Sob Meu Controle (BabeCharlie)

Por que diabos você não o matou?

--- CHARLIE ---

Macau abre a porta para mim e suspiro antes de caminhar para dentro, dou uma olhada ao redor do apartamento e vejo Kamol encostado na mesa me observando.

- Onde está o Mitt? – Pergunto receoso.

- No armário. – Ele é seco, está mais do que chateado. – Fazia meses que não entrava lá sabia? E agora voltou, graças a tudo que ouviu ontem. – Eu paraliso começando a me sentir culpado pelas coisas que causei a Mitt.

- Kamol... – Macau toca em seu ombro.

- Ele se machucou, bateu a mão na parede durante a crise, e precisou levar pontos...

- Sinto muito. – Pressiono meus lábios tentando manter minha mente sã.

- Não é culpa dele Kamol. – Macau interfere e eu solto uma risadinha, porque também concordo que é minha culpa.

- Você ao menos visitou Pit? Porque Mitt está muito preocupado com ele, e você não parece nem se importar. – Seu copo bate na mesa me fazendo afastar um tempo.

- Eu não posso vê-lo, enquanto Luigi achar que eu não me importo com ele, é melhor, será mais seguro. – Passo a mão pelo cabelo e o olho suplicante esperando que ele me entenda.

- Afinal, para que foi aquilo ontem? – Macau pergunta do canto.

- Eu precisava reativar algumas conexões, saber se ainda estão perto de Luigi e se posso me aproveitar disso. – Ambos paralisam me observando.

- Você não matou boa parte da organização dele? Dos homens dele? – Kamol pergunta.

- Não os que eu podia utilizar posteriormente... – Respondo me sentindo completamente desconfortável porque sei como isso soa.

- Caramba, eu sabia que tinha feito muita coisa, você. Sua forma de agir, vem me encabulando. Mas, lidar assim com a vida de pessoas? Vou te deixar vivo porque posso te usar depois? Isso é impressionante... Eu já fiz bastante coisa, mas não esperava que pudesse ser... – Lambo meus lábios e balanço levemente a cabeça, não queria pensar nisso, nem me lembrar, era uma época que eu pensei que tinha esquecido.

- Onde está o Mitt? – Olho para Macau.

- La em cima. No quarto com placa de "Não perturbe" na porta. – Eu assinto, suspirando, Mitt apesar de tudo conseguia deixar o ambiente mais leve, mesmo que isso não fosse a realidade do seu interior e sigo em direção as escadas, mas ainda os ouço conversar.

- Você precisava mesmo ser tão duro com ele? – Macau.

- Sim, tanto ele quanto Mitt trabalham não contando o que está acontecendo, até quando vamos ficar no escuro? Ele ameaçou Mitt Macau, e simplesmente vamos ficar parados? Deixá-los planejar sozinhos de novo para vermos Mitt no hospital. – Suspiro e abro a porta do quarto, não encontro Mitt em lugar nenhum então abro a porta do guarda-roupas.

- Não...

- Sou eu, to entrando. – Sussurro e me encolho para dentro na outra porta. – Lugar legal, mas precisava... – Olho ao redor.

- De enfeites? Pete falou... – Sua cabeça está encostada na parede e está enrolado na coberta.

- Não sou a primeira visita? Que triste... O que está fazendo aqui? – Cutuco suas pernas.

- Tentando manter a sanidade, entender o que é real. – Ele suspira e eu o compreendo totalmente.

- Eu sei como é... – Pisco aturdido.