Capítulo 16

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Dylan point of view

Exatamente 40 minutos se passaram. Amber se sentou ao meu lado na cama, com o olhar vago, perdida em seus próprios pensamentos.

-Então, como está se sentindo? - perguntei.

-"Você vai olhar no rosto das pessoas que passam, esperando que alguma coisa, mesmo que por um instante, me leve de volta para você. Você vai achar a luz da lua estranhamente vazia porque quando você chamar pelo meu nome não haverá respostas. Seu coração sempre estará doendo por mim e sua mente te dará a consolação duvidosa de que você fez algo corajoso." - ela recitou. -Já deve ter escutado estas palavras em algum lugar, e é exatamente assim que estou me sentindo. - Amber suspirou.

É, uau.

Já ouvi esse verso. E para ele estar descrevendo a mulher ao meu lado, ela deve estar realmente abalada.

-E você? - Amber olhou para mim.

-Acho que... Do mesmo jeito que você. - coloquei minhas mãos na cabeça, forçando meu cérebro para pensar o que deveria fazer agora. -Devemos contar a verdade a ela antes que seja... tarde demais.

-Contar a verdade?... Conta-la a verdade para que ela observe as estrelas através das lágrimas em vez de seguir a única estrela fria que é o nosso destino? Não, não, deixe-a pensar que eu nunca a amei.

-Conheço esses diálogos, e é legal que se expresse por eles. Mas Amber, eu acho que você não está pensando direito. - direcionei minha mão para tocar seu rosto, mas ela segurou minha mão.

-Eu era poeta. - Amber suspirou. -Eu vou buscá-la. Não espere por mim. Vá dormir.

Amber se levantou e colocou um casaco, observei ela saindo pela porta do quarto e fechando-a lentamente. No momento em que Emily entrou correndo no hotel e Amber foi atrás dela, eu estava no bar do hotel, vi elas correndo, então segui elas. Respirei fundo e coloquei minha mente em ordem, ela disse para não esperar, mas nunca se sabe o que mais pode acontecer, afinal, Valentino está hospedado no mesmo hotel que nós.

Amber point of view

Cannes não era tão grande assim, o meu maior palpite de onde ela poderia estar eram os bares da cidade. E tinham vários por aí, ela poderia estar em qualquer um. Então, para facilitar um pouco, perguntei para algumas pessoas quais eram os melhores da região, ela não pode ter ido tão longe, né? Os principais que me disseram foram:

1. Morrisons Irish Pub
2. Le p'tit local
3. Ma Nolan's Irish Pub Cannes
4. L'endroit Cannes
5. The Quay's Irish Pub

Anotei todos eles na minha mão com uma caneta. Eu imagino que ela não vai querer me ver, mas mesmo assim, é melhor ter certeza de que ela está segura.

[...]

Depois de revirar os quatro primeiros bares de cima a baixo, minha última esperança estava no último que me foi recomendado. Se ela não estivesse lá, eu iria procurar por todo lugar dessa cidade, até achá-la. Adentrei o lugar movimentado, tocava uma música animada e alguns vieram para cima de mim, mas eu não tinha tempo para isso. Passei os olhos pelas mesas até chegar na bancada do bar, onde vi uma roupa conhecida. Emily. Ela estava, com a cabeça caída no balcão, com uma taça de bebida na mão, e mais... uma, duas, três... doze ao seu lado. Apressei o passo até ela. O bartender me olhou enquanto limpava um copo.

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