capítulo 19.

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Toni Topaz pov.

Ontem foi indescritivelmente incrível.

No cinema foi um pouco desconfortável, mas no Pop's foi como apenas um encontro entre quatro amigas.

E Cheryl e eu estamos bem mais próximas agora.

Pelo menos, é o que eu sinto depois da noite de ontem.

Por isso, eu resolvi chamá-la para a minha casa hoje.

E para a minha surpresa, ela aceitou sem hesitações ou vestígios de nervosismo.

Falando nisso, só pode ser ela que está a tocar a campainha agora.

Pego o meu celular e abro na câmera. Me certifico que estou bonita o suficiente e desligo o celular.

Então, caminho até a porta.

– Fangs? O que você quer aqui? Vá embora, estou esperando uma pessoa. E mesmo se não estivesse, não quero trocar uma palavra sequer com você!

– Certeza? Então... Vou ter que bater um papinho com a minha ex sogra. Ela está se recuperando bem?

A minha expressão muda de imediato.

Sei que ele é capaz de tudo. Conheço bem.

Respiro fundo, olho para os lados, como se procurasse alguém.

Hesitante, dou espaço para que ele entre.

– Fala logo o que você quer.

– Que volte comigo.

– Como é que é?

– É isso que você ouviu. Eu quero que você volte a namorar comigo!

– Primeiramente, você terminou comigo por celular. – Começo, cruzando os braços e olhando com um olhar enfurecido. – Eu já queria terminar com você há muito tempo, mas isso foi ridículo. Outra coisa, eu não quero mais nada com você.

– É o seguinte, o meu pai não quer me colocar no negócio da família. Ele diz que eu sou irresponsável e não mostro competência o suficiente. Fala que não faço nada direito e quer que eu mostre merecimento. Ou seja, o primeiro passo para mostrar responsabilidade, é ter uma namorada.

– Ah, vai se ferrar, garoto! Procura uma outra, eu não quero e não vou voltar com você. Está perdendo o seu tempo. Agora pode ir embora?

– Toni, ou você volta a namorar comigo...

– Ou o quê, Fogarty? O que você vai fazer? – Antes mesmo que ele pense em terminar o que ia dizer, eu o interrompo. Só pode estar de brincadeira.

– Ou eu conto para os seus pais toda a verdade.

– Você não faria isso. Você sabe muito bem os meus motivos e sabe como os meus pais reagiram com isso.

– Se você não voltar comigo, eu conto.

Suspiro pesado e tiro o olhar dele.

Rapidamente, penso em Cheryl.

Penso nos nossos momentos, nos seus desenhos para mim, na forma em que ela sempre demonstrou afeto por mim, mesmo com toda a sua timidez.

Falando em timidez, lembro de como ela conserta os seus óculos quando fica constrangida com algo.

Como ela fica nervosa quando fala comigo.

E ao lembrar dela, não consigo evitar as lágrimas.

Merda, como vou contar isso para a Cheryl?

Principalmente agora que... Talvez eu estivesse criando sentimentos por ela.

Como eu vou fazer para não magoá-la?

It should be me - Choni. Onde histórias criam vida. Descubra agora