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Ariana

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Ariana

A terça-feira amanheceu como um reflexo do meu estado mental: nublado e carregado. O dia na escola foi um misto de frustração e agitação, exacerbado pelas notícias de que Hector Fort estava mais ativo do que nunca, aparentemente com uma nova atitude. Mas eu não estava disposta a ser enganada. O seu histórico de arrogância e mediocridade no futebol falava por si só.

No intervalo da manhã, eu e luana conversávamos sobre a nova estratégia para o torneio de vôlei. O time estava se formando bem, e a empolgação dela ajudava a dissipar um pouco da tensão que eu carregava. Entretanto, meu cérebro estava em constante alerta, sempre voltando para Hector e suas recentes tentativas de “mudança”.

— Ari, você viu que o Hector está tentando se desculpar com todo mundo agora? — luana perguntou enquanto mexia em seus anotações para o torneio.

— Sim, eu vi. Parece mais uma tentativa desesperada para limpar a imagem dele — respondi, forçando um tom neutro. — Não estou caindo nessa.

— Eu entendo, mas talvez ele esteja mesmo tentando mudar. Não custa nada ficar de olho, só para ver no que vai dar — ela sugeriu, tentando ser racional.

— Ou talvez ele esteja apenas tentando nos manipular — retruquei, sem disfarçar minha frustração. — Eu não estou disposta a dar a ele o benefício da dúvida. Já o conheço o suficiente para saber que ele não vai mudar de um dia para o outro.

O sinal para a próxima aula soou, e eu tentei deixar o assunto de lado. O dia avançou lentamente, e eu me concentrei nas minhas responsabilidades escolares e na organização do time de vôlei. Por mais que tentasse, não conseguia parar de pensar nas tentativas de Hector em mudar sua imagem. Era uma distração indesejada, e eu precisava focar.

Depois das aulas, eu e luana nos dirigimos para o treinamento. A quadra estava quente e cheia de energia, e eu tentei canalizar toda a minha frustração em cada movimento. A competição não era apenas uma maneira de provar que éramos melhores no vôlei, mas também uma forma de manter minha mente longe de Hector e suas manipulações.

O treino foi intenso, e, por um breve momento, a sensação de bater na bola e coordenar os movimentos com o time me deu um alívio. Enquanto estávamos em pausa, luana se aproximou, ainda com uma expressão preocupada.

— Ari, você está bem? Parece que não está 100% hoje.

— Estou bem, só um pouco cansada e frustrada com tudo isso — respondi, enxugando o suor do rosto. — Não vou deixar que ele interfira no que estamos construindo.

— Eu sei que você está focada no torneio, e isso é ótimo — ela disse, com um sorriso encorajador. — Só não deixe que a raiva te consuma. Às vezes, o melhor caminho é o mais direto.

— Vou tentar lembrar disso — concordei, embora a sensação de raiva ainda estivesse presente.

O restante do treino passou rapidamente. Quando finalmente saímos da quadra, a noite estava começando a se instalar. Eu estava exausta, mas uma parte de mim ainda estava inquieta, pensando em como lidar com Hector e suas ações.

Water-Hector fortOnde histórias criam vida. Descubra agora