𝟶𝟷𝟷 ─ renascimento

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꒰ 🥀 ꒱ capítulo onze:
── renascimento

“Às vezes, a dor de viver supera o medo da morte”

꒰ঌ 🗡️ ໒꒱ hannah grimes:

EU NÃO ME LEMBRO de muitas coisas, tudo o que eu tinha noção era de que havia tomado um tiro e que eu quase morri. Foi tudo o que meu pai e Lori me explicaram.

Enquanto eu estava desmaiada, não me lembro de sentir dor alguma, mas sim de ter sonhos lúcidos, muito lúcidos. Uma voz falava comigo, dizia que minha hora havia chegado, e eu, por instinto, corria sem parar e fazia de tudo para me esconder dessa “pessoa”. Não tenho a certeza de que essa voz que eu ouvia era realmente de uma pessoa. Não parecia. Eu sentia que era alguma outra coisa.

Eu me recordo de ter acordado algumas vezes, mas do nada eu perdia a minha consciência e voltava para esse mesmo pesadelo. Correr sem parar e me esconder de algo que queria me pegar.

Corri incessantemente até achar uma “saída”. Era uma porta diferente, com uma luz forte e branca saindo dela. Quando passei, acordei nesse quarto, da casa de um senhor desconhecido. Era de manhã e a luz do sol invadia o cômodo onde eu estava.

Era tudo tão estranho. Eu sentia dor, muita dor e ardência. Carl também estava no quarto, sentado em uma poltrona bem ao lado da minha cama.

── Nana? ── Ouvi a voz feliz de Carl assim que eu despertei. ── Que bom que acordou! ── Ele sorriu.

── Carl… ── Murmurei, ficando feliz por ver meu irmão ali.

Senti uma pontada de dor vinda da minha barriga. Annette estava ao meu lado, limpando minha ferida, me fazendo sentir uma ardência com o álcool que ela utilizava.

── Calma. Calma. ── Disse a loira, jogando o algodão sujo fora e fazendo um novo curativo. ── Como se sente?

── Com dor. ── Fui direta. ── Muita dor.

── Vou te dar um soro para dor, certo? ── Annette disse, pegando o soro em uma gaveta.

Eu concordei. A mulher abriu o acesso da agulha que já estava no meu braço e colocou um novo soro para eu tomar. Quando ela saiu, vi meu pai entrando com uma bandeja de comida e um olhar aliviado por me ver acordada. Ele deixou os alimentos na cômoda ao lado da cama e se agachou para ficar na altura da cama.

Observei todo seu rosto, ele parecia muito cansado, seu braço direito estava roxo e com perfurações, foi aí que me toquei que ele doou seu sangue para mim.

── Filha… você tá bem? ── Indagou meu pai, pegando na minha mão e apertando.

Eu entrelacei nossos dedos e senti o leve aperto dele. ── Tô melhorando. Annette acabou de trocar o soro. ── Tranquilizei ele, o vendo beijar o topo da minha mão.

── Você tá com fome? ── Assenti. ── Lori e Carol prepararam o café da manhã pra você. Fizeram uma salada de frutas e eu preparei esse suco de laranja. ── Olhei para a bandeja, sentindo meu estômago roncar.

── Obrigada, papai. ── Falei, dando um mínimo sorriso.

Rick retribuiu o sorriso para mim e me ajudou a me ajeitar sobre a cama. Eu comecei a comer aquela salada de frutas que estava maravilhosa e depois disso tomei todo o suco de laranja que ele havia feito. Quando meu pai foi levar as coisas de volta para a cozinha, vi Carl se aproximando da cama e se sentando na beira dela.

── Você não pode mais dar um susto assim em mim. ── O menino disse, me tirando um sorriso.

Eu peguei na mãozinha dele. ── Eu prometo que não vou.

𝐋𝐎𝐕𝐄'𝐒 𝐖𝐀𝐑, daryl dixonOnde histórias criam vida. Descubra agora