala dando um sorriso.

– Nossa, você não sabe como eu estou aliviado! Muito obrigado, Maraisa, de verdade. – ele suspira aliviado depois dela ter topado.

– Não há de quê! Só peça aos empregados para trazerem roupas e alguns pertences dela, ok? Eles sabem onde fica a minha casa.

– Tudo bem. Eu vou passar o dia com ela e depois peço para a deixarem na sua casa, ok? – Maraisa assente e chama Maria, que vem correndo em direção ao pai. Ela sentia falta dele.

O passeio de Gustavo e Maria foi incrível, fazia tempo que ela não tinha um momento assim com o pai.

Maria questionou sobre Naiara, mas ele conseguiu dobrá-la dizendo que a mãe teve que fazer uma viagem de última hora pela empresa que ela trabalha, e a garotinha acreditou.

– Papai, você vai ficar comigo essa semana? – Maria pergunta quando eles estavam voltando para o carro.

– Não, filha, esqueci de te falar que você vai passar a semana na casa da Maraisa. – ele fala abrindo a porta do carro para ela entrar.

– Sério? Meu Deus, que legal! Vai ser tão divertido! – a pequena fala animada.

– Você gosta mesmo dela, né? – Gustavo fala ligando o carro e dando partida até a casa da mulher, ele receberá o endereço dela pelo Whatsapp.

– Sim, eu amo muito a tia Isa. Ela é muito importante pra mim e sempre me ajudou muito.

– Que bom que você tem uma pessoa tão boa perto assim de você, Maria. – Gustavo fala sorrindo, ele era uma pessoa boa e queria apenas o bem da filha, que infelizmente sofria e passava pouco tempo com ele.

Chegando na casa de Maraisa, Maria entra correndo e abraça a tia, enquanto o homem nem sequer desce do carro.

– Pequena, tô muito feliz que você vai passar a semana comigo! – a mulher fala pegando a menina no colo.

– Eu também tô muito feliz, tia! – Maria sorri beijando a bochecha da professora.

– Nós vamos fazer várias coisas legais! O que acha de sairmos para jantar hoje?

– Vamos, titia! Por favor!

– Vamos sim, princesa, liga para a tia Lila e aí e chama ela para ir com a gente.

Maraisa entregou seu celular para a pequena e a deixou no sofá.

Marília atende a ligação e sorri ao ouvir a voz da pequena, ela não via a hora de começar a investigação para saber se Maria era realmente sua filha.

Em poucos minutos, a advogada chega na casa de Maraisa com três sacos, deixando as meninas curiosas.

– O que é isso, tia? – Maria pergunta arqueando as sobrancelhas.

– Poxa, princesa, não vai nem dar oi pra mim antes de perguntar? – a loira brinca e Maraisa revira os olhos.

– Desculpa. – Maria fala indo lhe dar um abraço apertado, era incrível como Marilia se sentia em casa quando isso acontecia.

– Ela só estava brincando, pequena. – Maraisa fala indo dar um beijo na mulher, que a puxa para o seu colo.

– E então, o que é isso?

– Abre! – Marília entrega as sacolas para Maria e a mesma abre, revelando três pijamas iguais de diferentes tamanhos.

Ela supôs que era um pra ela, um para Maraisa e um para Marília.

– Que lindos! A gente vai usar juntas? – a pequena pergunta sorrindo, ela havia amado.

– Sim, amor, comprei porque pensei em fazermos uma festa do pijama essa noite, o que acham? Só nós três. – Marília sugere e a morena sorri emocionada.

– Eu amei! Amei! Amei! – Maria dá pulinhos de alegria. – Eu já posso vestir?

– Ainda não, pequena, nós vamos sair para jantar, esqueceu? – Maraisa fala limpando as lágrimas que ameaçavam cair. Ela odiava ser tão emotiva.

– Verdade, tia.

– Então vão lá vocês duas trocarem de roupa que eu estou esperando aqui. – Marília fala e Maria sai em disparado em direção ao quarto de Maraisa, que permanece parada sorrindo.

– Que foi, vida? – Marília pergunta para a mulher que se mantinha paralisada.

– Tô feliz como nunca tinha estado antes. – ela responde a puxando para um beijo.

____________

I Won't Give Up - Malila G!POnde histórias criam vida. Descubra agora