CAROL POVA manhã do segundo dia no retiro começou com uma sensação de expectativa. Após o confronto da noite anterior, eu estava ansiosa para o que o dia nos reservava. O café da manhã foi servido em um local mais próximo ao centro de treinamento, e eu me preparei para o dia com uma mistura de nervosismo e esperança.
O sol estava brilhando, e o ar fresco da manhã trouxe um senso de renovação. A trilha do dia anterior já parecia um pouco mais familiar, mas ainda havia uma estranheza em estar longe do ritmo habitual de treinos e interações com o time.
Era estranho acordar sem uma mensagem de Marcela...
Eu e Anne nos encontrávamos em chalés separados, e essa separação parecia aumentar a tensão entre nós. As palavras não ditas e os ressentimentos ainda pairavam no ar. No entanto, Bernardo havia decidido que o retiro precisava seguir adiante, e as atividades do dia tinham como objetivo promover a colaboração e o entendimento mútuo.
Ao chegar na área comum, vi que Anne já estava lá, sentada em uma mesa, com um prato de frutas à sua frente. Eu me aproximei hesitante.
— Bom dia, Anne — disse, tentando soar amigável.
Anne levantou os olhos, e o olhar dela foi frio, mas não hostil.
— Bom dia — respondeu ela, sem muita emoção.
O silêncio entre nós era palpável. Eu sabia que precisava dar o primeiro passo para resolver as coisas, mas não sabia exatamente como fazer isso. Bernardo apareceu pouco depois, trazendo com ele um ar de determinação. Ele nos reuniu para discutir o plano do dia.
— Hoje vamos fazer uma atividade que eu espero que ajude vocês a entenderem melhor uma à outra. Será um desafio, mas é uma oportunidade para vocês realmente se conectarem e verem as coisas sob uma nova perspectiva.
Ele nos explicou que íamos participar de uma série de exercícios de cooperação e resolução de problemas. A ideia era que cada atividade exigisse que trabalhássemos juntas, forçando-nos a superar barreiras e encontrar soluções em equipe.
ANNE POV
Despertar naquela manhã foi uma experiência diferente. A sensação de estar longe de minha rotina e em um ambiente completamente novo fez com que eu refletisse sobre a situação com Carol. O confronto da noite anterior ainda estava fresco em minha mente. Eu sabia que precisava encontrar uma forma de lidar com isso, mas estava lutando para encontrar a melhor abordagem.
Quando fui para a área comum, tentei manter a mente aberta. O café da manhã foi uma oportunidade para preparar-me para o que estava por vir. A presença de Carol na mesma mesa me fez sentir uma pontada de desconforto, mas mantive minha compostura. Eu estava ali para resolver os problemas, e isso significava enfrentar minhas próprias reservas.
Bernardo nos reuniu e explicou as atividades do dia. Eu estava relutante, mas sabia que precisava participar. O objetivo era claro: encontrar uma forma de trabalhar juntas e entender as dinâmicas que nos separavam.
CAROL POV
Após o café da manhã, Bernardo nos levou a um espaço ao ar livre para a primeira atividade do dia. Era um campo aberto cercado por árvores, com uma série de obstáculos montados para o exercício. Cada obstáculo representava um desafio que teríamos que enfrentar juntas.
A primeira tarefa foi uma corrida de obstáculos onde teríamos que atravessar um percurso, resolvendo problemas e enfrentando desafios físicos e mentais. O objetivo era claro: trabalhar em equipe para superar cada obstáculo. No início, Anne e eu começamos o percurso um pouco hesitantes, mas logo percebemos que precisávamos colaborar para avançar.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Court Lights | Buijrol
RomanceSinopse: Quando a promissora jogadora de vôlei Anne Buijs é transferida para o Sesc Rio, ela imediatamente desafia Carolana, a estrela da equipe, tanto em quadra quanto fora dela. A tensão entre as duas é palpável, e o que começa como uma rivalidad...