17. Quartas de Final

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ANNE POV

Enquanto eu estava no sofá, observando Carol tentando lutar contra o sono, percebi o quanto ela parecia cansada. Seu corpo relaxava a cada minuto, os olhos fechando-se lentamente. Um sorriso suave brincava em seus lábios, mesmo enquanto ela tentava se manter acordada. Quando olhei para o relógio, vi que já passava das 23h. Decidi que seria melhor para ela descansar um pouco antes de voltar para casa.

Levantei-me e fui até o meu quarto, onde peguei um moletom e um short confortável para ela. Quando voltei para a sala e os entreguei, ela hesitou por um momento.

— Anne, não precisa se preocupar com isso. Eu logo estou indo para casa! — Ela disse, enquanto mexia no celular.

— Ah, Carol! — Respondi, fazendo um biquinho enquanto brincava. — Por favorzinho, só um filminho para podermos aproveitar sua primeira de muitas visitas aqui em casa.

Ela riu, balançando a cabeça. — Meu Deus, você me destrói com essa carinha, Anne. Quem diria que eu estaria dizendo isso pra novata arrogante do time?

Eu sorri e assisti enquanto ela pegava o moletom e ia ao banheiro trocá-lo. Quando voltou, o moletom cinza ficava grande nela, e o short apertado que eu havia escolhido realçava suas curvas de uma forma que era difícil ignorar. Ela estava absolutamente linda, e me peguei admirando-a por mais tempo do que deveria.

Nos aconchegamos no sofá, com Carol deitada contra mim enquanto o filme passava na TV. Mas eu sabia que ela estava exausta, e, após alguns minutos, seus olhos começaram a fechar definitivamente. A cada vez que sua cabeça caía para o lado, eu a ajustava gentilmente, até que, por fim, ela adormeceu em meus braços.

Fiquei ali, por um momento, apenas observando-a dormir. Havia algo tão pacífico em vê-la assim, relaxada e despreocupada. Um contraste total com a Carol determinada e competitiva que eu via no ginásio. E nesse instante, percebi o quanto me importava com ela. Não era apenas uma atração superficial. Havia algo mais profundo, algo que eu começava a aceitar, mesmo que com certo receio.

Com cuidado, levantei-me do sofá, tentando não acordá-la, e a carreguei nos braços até o quarto de hóspedes. Ela murmurou algo enquanto a deitava na cama, mas não acordou. Ajustei os cobertores ao redor dela e fiquei ali, por um momento, observando-a dormir mais um pouco, antes de finalmente sair do quarto, fechando a porta com suavidade.

Na manhã seguinte, acordei cedo e fui direto para a cozinha preparar café. O aroma de café fresco começou a preencher a casa enquanto eu preparava também um pequeno café da manhã. Enquanto mexia na frigideira, ouvi passos leves vindo do corredor. Olhei por cima do ombro e vi Carol parada na entrada da cozinha, com os cabelos bagunçados e um olhar confuso no rosto.

— Bom dia, dorminhoca. — Brinquei, enquanto ela entrava na cozinha, ainda parecendo um pouco perdida.

— Bom dia... — Ela murmurou, esfregando os olhos. — Eu... não lembro de ter ido para o quarto. Você que me levou até lá?

— Sim. — Respondi com um sorriso, voltando minha atenção para o café. — Você estava tão cansada que acabou dormindo durante o filme. Achei que seria melhor você descansar em uma cama de verdade.

Carol sorriu de lado e, para minha surpresa, veio por trás de mim e me abraçou pela cintura, apoiando o rosto em minhas costas. O gesto foi tão carinhoso e inesperado que meu coração acelerou.

— Obrigada por cuidar de mim... — Ela disse suavemente, e eu pude sentir o calor de sua respiração através da minha camisa.

Eu sorri, sentindo uma onda de felicidade me invadir. — Sempre, Carolzinha. Sempre.

Court Lights | BuijrolOnde histórias criam vida. Descubra agora