Cheryl Blossom pov.
– E aí ela me deu um beijo na bochecha!! Betty, a Toni me deu um beijo na bochecha! – É claro que estou eufórica. Toni Topaz me deu um beijo na bochecha. Isso é motivo o suficiente para me fazer surtar.
– Isso foi tão fofo. – Betty diz com aquela típica cara de quem vai dizer, "Que orgulho, meu bebê está crescendo". – Estou te criando para o mundo.
– Sim, isso foi fofo. – Veronica assente. – Mas seria mais fofo ainda, se você tivesse tacado logo um beijão na boca dela!
– Ai, Ronnie. Que indelicadeza. – Conserto os meus óculos, evitando o contato visual. Isso me deixou constrangida.
– Ué, eu só falei a verdade.
– Devo concordar. – Betty olha para a latina e revira os olhos. Ela ama a Veronica, mas odeia ter que concordar com ela.
Como eu já disse, essa é a linguagem do amor delas.
– Miga, são anos e anos tentando conquistar essa garota, agora tem que ir.
E Veronica sabe que não gostamos quando ela nos chama de "Miga", acho que ela faz para irritar a Betty.
– O que importa é que ela vem aqui de novo.
– Como é que é? Você está atacante, hein garota! – Ela se aproxima de mim e aperta as minhas bochechas, me fazendo corar de imediato.
– Quem sabe dessa vez, a minha prima não tome atitude.
[...]
Ouço alguém tocar a campainha. Solto o meu livro na cama e desço as escadas correndo. Será que é a Toni?
Paro na porta, respiro fundo e conserto a minha roupa. Será que estou bonita?
Mas se eu pensar muito, desisto de tudo.
Então é melhor encarar logo.
Abro a porta e dou de cara com Toni Topaz. O seu sorriso. Seu olhar. Seu cheiro que aonde quer que ela passe, ele o invade. Seu jeito delicado de segurar a sua bolsa. Tudo nela é tão perfeito que não parece real.
– Oi, Cher. – Um sorriso carismático toma conta dos seus lábios. – Confesso que fiquei curiosa para ver o que você quer me mostrar.
– Vem. – Me dou liberdade de pegar na sua mão. Ela não hesita e eu não sinto tanta timidez, embora o contato seja grande.
Puxo ela com cuidado e tranquilidade para o meu quarto.
Toni Topaz pov.
Cheryl fecha a porta e eu me sento na sua cama, esperando que ela me mostre.
Ela se aproxima da sua escrivaninha e se abaixa para alcançar a última gaveta.
Blossom pega uma pasta aparentemente de fotos e se aproxima de mim. Ela se senta ao meu lado e abre a pasta.
– O que tem aí? Fotos? – Pergunto, sorrindo para ela.
– Na verdade, eu guardo os meus desenhos aqui.
– O quê? Você desenha?
– Não profissionalmente, é só um passatempo. – Ela responde com outro sorriso, separando os desenhos nas próprias mãos.
– Estou ansiosa para vê-los.
– Espero que não me ache inconveniente ou esquisita por desenhar você, mas você é tão bonita que eu não pude deixar de fazer um desenho seu.
Olho para ela, admirada com o que acabo de ouvir. Mas ela percebe o meu olhar e de sorridente, ela muda para tensa.
– Desculpe... Não quis dizer desse modo. Não que você não seja bonita, Toni. Aliás... Você é linda. A garota mais linda que eu já vi... Mas não que... Não nesse sentido, mas não que não tenha esse sentido também... É só que... Eu...
– Cher, relaxa. – Seguro a sua mão direita, já que a outra está ocupada segurando os desenhos. Cheryl olha para as nossas mãos juntas e depois olha para mim, parece que agora ela sente um pouco de tudo. – Você também é muito linda. E eu estou louca para ver os seus desenhos!
– Você me acha linda?
– Claro! Você é toda linda. – Respondo sincera. Só não preciso deixá-la saber agora que ela também é a garota mais linda que eu já vi.
Ela abre um sorriso extremamente fofo. E então, eu percebo que isso não passa de medo e insegurança com si própria.
– Agora eu posso ver? – Solto a sua mão.
– Pode, claro.
Com um pé atrás, Cheryl me entrega um dos seus desenhos. E eu me vejo encantada.
– Cheryl! Isso é lindo... Sou eu?
– Sim. Você gostou?
– Cher, eu amei muito! – Falo, admirada com cada detalhe do desenho. Os traços tão finos e delicados.
– Pode ficar com esse para você, se quiser.
– Sério mesmo?
– Claro, eu tenho outros aqui.
– Obrigada, Cher. – Digo, sem desfazer o sorriso que havia nos meus lábios. – Ninguém nunca tinha feito isso para mim.
– Eu só... Só acho que deveria ter sido eu.
Nós duas ficamos em silêncio outra vez, mas não é mais um silêncio desagradável.
Estamos confortáveis uma com a outra. Pelo menos, eu estou.
Coloco o desenho em cima da cama, me aproximo mais dela e seguro as suas duas mãos, que agora, estão vazias também.
Elas estão frias, sinto o seu coração acelerado e vejo a sua reação com o meu contato. Ela está nervosa, não é novidade.
– Cher... Eu posso beijar você?
Pergunto entre sussurros, vejo um sorriso meio desconcertado tornar os seus lábios.
– Você tem certeza que quer isso?
Ela responde com outra pergunta no mesmo tom.
– Você não quer?
– É tudo o que eu sempre quis.
Vejo Cheryl se atrapalhar com as suas próprias mãos e respiração. Acabo rindo baixinho disso, levo a minha mão direita até a sua nuca, puxando ela sem pressa para perto de mim. E então, junto os nossos lábios.
Ela parece não se acostumar logo de cara, mas depois que eu peço permissão com a língua, ela cede. Sua mão direita vem até a minha nuca e a sua mão esquerda para na minha cintura.
Faço um carinho com a minha mão entre os seus cabelos. Ela abre um sorriso durante um beijo, me fazendo sorrir também.
Talvez, eu realmente esperei muito por isso.
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It should be me - Choni.
FanfictionCheryl Blossom, a aluna mais focada de Riverdale High. Ela leva uma vida tranquilamente discreta, não há nada que a preocupe. Só uma única coisa que lhe tira o sono todas as noites. Antoinette Topaz. A garota que faz o seu coração bater mais forte d...