𝟶𝟶𝟷 ─ fim e recomeço

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PRIMEIRO ATO - PRIMEIRA PARTE:
THE CAMPING

꒰ 🥀 ꒱ capítulo um:
── fim e recomeço

꒰ঌ 🗡️ ໒꒱ hannah grimes:


JÁ FAZEM DOIS MESES que meu pai está internado e até agora não houve nenhuma melhora.

Eu já não tenho tantas forças para lidar com essa situação, por mais que eu tente ser forte, minha vida mudou muito e a falta que meu pai faz em casa tem um grande peso.

Os médicos nunca nos dão notícias boas, são sempre ruins ou "estamos fazendo o que podemos". Isso é péssimo e tão cansativo. Parece que a cada dia que passa eu estou mais perto da beira.

Uma semana atrás foi o meu aniversário de vinte anos e foi nesse momento que a saudade dele só apertou. Saudades de vê-lo entrando pela porta com um bolo de aniversário, saudades daquelas festas surpresas que ele e Shane preparavam para mim...

Dessa vez, eu passei meu aniversário no hospital, ao lado dele.

Algumas vezes me pego perguntando o porquê de eu estar passando por essa situação. Seria castigo de um ser divino como Deus? Carma? Ou dívidas de vidas passadas?... Eu queria entender por quê essa merda acontece justamente comigo.

Hoje parecia uma quinta-feira de feriado comum. Eram por volta das cinco e meia da tarde e se não fosse o fato de meu pai estar em coma, ele estaria chegando agora.

Eu estava distraída jogando vídeo-game com Carl no nosso PS3. Poucas vezes me distraia do jogo e olhava em direção à porta, no aguardo de meu pai abri-la e reclamar o quão seu serviço havia sido cansativo.

── Mata logo esse zumbi, Carl! ── Apressei o mais novo. ── Se você não matar ele não tem como eu concluir a missão pra gente passar de nível.

── Calma. Acha que é fácil matar esse bicho com pouca munição e vida baixa? Ele não morre! ── Retrucou, se esforçando ao máximo para matar o zumbi do jogo.

── Acerta os pontos vitais dele. Você tá atirando no estômago! ── Falei como se fosse óbvio. ── E vê se não fica perto quando as bolhas estiverem próximas de estourar. Ele solta ácido.

── Merda! ── Carl exclamou assim que morreu mais uma vez.

Já era a nossa sexta ou sétima vez tentando passar daquela fase. Eu até já perdi as contas. Estávamos o dia todo grudados naquele jogo.

── Olha a boca! ── Lori nos reeprendeu enquanto arrumava a mesa. ── Por que vocês não largam esse jogo bobo por cinco minutos e venham jantar?

Dei um suspiro, deixando o controle na mesa de centro. ── Da próxima vez eu quem tento matar.

── Eu duvido que você vai conseguir. É impossível passar dessa fase. ── O mais novo me desafiou, me tirando uma risada baixa.

── É impossível ou é só você que tem a mira ruim mesmo? ── Ironizei, vendo Carl me mostrando a língua, então retribuí o gesto.

Lori se sentou rente à mesa e deu um suspiro longo. ── Vocês dois estão impossíveis hoje.

Quando terminamos o jantar, minha madrasta nos fez ajudá-la a lavar os talheres e pratos. Carl tinha voltado para o sofá, para ler suas HQs, enquanto isso eu ainda ajudava a mais velha a secar e organizar as coisas que tínhamos utilizado.

Quando guardei o último prato, alguém bateu forte na porta e quando ela foi aberta abruptamente, pudemos ver Shane com um semblante aflito e desesperado, segurando uma escopeta, nos fazendo ficar confusos.

𝐋𝐎𝐕𝐄'𝐒 𝐖𝐀𝐑, daryl dixonOnde histórias criam vida. Descubra agora