𝟶𝟶𝟾 ─ o último dia da minha vida

177 26 30
                                    

PRIMEIRO ATO - SEGUNDA PARTE:
GREENE FARM

꒰ 🥀 ꒱ capítulo oito:
── o último dia da minha vida

꒰ঌ 🗡️ ໒꒱ hannah grimes:


QUANDO PARAMOS EM UM posto abandonado para abastecer nossos veículos, Daryl resolveu que iria em sua moto. O local tinha pouca gasolina, não daria para mais um carro, apenas para o trailer, o carro do meu pai e o jipe de Shane.

Como a moto de Daryl já estava abastecida, ele resolveu ir com ela, o que me fez ir para o motorhome de Dale. Eu estava cansada, meu corpo estava todo molenga e eu só queria ficar deitada ou jogada em algum local, então não acho que seria uma má ideia.

Sentada desleixadamente no sofá do motorhome, só notei que Glenn se sentou ao meu lado quando um dos lados do meu fone foram retirados.

── O que a xerife tá escutando? ── Indagou o coreano em um tom descontraído, levando um lado do fone até seu ouvido. ── Você gosta de Paramore?!

Fechei meu livro, deixando-o numa mesa ao lado do sofá. Eu me ajeitei e vi Glenn com um lado do meu fone no seu ouvido. ── Claro que sim.

── Eu não esperava por isso. ── Respondeu Glenn, ainda surpreso.

── Sou uma caixinha de surpresas. ── Me gabei, desligando o aparelho e enrolando o fone nele.

Deixei meu MP3 no bolso da minha mochila e deitei a cabeça no sofá, fechando meus olhos e sentindo o sono me invadir. De repente, senti Glenn arrastando meu cabelo para longe do meu pescoço e exclamando surpresa mais uma vez.

Droga. Ele descobriu e provavelmente faria mil e uma perguntas. Esse fofoqueiro curioso.

── Vai me contar o que é esse roxo aí? ── Deu um sorriso malicioso, me fazendo revirar os olhos com um sorriso pequeno. ── Vai, Nana. Eu sou seu melhor amigo.

── Não é nada demais… ── Tentei dar fim ao assunto, mesmo sabendo que não seria assim tão simples.

── Mentira. Você ficou com alguém no CCD. Eu até já imagino quem é. ── Glenn insistiu.

Abri meus olhos, olhando para os lados para ter certeza que ninguém estava próximo o suficiente para ouvir. Por sorte, Carol estava num quarto que tinha no fundo com Sophia e Andrea no banheiro.

── Com o Daryl. ── Murmurei.

── Quê?! ── Glenn exclamou um pouco alto, chamando atenção. ── Foi mostrar seu sutiã da hello kitty em particular pra ele? ── O garoto ironizou, falando dessa vez em um tom mais baixo.

Dei uma risada anasalada. ── Nem rolou nada. Foram só uns beijos. Tem que prometer que não vai contar pra ninguém.

── Eu prometo. Vou me esforçar pra não abrir a minha boca de sacola pra ninguém.

── Tô falando sério, se meu pai descobrir ele faz o Daryl virar jantar de zumbi.

── Ai, Jesus. Essa não. ── Ouvimos Dale resmungar, dando fim à nossa conversa anterior.

Eu e o coreano nos levantamos e fomos até a frente onde estavam os outros. Quando olhei para a estrada me deparei com um enorme engarrafamento de carros abandonados que bloqueavam a passagem do trailer e dos outros carros que vinham atrás. Só a moto de Daryl passaria por ali e mesmo assim ainda teria dificuldades. Os veículos estavam juntos e não tinha tanto espaço assim.

── Porcaria. ── Resmunguei baixo, sem tirar meu olhar da estrada.

Notei que Glenn pegou um mapa que estava no banco da frente e começou a analisar, procurando qualquer rota alternativa. Me virei para ele e comecei a olhar juntamente, mas logo o som da moto do Dixon chamou minha atenção. Olhei para fora e por dois ou três segundos, eu prestei atenção naqueles braços musculosos dele. Eram perfeitos.

𝐋𝐎𝐕𝐄'𝐒 𝐖𝐀𝐑, daryl dixonOnde histórias criam vida. Descubra agora