Sob Meu Controle (BabeCharlie)

Eu vou morar com você agora, tio Charlie?

--- CHARLIE ---

Entro na sala no momento em que Mitt está pegando o menininho em seu colo e perguntando seu nome. – Venice, o nome dele é Venice. – Meu menino me lança um olhar curioso e levemente desconfiado e depois pula para o meu colo.

- Onde estão indo? – Faço um barulho e aperto o seu nariz, ele solta uma risadinha.

- Ver o cachorro. – Sussurra no meu ouvido e ergo a sobrancelha para Mitt.

- Nós vamos lá, e depois vamos para a nossa nova casa, okay? – Seus olhos brilham e ele se afasta em meu colo.

- Eu vou morar com você agora, tio Charlie? – Assinto e seu sorriso aumenta.

- Sim, comigo e com mais alguns tios. – Ele suspira feliz e abraça meu pescoço, o puxo contra mim de volta e ergo a sobrancelha para Mitt, nós caminhamos em direção a parte de fora em que Liu as vezes ficava.

- Esse tio vai? – Venice aponta para Mitt e eu nego, seu biquinho surge e respiro fundo. – Mas, ele tem muitos brinquedos. – Seguro minha risada, mas Mitt não consegue.

- Vou te dar alguns deles para você levar para a casa nova, tudo bem? – Seus olhos se arregalam de novo e noto como ele é exageradamente expressivo, abraço ele de novo.

- Estava com tanta saudade de você. – Beijo seu rostinho e ele sorri puxando meu cabelo.

- Chega tio Charlie, eu não aguento mais. – Cruza seus bracinhos e faz uma carranca irritada. – Você que não quis ir me ver. – Cheiro seu pescoço e ele se desfaz sorrindo, nesse momento abaixo ele no chão e Mitt traz Liu, olho para trás de vejo Pit nos observando.

Quando Venice chegou ele tinha me abraçado tão forte, e ignorado completamente as outras pessoas com vergonha, só se despediu daqueles que costumavam cuidar dele. Pessoas que eu precisava manter contato, porque depois de 3 anos, eram como pais para ele, e não se desapegaria tão fácil assim.

Ele corre no quintal com Liu e Mitt e observo sorrindo, eu sentia tanta falta dele nesses momentos que estava longe. – Realmente não sabia que poderia ser tão carinhoso e fofo com alguém, só uma criança para te fazer cuidar e sorrir assim. – Pit me abraça por trás.

- Apesar de estar a maior parte do tempo longe, eu amo esse menino. – Pit beija minha bochecha e nós observamos eles brincarem mais um pouco até Venice voltar correndo para mim e o pego no colo.

- Esse é o seu namorado, tio Charlie? – Concordo com a cabeça e ele sorri.

- É sim, amor. – Toco seu nariz com o meu. – Está cansado? Quer ir pra casa? – Ele assente coçando os olhos, mas depois olha para Mitt.

- Eu quero levar meus brinquedos. – Faz um biquinho de gente bem chantagista, alguns dos traços dele me lembravam bastante o pai, e toda vez que isso acontecia eu balançava a cabeça e ignorava.

- Não é educado ficar pedindo. – Falo sério com ele e Pit o pega do meu colo, no início ele estranha, mas Pit era assim, invasivo até você se acostumar com ele.

- Qual brinquedo você quer? Qualquer coisa a gente invade pra você brincar, foi assim que conquistei seu tio. – Venice arregala os olhos para mim sorrindo e eu acerto um tapa no ombro de Pit.

- Pit, não fale essas coisas, ele é uma criança, pelo amor de Deus. – Ele beija minha bochecha e sai com ele em direção a sala.

- Quero ver você dar conta dele e de Vegas em uma casa. – Mitt fala atrás de mim. – Vamos, vou separar alguns brinquedos para ele, tenho muita coisa fechada que nunca nem pensei em abrir, você tem o básico?