𝐂𝐚𝐬𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐟𝐨𝐫𝐜̧𝐚𝐝𝐨

~49

→ Mais tarde...

Já era noite e o jantar já estava sendo servido. Todos sentaram na mesa e foram se servindo enquanto conversava.

Já na cozinha Marlene estava preparando um empadão para Lucero, que tinha sentido o seu primeiro desejo de grávida. Rebeca entrou na cozinha e viu sua tia na correria como uma doida terminando de colocar o empadão no forno.

— pra que esse empadão tia? — pergunto e me sento olhando ela lavar as louças — a senhora já não fez a janta?

— já sim. — respondi largando o prato na pia e enxugo minhas mãos no avental — esse empadão é para Lu, ela sentiu desejo de comer empadão. — sorrio e volto a lavar os pratos.

— como assim desejo? — me levanto sem entender — quem sente desejo é mulher grávida.

— isso mesmo, quem sente desejo é mulher grávida — digo e continuo lavando os pratos — você acertou, a Lu tá grávida.

— como assim grávida? De quem? — sorrio com esperança de que o pai seria outro homem.

— como assim de “quem” ? — me virei e encarei minha sobrinha que sorria, por algum motivo eu não sei — é do Fernando, ele é o pai.

— o Fernando? — desmanchei o sorriso — mas... Ele não mora aqui tia, como é possível?

— como é possível eu não sei, mas algo me diz que essa criança vai unir esse casal novamente. — eu sorri.

— mas... O Fernando já sabe que ela está grávida?

— ainda não, mas logo saberá. — digo rindo e saio da cozinha indo até a sala de jantar recolher os pratos, e desmontar a mesa.

— se depender de mim, essa maldita criança não vai nascer. — falei expressando todo meu ódio antes dessa criança nascer, talvez eu já tenha que colocar meus planos em ação. — e acredito que dessa vez eu me livro da “ Querida Lucero”. Eu detesto essa mulher. — me retiro da cozinha indo para meu quarto.

[...]

→ Semanas depois...

Algumas semanas se passaram e Lucero já estava com quase três meses de gravidez, sua barriguinha já estava dando sinal quando ela colocava uma roupa que grudava em seu corpo. Ela sentia de todo coração que estava grávida de um menino, mas só iria tirar sua dúvida quando fizesse o ultrassom com quatro meses para saber o sexo da criança.

Fernando tinha ido na grande mansão ver Lucero, mas ela não lhe tinha contado sobre a sua gravidez, e isso deixava Rebeca com esperança de entregar esse segredo que Lucero escondia para não contar a Fernando.

Lucero estava sentada na sala lendo um livro sobre recém nascido, o livro dava muitas instruções de como cuidar de um bebê para mães de primeira viagem. A campainha toca e Marlene veio correndo atender, e sem imaginar quem era ela abre a porta.

— oi Fernando, boa tarde! — eu sorri para ele e o deixei entrar.

— boa tarde Marlene, a Lucero está?

—  sim! Ela está na sala. — respondo enquanto fechava a porta.

Marlene guiou Fernando até a sala onde Lucero estava sentada e distraída lendo.

— Lu... — eu a chamei — visita para você. — digo e saio.

Lucero levantou a cabeça e sorriu ao ver Fernando. E soltando o livro no sofá ela correu e o abraçou apertado, e ele com todo carinho correspondeu.

— o que faz aqui? — pergunto desfazendo o abraço — pensei que você iria vir amanhã.

— eu vim aqui te chamar para dar uma volta.