Vinte e nove.

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O tempo passará lentamente naquele dia, inverno parece deixar os dias mais longo do que o normal. Louise não gostava daquilo, dava a sensação de que o mundo havia parado. E o mundo parado não era algo que ela se agradaria se acontecesse. Ela estava sentada sozinha em baixo de uma árvore do lado de fora do castelo. Deixou os meninos chapados sobre os cuidados de Régulos e Lorenzo e saiu para ouvir o som do silêncio. Estava tudo calmo, tão calmo que ela até estranhou. Louise gostava de silêncio, por isso ela não gostava de si mesma. Ela fazia muito barulho, barulho daqueles que não tem som, mas que você sabe que é barulho. Ela sempre preferiu o silêncio, silêncio que só se escuta as pessoas voando nas vassouras, quando voavam. Silêncio de se fechar os olhos e imaginar uma bela paisagem. Silêncio que quando fica muito quieto você estranha, sabe? Silêncio que se tem silêncio, tem coisa errada e se tem coisa errada tem silêncio. Silêncio de se perguntar o que aconteceu mesmo quando não aconteceu nada. Era aquele silêncio que ela precisava.

Mattheo passava por ali e avistou a menina sentada no chão em baixo da árvore, ela olhava para um ponto fixo qualquer dali. A neve deixava tudo tão branco quanto ela, a neve é linda, e com Louise ali no meio ficou mais linda ainda, Mattheo nunca gostou da neve ou do inverno, mas no momento em que a viu ali, sentada, pensativa, começou a amar a neve. Seu coração estava batendo forte, forte demais. Foi aí que ele percebeu que estava silêncio, silêncio de se escutar a voz do silêncio e seu coração não estava batendo tão forte, era o silêncio fazendo parecer que seu coração estava batendo forte. Os olhos da menina encontrou com os olhos escuros do menino. Tipo cenas de filme, quando a mocinha encontra seu amor impossível e os dois trocam os olhares mais sinceros da vida deles. Mattheo sentia algo por Louise, ele sabia disso. Entretanto, a voz da consciência o dizia para desistir dela, até porque Louise poderia estragar seus planos. Por mais que ele quisesse ficar com ela, nem se quer dar um último beijo  em seus lábios, ele se colocou em seu lugar e assim como seu pai tinha dito para não terem distrações e que a missão dele e de Tom ali era rápida, ele fez. Voltou a andar e deixou a menina lá sentada no chão sozinha. Um amor que realmente era impossível, Mattheo e Tom tinha uma missão ali, colocar Louise no meio, iria os distrair e possivelmente mata-la.

Louise ficou embaixo da árvore lembrando da noite que teve com Mattheo, se entristeceu. A menina conseguia se lembrar perfeitamente da noite que tivera com ele, entretanto, ela não conseguia se arrepender do que fez. Ela ao menos deveria? Porque tudo que envolvia esses malditos gêmeos tem que ser tão complicado?

MATTHEO

Eu estava andando pelo castelo enquanto conferia se tudo estava no seu devido lugar quando vi a dona dos meus pensamentos mais impuros, sentada debaixo de uma árvore do lado de fora do castelo. Estava entre a neve, tão linda. Seus olhos negros olhavam para um ponto fixo de um canto qualquer dali. Eu nunca gostei de neve, muito pelo contrário, sempre a odiei. Com tudo, quando vi a ruiva mais bela de todas sentada entre ela, eu passei a amar a neve. Tirando a parte de que Louise é  infantil, imatura, mimada e sem noção.

É, essa garota de algum forma conseguiu mexer comigo. Mas porque ela? Porque uma garota mais nova e que provavelmente nunca entenderá o porquê de eu estar aqui e fazer o que vou fazer? Pensando por esse lado, Louise não tem absolutamente nada que me seja útil. Não passa de uma garota mimada que quando as coisas não saem como ela quer sai correndo pro colinho dos amigos. Sem personalidade alguma e sem decisão própria. Ela acha mesmo que fazendo birra irá me fazer odia-la? Se ponha no seu lugar garota! No mínimo deveria tirar um terço das notas que eu tiro, o mínimo e nem isso faz. Isso que dá querer se envolver com criança. Tom e eu estamos ficando sem tempo, e essa garota irá estragar tudo se continuar entrando na minha mente assim!

AUTORA

Ao cair da tarde, Louise entristecida se dirigiu até seu quarto com a cabeça baixa a todo instante. Seus passos entre os corredores eram lentos e silenciosos, podia ouvir alguns murmuros de pessoas assim que ela passava por alguém, mas se perguntava se realmente deveria se incomodar de mandar todas aquelas pessoas tomarem no cu. Todas as meninas queriam ser ela, queriam saber como é transar com os serpentes. É, aparentemente todos de Hogwarts achavam que Louise fazia sexo com os meninos. O instinto protetor deles fazia parece que tinham ciúmes da garota.

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Lembram que disse q os capítulos seriam adiados se vcs ficassem sem comer? Pse, adiei, mas fiquei com dó de vcs e postei agr.
É pqn, mas dá próxima faço um maior pra compensar.
Comam!!!!!
Amo vcs ❤️❤️

Obsessão anormal. ( Gêmeos Riddles/ Tom Riddle/ Matteo Riddle/Irmãos Riddles)Onde histórias criam vida. Descubra agora