XVIII - Tensões Silenciosas

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POV LISA

O céu de um azul escuro e estrelado foi o que eu me deparei quando sai do apartamento de Jennie.

A lembrança dos lábios de Jennie ainda estava fresca em minha mente, e o toque suave de seus dedos parecia permanecer em minha pele. Os momentos íntimos que compartilhamos na noite anterior foram intensos, mas agora, ao amanhecer, uma onda de realidade começou a pesar sobre seus ombros. Meus pensamentos eram um turbilhão de sentimentos conflitantes, e eu sabia que precisava organizar minhas emoções.

O caminho até o escritório foi silencioso, apenas o som ritmado e baixo do som do meu carro quebrava o silêncio da manhã. Assim que cheguei ao escritório, me joguei em minha cadeira de couro preta, observando a pilha de documentos e pastas que se acumulavam na mesa. Eu sabia que precisava mergulhar profundamente no caso que estava trabalhando; o cliente estava sob imensa pressão, e as evidências contra ele eram substanciais.

O caso envolvia um cliente poderoso, um empresário de renome, acusado de fraude financeira e lavagem de dinheiro. As provas pareciam irrefutáveis: transações obscuras, contas em paraísos fiscais e documentos que sugeriam uma extensa rede de atividades ilegais. No entanto, algo em toda a narrativa não parecia se encaixar. Como advogada, meu trabalho era desconstruir essas evidências, encontrar as brechas e montar uma defesa sólida que pudesse salvar meu cliente.

Abri meu computador e comecei a analisar os documentos mais uma vez. Cada transação, cada e-mail e cada relatório precisavam ser estudados com precisão cirúrgica. Enquanto eu lia e relia as informações, um nome começou a chamar a minha atenção: Mark Choi. Ele aparecia com frequência em várias transações que, à primeira vista, pareciam triviais, mas que, ao serem vistas em conjunto, formavam um padrão.

Mark Choi, empresário de sucesso, dono de uma corporação de investimentos. No papel, ele parecia ser apenas mais um em uma longa lista de associados dos meus cliente, mas sua presença repetitiva nos documentos sugeria que ele tinha um papel mais importante do que aparentava. Franzi a testa enquanto investigava mais a fundo. Havia algo nas suas transações que não fazia sentido, algo que indicava que ele estava envolvido mais profundamente no caso do que se supunha.

Intrigada, mergulhei em uma pesquisa mais profunda sobre Mark Choi. O que encontrei me deixou ainda mais desconfiada: apesar de sua reputação impecável como empresário, havia algo oculto em seus negócios. Certas transações pareciam cuidadosamente mascaradas, como se tivessem sido planejadas para evitar escrutínio. Senti o instinto de que estava em algo grande, mas ainda precisava de mais informações.

O tempo passou rapidamente enquanto trabalhava sem parar, mergulhada em minha investigação. Eu estava tão focada que não percebi o quão tarde havia ficado até que o céu fora de meu escritório começou a escurecer novamente. Foi só então que meu telefone vibrou, me tirando de minha concentração. Peguei o aparelho e vi uma mensagem de Jungkook, sugerindo que nos encontrássemos para descontrair um pouco após o que ele imaginava ser um longo dia de trabalho.

Jungkook tinha esse talento especial de aparecer quando mais precisava de uma pausa, e logo sorri ao ler a mensagem. Mesmo com a cabeça cheia de preocupações, sabia que uma pausa poderia fazer maravilhas. Respondi rapidamente, aceitando o convite, e comecei a guardar meus papéis. Ainda que relutante em deixar o trabalho, sabia que precisava de um pouco de descanso.

O bar que Jungkook escolheu era um refúgio acolhedor em meio à agitação da cidade. Um lugar que nós frequentávamos desde os tempos de faculdade, com suas paredes de tijolos à vista, iluminação suave e música ambiente.

Quando entrei, avistei Jungkook já sentado em uma mesa no canto, com duas bebidas à espera. Ele me recebeu com um sorriso largo, que imediatamente me fez se sentir mais à vontade.

Entre Sombras e Luz  (JENLISA)Onde histórias criam vida. Descubra agora