QUATRO MESES DEPOIS
Passaram-se quatro meses desde aquela noite terrível no chalé. Estou com nove meses de gravidez agora, e meu ventre crescido me lembra diariamente que logo terei nosso bebê nos braços. Enrico enterrou Augusto, mesmo depois de tudo que ele fez. É um gesto que não consigo entender completamente, mas sei que, para Enrico, foi um ato necessário para finalmente seguir em frente.
Nosso restaurante está indo bem. Enrico tem trabalhado arduamente para garantir que tudo corra bem, e estou muito orgulhosa dele. Eu, por outro lado, não tenho ido ao restaurante. Com a barriga tão grande, fica difícil me mover com a mesma agilidade de antes. Além disso, a qualquer momento nosso filho, Luca, pode nascer.
Hoje, enquanto arrumava o quarto de Luca, senti uma contração forte. A dor me fez parar e segurar o berço para não cair. Meu coração disparou. "É hora", pensei, pegando o telefone e ligando para Enrico.
- Enrico, é hora. - Disse, tentando manter a calma, mas a emoção na minha voz era evidente.
Do outro lado da linha, ouvi a resposta de Enrico, cheia de nervosismo e alegria.
- Estou a caminho, amor. Fique calma, vai dar tudo certo.
Poucos minutos depois, ele chegou em casa. Seus olhos refletiam a mesma mistura de medo e excitação que eu sentia. Ele me ajudou a entrar no carro e, juntos, partimos para o hospital. Durante o trajeto, apertei a mão dele, buscando força e conforto. As contrações eram cada vez mais frequentes e intensas, mas saber que Enrico estava ao meu lado me dava coragem.
Chegando ao hospital, fomos rapidamente atendidos. A obstetra fez um exame de toque e confirmou que eu ainda não estava completamente dilatada. Com um olhar compreensivo, ela explicou que precisava estimular a dilatação para que o parto pudesse prosseguir. Ela recomendou que eu me movesse e usasse a bola de parto para ajudar nesse processo.
A dor das contrações estava se tornando cada vez mais intensa. Eu me sentei na bola de parto, tentando seguir as orientações, mas a dor era esmagadora. A cada movimento, eu sentia uma onda de sofrimento que parecia não ter fim.
- Por favor, eu preciso de anestesia. Não consigo mais aguentar! - Pedi à obstetra, a voz tremendo e cheia de desespero.
A médica, com um olhar de empatia, me explicou que a anestesia poderia atrasar o parto e que o melhor seria continuar com os exercícios. No entanto, a dor era tão intensa que eu não conseguia pensar em outra coisa. Enrico estava atrás de mim, segurando minha mão e tentando me acalmar com palavras suaves.
- Você está indo muito bem, Clara. Só mais um pouco, e tudo vai ficar bem. - Ele me dizia, seu tom de voz era reconfortante.
As contrações estavam cada vez mais fortes e frequentes, e eu começava a fazer barulho, gemendo e gritando para lidar com a dor. Eu me contorcia na bola, respirava pesadamente e soltava gritos de dor a cada onda de contração.
- Ahhh... Ai, não consigo mais... - Eu gritava, o sofrimento era quase insuportável.
Os minutos se arrastavam enquanto eu continuava a gemer e a lutar contra a dor. Enrico estava sempre ao meu lado, sua presença era um alívio e uma força. Ele tentava me acalmar e me incentivava a seguir em frente.
Após um tempo que parecia uma eternidade, a médica fez um novo exame de toque. Eu estava gritando e fazendo barulho, a dor era avassaladora. Finalmente, a médica confirmou que eu estava dilatada o suficiente para ir para a sala de parto.
Na sala de parto, a equipe médica estava preparada. Eu me deitei na cama, e as contrações continuavam a vir com força. Enrico estava ao meu lado, segurando minha mão com firmeza e tentando me dar força. A dor era intensa, e eu gritava e gemia a cada contração, minha respiração era irregular e apressada.
A médica orientava a equipe com calma, e eu me concentrava em seguir suas instruções. Enrico me olhava com olhos cheios de preocupação e amor. Ele estava sempre lá, oferecendo conforto e apoio, enquanto eu lutava contra a dor.
Enquanto a equipe médica se preparava para o parto, a dor das contrações continuava a aumentar. Eu estava na cama de parto, e cada onda de dor parecia mais intensa que a anterior. Eu me esforçava para seguir as instruções da médica, mas a dor era esmagadora.
- Ahhh, ai, não consigo mais! - Eu gritava, tentando lidar com a dor que parecia não ter fim.
Cada contração trazia uma nova onda de sofrimento, e eu fazia barulho a cada impulso. Minha respiração estava descompassada, e eu gemia e gritava, minha voz ecoando na sala de parto. Enrico estava ao meu lado, segurando minha mão com força e tentando me acalmar com palavras de apoio.
- Você está indo muito bem, Clara. Só mais um pouco, você consegue! - Ele dizia, sua voz era um consolo em meio ao caos da dor.
Os minutos se arrastavam, e eu sentia cada contração com intensidade crescente. Eu gemia e gritava, os sons que eu fazia refletiam o esforço e a dor que estava enfrentando. O ambiente estava carregado de tensão e expectativa, e eu tentava focar na chegada do nosso bebê, apesar do sofrimento.
Finalmente, com um último grito e um esforço monumental, eu senti que Luca estava quase chegando. O choro do bebê começou a preencher a sala, e eu percebi que o sofrimento havia terminado. Enrico estava ao meu lado, com lágrimas de felicidade nos olhos, enquanto a equipe médica limpava e examinava nosso filho.
- Você fez isso, Clara. - Enrico sussurrou, sua voz cheia de emoção.
Eu sorri para ele, exausta, mas cheia de uma alegria indescritível. Com Luca finalmente nos braços, toda a dor e o sofrimento tinham sido transformados em uma felicidade pura e completa.
GOSTARAM?
BEIJOSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS!