Sob Meu Controle (BabeCharlie)

Sinto muito que eu tenha causado isso...

Vou falar mais uma vez da importância de ler TODAS as histórias, tem muitas cenas e informações que acabam não indo para as outras histórias

--- CHALIE ---

Eu acho que nunca corri tanto para chegar ao carro de Pit, não tenho ideia de como consegui arrastar o corpo dele para fora do carro, mas eu o fiz, as balas choviam ao meu redor, as pessoas caiam e eu as pulava sem pensar duas vezes, tudo que eu precisava era chegar até ele.

O tirei do carro, arranquei seu capacete, ele não respondia a nenhum chamado, sua cabeça minava sangue.

- Charlie, as ambulâncias já estão chegando, você precisa deixá-lo o mais parado possível. – A figura de Alan em minha frente parece estranha agora, eu o analiso por alguns segundos.

- Jef... – Eu sussurro porque não o vejo ao seu redor.

- Ele tem seus próprios seguranças. – Eu assinto e percebo o quanto as coisas repentinamente estão silenciosas, olho em volta tentando entender, a maioria dos caras que tinham descido da traseira do caminhão ou vindo em carros atrás dele estão no chão, ambulâncias nos cercam e começam a fazer o socorro dos motoristas.

- Senhor eu preciso que se afaste. – Uma moça de branco me diz, eu assinto, mas não me afasto de Pit, Alan me puxa delicadamente e ela se aproxima.

- Ele tem 28 anos, é 0 negativo. – Consigo dizer gaguejando e ela assente anotando em seu braço, alguns outros socorristas chegam e ela começa a falar com eles.

- Fratura craniana grave, ele é um código vermelho. – Eu levo as mãos a cabeça e sinto a tontura tomar conta de mim, meus lábios tremem. – Analisamos o resto a caminho do hospital, ele precisa de uma TC de crânio urgente. – Eles começam a colocá-lo na maca.

- Charlie, vai ficar tudo bem, eu fiz com que eles usassem proteção extra hoje, tenho certeza que ele vai melhorar. – Eu ergo meu olhar para Alan, balanço ligeiramente a cabeça.

- Por quê? – Confusão é o que nubla minha mente, Kamol e Macau chegam correndo perto de nós.

- Eu tive um pressentimento. – Ele toca em minhas costas.

- O que houve? – Macau olha horrorizado para Pit e eu o analiso, Kamol, Alan.

- Kinn e Porsche não viriam hoje? Onde eles estão? – Vejo seus olhos se arregalando.

- Se quiser acompanhá-lo ao hospital precisa ser agora. – Eu entro dentro da ambulância o mais rápido que consigo e vejo as portas sendo fechadas, me sento ao seu lado e agarro sua mão, eles entubam Pit e eu tento controlar minha respiração, me manter calmo enquanto eles analisam outras coisas, seu braço já está com um soro ligado então pego sua mão.

Ele passou a semana inteira tão animado quanto a corrida, eu nunca tinha o visto assim, ficávamos na pista quase o tempo todo quando não estávamos na faculdade, e quando íamos para casa, voltávamos direto para a cama.

- Gatinho. – Ele abraça minha cintura na cama e lambe minha orelha. – Quando eu for o vencedor, você vai subir no palco e me dá um grande beijo? – Eu reviro os olhos, estava dado a piadinhas cada vez piores.

- Muito engraçado, você viu o Jef? Por que o Alan precisa cercá-lo daquela forma o tempo todo? Até quando ele vem cuidar do seu carro. – Eu respiro fundo.

- Acho que você está com ciúme. – Ele se vira de barriga para cima rindo e eu bufo. – Cuidou do seu irmão por tanto tempo, que agora está com medo de perdê-lo porque ele arrumou alguém que também cuida dele, mas acho que sabe que você sempre estará no primeiro lugar para ele, assim como ele será seu primeiro lugar.