9. Propriedade de Jinnie

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O colégio parecia uma loucura por toda parte. Era uma sexta-feira e todos organizavam em conjunto para o festival de gincanas que havia todo ano. Barracas de jogos eram montadas, competições formadas e guloseimas vendidas aos montes. A festa, no final de tudo, era um projeto beneficente para investir em melhorias na educação e em todo o ambiente escolar.

Enfeites coloridos eram dispostos em cada pilastra e quina das paredes, as barracas lá fora continham prêmios e era da onde mais vinha o lucro total. O jardim tinha pequenas decorações nos bancos e mesas ao ar livre e, mais ao centro, havia uma fogueira que sempre ascendiam ao fim do dia.

O dia de feira era divertido para todos, uma vez que os educadores também poderiam se entreter vez ou outra, quando não estivessem supervisionando toda a parte financeira.

Lee Felix não costumava aproveitar tanto o dia, dado que odiava toda a balbúrdia enérgica que aquele lugar se transformava. Gostava de aproveitar com seus amigos e até competir em jogos, mas desde sempre nunca teve a sorte de ganhar o maior prêmio das barracas.

— Oi, querido! — se aproximou, dois pompons rosas presos em cada lado de sua cabeça como se fossem orelhinhas, o sorriso largo e os olhos curvados.

— Oi, Yeonjun. — sorriu, simples.

—  Não está cansado de colar todos esses papéis? —  se sentou sobre a mesa enquanto o restante da sala colavam adereços e enrolavam fitas.

— Acha que é melhor eu continuar recortando? — levantou uma sobrancelha e o mostrou alguns corações cortados — nenhum da forma correta.

Yeonjun riu da bagunça na mesa do loirinho, recolhendo alguns recortes e limpando migalhas de papéis que estavam sobre os cabelos do menor. As mãos pequenas estavam sujas de resquícios de cola seca e algumas manchas de canetinha nas pontas dos dedos.

Suas bochechas ruborizaram ao pegar-se o observando demais.

— Não vai me ajudar? — levantou sua cabeça e ajustou sua franja.

— Acho que sou pior do que você para fazer algo. — retirou os papéis de sua cabeça e riu junto do Lee, descendo da mesa e então se aproximando, o observando por alguns segundos antes de afirmar para si mesmo que havia entendido o suficiente para que fizesse em seguida.

Os próximos minutos foram sobre recortes não tão certos, mas também sobre conversas descontraídas e suaves. Felix pôde ver o lado legal do Choi e havia conseguido esquecer por um tempo agradável todo aquele caos.

— Felix! — a líder de torcida, Nayeon, o chamou enquanto se aproximava, ajustando sua saia e seus óculos redondos enquanto lhe entregava um sorriso doce. —  Será que pode me emprestar seu estojo de canetas?

— Oh, claro, eu apenas...

Um braço surgiu atrás de si e pegou o estojo sobre a mesa bagunçada. Felix segurou a vontade de revirar os olhos ao perceber o fato de ter seu doce perfume gravado em sua mente, o mais suave que fosse. Parecia estar cravejado no fundo de sua mente, como um alerta para aquilo que se aproxima e sempre acaba estragando tudo, aquela nuance perfumada daquele que está sempre um pouco fora de si.

— Eu preciso de algumas coisas. — Hyunjin abriu o zíper e parecia procurar algo específico, dando-se por vencido quando encheu a mão com as coisas coloridas e então entregou o estojo quase vazio a garota.

Seu sorriso decaiu como uma sombra, o garoto dos fios loiros nunca havia deixado de usar seu melhor e pior adereço.

Seu sorriso ladino.

— Devolve, Hwang! — ergueu sua cabeça para cima a fim de o fitar enquanto apoiava uma das mãos no encosto de sua cadeira, parecendo zombar da carinha de Felix.

Sweet fantasy | hyunlixOnde histórias criam vida. Descubra agora