Sob Meu Controle (BabeCharlie)

Quem resistiria?

--- BABE---

Estou surtando, desde o dia no banheiro Charlie tinha praticamente sumido, por dois dias ele não apareceu nem na faculdade nem na mansão, inventou que estava doente, mas eu sabia que não era verdade. As vezes trocávamos mensagens, ele não dizia muita coisa, nós nos víamos rapidamente na faculdade nos outros dias, e ele passava o resto do tempo na mansão tentando ajudar, eu deixei de ir até lá todos os dias quando Kinn me garantiu que colocaria homens para protege-lo, no fim das contas ele estava seguro e eu tinha medo de sufocá-lo.

Fiz de tudo pra controlar minha vontade de ir atrás dele, verdade seja ditada, eu fui até o apartamento dele, eu não entrei, só que o porteiro me disse que ele não voltava lá há dias. Ele provavelmente estava com o irmão, ele me disse.

Estou no meu apartamento corrigindo algumas provas no período da tarde quando o telefone toca. – Pete foi esfaqueado. – Ele está estranhamente calmo.

- Onde você está? – Pergunto aturdido, tentando processar o que aconteceu.

- Em casa, pode me buscar? Preciso ir para o hospital. – Ele pede e eu respiro fundo, tirando os óculos que só usava para trabalhar no computador.

- Estou indo, me espere embaixo. – Saio rapidamente e dirijo até seu apartamento, ele está parado na porta do prédio olhando para baixo e mexendo os pés, apertando a correia das mochilas que carrega nas costas.

- Oi. – Ele diz entrando no carro, e eu sinto vontade, puxo-o pra um abraço e ele respira fundo.

- Oi. – Respondo beijando sua testa.

Ligo o carro novamente e Charlie me indica o hospital em que Pete está internado. – O que houve?

- Ele foi até uma casa do pai de Kinn pelo que soube e era uma armadilha, ele o deixou lá esfaqueado e ligou para Vegas – Ele olha em direção a janela.

- Isso está começando a me irritar... – Bato no volante chateado, Charlie permanece calado, calmo demais. 

Nós chegamos ao hospital e encontramos um Vegas desolado e coberto de sangue, eu me sento em uma cadeira tentando deixar as coisas mais normais, tendo em vista que mal conheço o pessoal por aqui. Mas, Charlie passa um tempo no computador, o que eu não entendo, ele avisa Kinn que está tentando investigar o que aconteceu, o observo se levantar e sair da sala.

---CHARLIE---

Assim que identifico a invasão no sistema eu busco achar a fonte, consigo acessar os relatórios do Pete rapidamente e vejo que ele já está acordado depois de uma longa cirurgia, quanto tempo passamos aqui? Babe me observa atentamente, ele parece chateado, mas eu não tenho tempo para isso.

Caminho rapidamente ao quarto de Pete, e ele está com uma enfermeira.

- Oi. – Eu digo. – Como está? – Ele faz uma careta de dor.

- Ele esteve aqui, agora há pouco, veio conferir o que aconteceu... – Ele fecha os olhos. – Você entrou como?

- Eu soube que ele estava aqui pelo sistema. – Dou de ombros. – Se continuar estressado assim e se mexendo como está não vai parar de sentir dor.

- Tente você falar isso depois de ser esfaqueado. – Eu sorrio. – O que tem pra me dizer?

- Ele veio aqui te conferir, entrou no sistema para saber como estava, queria ter certeza Pete. – Eu me aproximo da cama.

- E...? – Ele me olha meio confuso.

- Consigo rastreá-lo novamente se ele entrar no sistema atrás de você, se algo mudar bruscamente seu quadro.