--- CHARLIE ---
- Eu deveria imaginar que iria te encontrar aqui. – Luigi sorri sentando-se na cadeira.
- Na verdade, você é muito previsível. – Eu respondo com uma risadinha.
- Veio me ameaçar ou me matar? Defender o seu namoradinho? – Ele sorri.
- De qual namoradinho você está falando? – Me faço de desentendido e ele paralisa.
- Claro que sim, você nunca foi de se importar com alguém de verdade, não é? Além do seu irmão, Pit sabia disso quando entrou na relação? Que você não estava nem ai pra ele? – Luigi ergue a sobrancelha e eu o ignoro.
- Você tinha mesmo que passar do limite daquela forma, um caminhão? Matar aquele tanto de gente? – Lambo os lábios e tomo um gole de whisky.
- Como se você pudesse dizer algo sobre matar muitas pessoas não, Charlie? – Ele pede uma bebida pro garçom.
- O que você pretende com tudo isso, se sabe que não me importo com Pit, por que ele e não a mim? – Dou de ombros.
- Porque ainda conheço seu senso de moralidade. – Ele ri. – Sabe? Eu não gosto de perder meus brinquedos, e você é meu, simplesmente decidiu fugir, jogar fora tudo bem, mas se rebelar contra mim? Não aceito. – Ele se recosta na mesa ainda sorrindo. – A coisa funciona assim, eu mato todo mundo que você acha gostar, que te traz o mínimo de alegria, e volta a ser meu brinquedo.
- Se...
- Sabia que seu amigo Chay está sendo perseguido? Ele tem um stalker, a coisa não é boa, eu me preocuparia. – Ele ri. – Porsche e Kinn tem seus próprios problemas com alguém atacando pouco a pouco seus suprimentos e seus contratos. – Mexe a boca e os olhos como se estivesse pensando, que porra como não estou sabendo disso? – Acho que esses já estão se ferrando sozinhos, posso até deixá-los em paz.
- Que merda você está falando? – Bato na mesa.
- Sabia que Vegas pediu Pete em casamento? Numa linda noite na praia cheia de velas. – Ele mexe o gelo no copo e depois pega um amendoim do pote no meio da mesa. – Seu irmão finalmente conseguiu firmar a relação, ou foi o Alan que conseguiu? Ele barra muito minhas investidas... É triste saber que todos tenham que morrer para que você aprenda a lição, como Macau, Kamol e o doce e pequeno Mitt.
Eu pisco aturdido, Jef seria a cartada final, mas não foi, ele sabe que não pode alcançá-lo, e colocou Mitt em seu lugar, minha respiração acelera.
- Você deixou as marcas nas costas dele de propósito não foi? Sabia que eu as reconheceria. – Sussurro.
- Claro. – Seu sorriso se amplia. – Way era um grande idiota, eu sabia que ele morreria, toda aquela necessidade de atenção, aquela carência familiar. Aquilo era tão patético. - Sua risada exala pena. - Quando ele me procurou porque você se envolveu eu o manipulei, e o enviei direto para a morte. – Ele olha ao redor analisando as pessoas.
- A bomba... – Eu falo pensativo, porque não faz sentido, ele tentou me matar caramba.
- Eu sabia que Mitt desarmaria em dois tempos, olha que engraçado... Eu o torturei por dias, eu estive lá todo o tempo... e ele não se lembra. O estresse pós-traumático não é uma coisa engraçada? – Ele solta uma risada, e eu o encaro. - Foi eu que contei que o irmão estava morto, ele não descobriu sozinho como acredita... Eu o fiz acreditar que Way iria atrás de Jef. – Balanço a cabeça completamente desacreditado, esse cara era um... - Você tem que admitir que sempre fui muito bom manipulando pessoas e memórias, você foi um deles. – Seu sorriso nunca sai do rosto.
- Você brinca com as pessoas e acha que não existe consequências – Bato o copo na mesa.
- E não existem, você me procurou, você me deu um nome falso. Trabalhou pra mim, fez coisas horríveis, sabe que fez. – É, eu fiz. - Para que eu o ajudasse a encontrá-lo, só não imaginou que eu tinha ajudado a vende-lo, o destino é irônico não é?
- Você sabia... Sabia quem eu estava procurando. – Nojo é tudo que eu sinto por esse cara.
- E você destruiu minha organização, a culpa é mais sua do que minha, você ainda me deve. – Dever? Pelo amor de Deus.
- E porque Mitt? Para que o torturar? – Mudo o assunto, porque sei que não faz sentido insistir no mesmo assunto.
- Ele me lembra você em muitos sentidos, quando o vi... Aí pensei que ele poderia ser meu novo brinquedo. Mas, tão resistente, eu tive que marcá-lo. E isso o fez ficar parecido com seu irmão, é por isso que é tão próximo dele, não é? Ele te lembra os dois. – Aquilo me acerta completamente, é exatamente o que Mitt é pra mim, eu respiro fundo e tento controlar as emoções, Luigi se levanta e brinda com meu copo. – Pro impacto ser maior, para o seu aprendizado, ele é o primeiro que vou matar. – Ele se afasta.
Solto o ar pela boca tentando demonstrar o máximo de indiferença possível. – Kamol? – Sussurro. – Pegaram isso?
- Sim. – Seu tom é seco, e eu me arrependo completamente de ter aceitado a ideia de Mitt de fazer essa vídeo chamada.
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E ai? Pediram tanto continuação... Curtinho, mas foi assim que imaginei esse encontro.
COMENTEM E VOTEM... LOGO LOGO TEM MAIS.
O que estão achando desse novo vilão?
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Sob Meu Controle (BabeCharlie)
Romance- EU VOU TE DENUNCIAR. - Eu grito apontando o dedo pra ele, me afastando. - Faça isso, eu te desafio. - Babe sorri. - Não fiz nada contra seu consentimento, você nunca precisou de notas nem nada do tipo. - Seu sorriso se amplia. - Como eu poderia te...