Capítulo Quatro
Coisas que fazem você pensar “Mas que porra?”
A Disney World é maior do que dezessete países.
Yibo
Terapia de conversão
Algo que nunca tinha ouvido falar, até que eu ouvi meus pais brigando sobre isso. De novo.
Meu pai sabia que seu “amor duro” e exigências para que eu fosse hetero, não estavam funcionando. Não lhe dei nenhuma razão para pensar que não estavam. Exceto pelo fato de não namorar ou ser pego com garotas correndo do meu quarto, a todas as horas da noite.
Pensei em fazê-lo. Pensei em jogar seu jogo.
Foda-se isso.
Foda-se ele.
Não queria fingir. Nem queria ter assumido e acenado em seu rosto que eu preferia homens.
Se alguma coisa aconteceu, foi que apenas me tornei mais retraído.
Fiquei fora até tarde, o evitei quando sabia que ele estava em casa e quando ele chegava quando não estávamos esperando, me escondia em casa ou enterrava o meu nariz em “dever de casa” e fingia que não sabia que ele estava lá.
Escapuli algumas vezes, também. Voltei para aquele lugar da festa. As caras estavam se tornando mais familiares lá. As pessoas me cumprimentavam enquanto caminhava pela neblina.
Fiquei com o mesmo cara mais algumas vezes. Nunca trocamos nomes.
Não importava. Eu ia pelos boquetes e pelos amassos. Tinha a sensação de que era o mesmo para ele. Talvez ele não pudesse ser ele mesmo quando ele não estava lá também. Talvez essas noites fossem tudo o que ele tinha, assim como eu.
Os documentos de admissão para Syracuse foram preenchidos e estavam prontos para enviar. Tudo o que precisavam era de uma assinatura do meu pai e um cheque para a taxa de matrícula. Eu estava ansioso para sair daquele inferno, para não sentir que era indesejado em minha própria casa.
Ele ainda não os tinha assinado. Eu não tinha certeza do que ele estava esperando.
Parecia que tudo dependia de alguma coisa, algum teste que não tinha conhecimento.
Talvez ele também não soubesse o que era. Talvez seja por isso que as palavras “terapia de conversão” flutuavam ao longo do corredor à noite, quando todo mundo deveria estar na cama.
A hora de dormir, agora, consistia em nós indo para os nossos quartos, meus pais brigando e eu sentado no centro do meu quarto, ouvindo.
Era estranho, porque a mamãe nunca queria irritá-lo. Ela tendia a apenas ir junto com o que ele queria. Eu odiava dizer isso, mas agora que estava vendo as coisas mais claramente e tinha muito tempo para pensar e refletir.
Minha mãe era um capacho.
Meu pai a pisava constantemente.
Tinha que me perguntar, se ela sabia sobre todos os seus assuntos e apenas se fazia de cega.
Não queria pensar que ela fazia isso. Esperava que ela soubesse que valia mais do que isso. Mas só porque eu não queria pensar que isso acontecia, não significava que era verdade.
Aprendi essa lição da maneira mais difícil.
Capacho ou não, parecia que a única coisa que minha mãe se recusou a desistir, foi de mim. Ela odiava a maneira como ele me tratava, algo que lhe dizia quase todas as noites. Eles brigavam por causa do nome que ela me chamava, pela cor da minha roupa, meu carro, meu namoro... Eles brigavam, por tudo.
E então surgiu o assunto da terapia de conversão.
Eu não sabia o que era. Procurei no Google.
Desejei não ter feito isso.
Era basicamente abuso, disfarçado de ‘terapia’, para fazer alguém não ser homossexual (ou qualquer coisa que não fosse hetero). A taxa de suicídio relacionada com quem era submetido ao ‘tratamento’ era fora da escala. As práticas envolvidas me deixaram doente. E os exemplos?
Choques elétricos.
Estalar uma tira de borracha no pulso, cada vez que uma pessoa ficava dura com imagens homoeróticas.
Institucionalização.
Vergonha.
Reabilitação orgástica. (Eu estava com medo de olhar para o que merda isso era).
Namoro hetero forçado.
Hipnose.
A lista continuava e continuava. As histórias de horror na web eram chocantes. O fato de que os pais faziam esse tipo de coisas para uma criança que eles alegavam amar, era algo que acho que jamais entenderia.
Isso não era amor. Era?
Foi papai quem trouxe esse assunto. Mamãe teve um ataque. Eles brigaram sobre isso por tanto tempo, que eu adormeci no centro da minha cama. O tema retumbante sobre a terapia de conversão (de acordo com a internet, que naturalmente é lei), era que não funcionava. Então, basicamente, você tortura alguém que já está confuso e a única coisa que você consegue é quebrá-los.
Talvez esperar até ir para Syracuse fosse uma má ideia. Talvez fosse melhor eu sair agora.
Meus pais estavam brigando, a tensão era alta e a maneira que ele olhava para mim...
Seria melhor se eu partisse.
Talvez eu pudesse me encontrar com Haiukan. Talvez ele pudesse entender. Era basicamente a minha última esperança.
Meu décimo oitavo aniversário chegou. Aos olhos da lei, eu era um adulto.
Aos olhos da lei, poderia finalmente sair desta casa e não ser considerado um fugitivo.
Eu já estava planejando minha fuga, planejando ligar para Haiukan assim que pudesse escorregar para o meu quarto, no segundo em que cheguei em casa. Já estava escuro. Tinha ido para a escola como qualquer outro dia comum, fui para o treino e então alguns de nós saímos para uma pizza e mulheres, para comemorar o meu aniversário.
Eu só comi a pizza. Deixei as mulheres para todos os meus amigos.
Eles estavam planejando uma grande festa neste fim de semana.
Cerveja, mais cerveja e provavelmente, alguma maconha. Um dos pais dos caras estava saindo da cidade e meu aniversário era a desculpa perfeita para dar uma festa. Claro que eu disse que estaria lá; era para mim.
Mas não faria isso. Teria ido embora por essa altura. Não tinha ideia para onde, apenas não seria aqui.
Não tinha nenhuma ideia de como seria minha vida amanhã, mas sabia que não seria a mesma coisa. Esperava que meu irmão soubesse o que fazer, porque com toda a honestidade, eu não sabia.
Aqui estava eu com dezoito anos, um homem, mas ainda uma criança. O choque que senti desde o primeiro dia que ousadamente disse a meu pai que era gay, não tinha desaparecido. Eu ainda estava surpreso, ainda um pouco entorpecido pelo modo como tudo tinha mudado.
Ele não era quem eu pensava. Era quase como se estivesse vivendo uma mentira nos últimos meses, mas a mentira não tinha sido sobre a minha sexualidade.
Tinha sido sobre tudo o mais.
Entrei na porta e parei tipo estátua. Ele era a última pessoa que esperava ver. A última que queria ver. Algo se esvaziou dentro de mim, como soda que, de repente, perdeu todo o seu gás. O entorpecimento que acabei de mencionar, o agarrei e o puxei ao meu redor como um cobertor grosso. Como uma armadura vestida antes de uma batalha.
Ele ainda não tinha dito uma palavra. Nem uma única sílaba. Mas sabia o que ele estava fazendo.
Esperando por mim.
“Wang Yibo!” Ele disse quase jovial. Não sabia como ele fazia isso. Como em um minuto ele parecia como o pai que eu sempre pensei que ele era e, no seguinte, era um completo estranho. Era como se duas pessoas vivessem dentro de uma pele.
Eu não tinha visto esse lado dele, desde aquele dia em seu escritório. O pai que eu pensava que era. Ele sorriu para mim, como se os últimos meses nunca tivessem acontecido, como se eu ainda fosse o filho que o fazia orgulhoso.
“O que você está fazendo aqui?” Perguntei, cauteloso.
“É o décimo oitavo aniversário do meu filho. Onde mais eu estaria?”
“No trabalho.” Murmurei. Com a vadia da sua secretária.
“O trabalho pode esperar. Este é um grande dia! Tenho planos para nós.”
“Eu já tenho planos.” Balancei minha cabeça e passei por ele. Não havia nenhuma maneira no inferno, que eu ia comemorar a minha transformação em um adulto legal, com ele. Queria comemorar me afastando o máximo possível.
“Cancele-os.” Ele respondeu. Aquele tom paternal que eu não tinha ouvido há tanto tempo desapareceu, substituído por um com o qual estava muito familiarizado.
Mesmo que eu tinha ouvido este por menos tempo do que o anterior, entendi que este era o real Wang Ziteng. O homem que pensei que era todos esses anos? Era uma mentira. Uma fabricação. Um desejo.
Acho que isso doeu mais do que qualquer coisa que ele tinha dito ou feito.
Ansiava por aquele homem que não existia. Eu sentia saudades da mentira que vivi tão confortavelmente. Acho que poderia entender por que minha mãe sempre fez o que ele queria, como ela simplesmente manteve a paz.
Ela também vivia uma mentira.
Às vezes, as mentiras eram mais fáceis do que a verdade.
Por que eu abri minha boca naquele dia? Por que eu não poderia simplesmente não ter dito nada?
Uma pergunta que me fiz um milhão de vezes. Acho que nunca saberia a resposta.
Meus pés chegaram ao fundo da escada antes dele falar novamente. “Eu tenho o seu presente de aniversário.”
Parei, olhando por cima do meu ombro. “Não quero nada.”
“Eu acho que você quer isso.” Ele levantou um pacote familiar de papéis fechados em um envelope, com o endereço já escrito na frente.
A admissão em Syracuse. A minha fuga. A minha saída.
Mas não era mais. Era? Planejei jogar tudo fora esta noite, quando saísse pela porta.
“Assinei os papéis e transferi o dinheiro e passei um cheque para a matrícula integral do primeiro ano.” Disse ele, ainda segurando o envelope.
“Tudo o que falta é enviá-lo.”
Ele queria um agradecimento? Eu não ia lhe dar um.
“Vou deixá-lo no correio amanhã.” Menti.
Era uma mentira dolorosa. Futebol não era minha vida. Realmente, não queria ir para a faculdade e Syracuse era sua escolha, não minha. Mas ainda era algo para mim.
Uma saída. Um novo começo. Uma chance de ser algo diferente do que ele queria.
“Vou me assegurar que ele seja enviado.” Disse ele, pegando-o e deixando-o cair sobre uma mesa próxima. A peça central era um grande buquê de balões azuis e pretos, com dois balões em folha de alumínio cor de prata, no formato de um e oito. Eles eram da minha mãe.
Ela se levantou cedo esta manhã, me levou até a cozinha onde os balões, um latte de café que eu amava e um presente embrulhado, estavam na mesa.
Enquanto eu bebia o meu café, ela fez panquecas caseiras de mirtilo e conversamos como costumávamos.
“Fiz uma reserva para nós.” Ele disse, dando aos balões um olhar desagradável.
Provavelmente também os culpava por eu ser gay.
“Vá se trocar.” Ele disse, olhando para minhas calças de futebol, camiseta e jaqueta. “Coloque algo bonito.”
“E se eu não for?” Desafiei.
Ele olhou para o teto, enfiou as mãos no bolso de suas calças e esperou alguns batimentos cardíacos antes de falar cuidadosamente. “Seja esperto, Wang Yibo.” Ele advertiu. “Você é um homem agora. Eu vou tratá-lo como um, mas preciso saber se você está pronto para ser quem eu criei para você ser.”
Você não me criou. Mamãe o fez.
“Prove-me que você está pronto para ser um homem e tudo vai voltar a ser da maneira que era. Terá seu carro, sua carreira na faculdade, sua vida.”
Então era um teste.
Um exame final. Se eu passasse, poderia voltar para aquela mentira confortável que estava vivendo. Poderia continuar como se tudo isso tivesse sido um sonho ruim.
Eu não teria que sair. Não teria que dizer a Haiukan que era gay e correr o risco de perder meu irmão mais velho.
.......
Minha mãe poderia ter seu mundo de volta, não os ouviria brigar mais. Poderia ir para a faculdade, colocar alguma distância e então, talvez, as coisas poderiam começar a fazer sentido.
Meu pai não esperou que eu respondesse. Ele pegou as suas chaves. A maneira como o metal se agitava fazia um som distinto. “Vou tirar o carro. Encontre-me na frente. Não me deixe esperando.”
Com isso, ele se foi, saiu para a noite, não trancando a porta da frente por completo.
Subi e mudei. Coloquei um par de calças azul marinho, uma camisa branca com botões e adicionei uma gravata azul listrada.
Não tinha ideia de onde estávamos indo. Será que realmente isso importa?
Enquanto eu deslizava no assento de passageiro de couro, olhei para cima, as luzes do interior iluminando seu rosto. Ele não olhou para mim; ele não sorriu. Eu costumava pensar que talvez meu velho tivesse um rosto de cadela entediada. Você conhece aquele olhar, onde você sempre parece chateado, mesmo quando você não está?
Wan Ziteng não tinha um rosto de cadela entediada.
Ele era apenas um idiota.
E ao entrar neste carro, senti que estava vendendo minha alma para o diabo, sucumbindo à pressão de ser quem ele queria que eu fosse.
Um momento de pânico me golpeou forte no peito e minha respiração tremeu. Tentei tatear o puxador. Queria me ejetar desse carro, dessa situação.
Ele pressionou o acelerador e o carro acelerou para frente. Minhas costas bateram no banco com a força da aceleração. Ele sabia o que eu ia fazer.
Ele não estava prestes a permitir isso.
Eu estava em suas garras e parecia que era onde ia ficar.
O último lugar da Terra, que eu teria esperado era onde eu estava.
Trazido aqui pelo meu pai, a última pessoa nesta terra que deveria ter me trazido aqui.
Poderia apenas considerar este outro desses golpes inesperados que roubavam pedaços de mim. Pedaços de quem eu pensava que era, de quem sempre acreditara ser.
Como era irônico! Realmente, era muita...humildade, perceber que o desejo de ser aceito por quem eu era – para me tornar mais do homem que sentia ser por dentro – era realmente o que mais me afastava disso.
Isso faz sentido?
Na minha mente enrolada, fazia. Havia um custo para tudo, não havia?
Um custo para ser uma pessoa, para ser aceita. Talvez aceitação era algo que nenhum de nós tinha.
Talvez não tivesse sido nada além de um sonho juvenil, algo que minha inocência achava que eu merecia.
Talvez a aceitação fosse apenas uma percepção. Um rebanho global de pessoas que agiam da mesma forma, que retratavam algo que não deviam ser, de modo a serem como todo mundo. Quem decidiu o que era essa coisa?
Quem declarou o que fazia de cada um de nós “aceitável” ou não?
A coisa era que todos nós queremos ser aceitos. Eu não tinha percebido o quanto fingir era necessário para essa aceitação.
E então aqui estava eu, sentado no banco do passageiro do Jaguar do meu pai, olhando através do para-brisa, em um lugar que nunca imaginei que estaria.
Claramente, precisava expandir a minha percepção do potencial daqueles que me cercavam. Essa merda ficava mais estranha a cada dia.
“Sério?” Disse, olhando para o sinal de néon na janela. “Um clube de strip?”
Que tipo de pai levava o seu filho para um clube de strip?
Ele desligou o motor e colocou as chaves no bolso. “Você é um homem agora. É hora de você aproveitar os privilégios que vêm desse fato.”
Então era privilégio da idade ou do pau, eu ser capaz de vir assistir mulheres abanar a sua bunda?
“Tenho certeza de que você tem que ter vinte e um para entrar neste lugar.” Eu disse. Foi meu último esforço para sair disto.
Era horrível. Quem diabos ia para um bar de strip com seu pai?
“Liguei com antecedência. Temos um quarto privado.”
Dinheiro. Isso era tudo o que precisava para quebrar as regras. Era tudo o que precisava para que ele conseguisse o que queria.
O que você quer? Não estar aqui.
“Feliz aniversário, filho.” Ele bateu em mim no ombro.
No segundo em que nos aproximamos da sólida porta preta, ela abriu e um enorme segurança saiu e segurou-a aberta. Ele acenou com a cabeça para nós enquanto entrávamos e eu senti os seus olhos perfurando a parte de trás da minha cabeça.
O interior era exatamente o que a TV e os filmes retratavam. Oh, e filmes pornô, também. Sim, este cenário parecia o cenário perfeito para alguns pornôs de má qualidade.
Havia um enorme palco com uma passarela que se estendia para o centro das mesas. Um poste prateado ia do assoalho ao teto na extremidade, com mais dois atrás do palco.
As luzes eram fracas, todas focadas no palco e na garota. Estava nua.
Completamente. Os homens gritavam e assobiavam enquanto ela trabalhava no poste, girando e espalhando as pernas, mostrando a todos exatamente o que tinha entre elas.
Seus peitos eram falsos. Eles literalmente pareciam globos colocados sob a sua pele.
As notas de dólar flutuavam sobre a plataforma enquanto ela girava e a música sexy bombeava pelo ar. Cheirava a fumaça e álcool com uma pitada de sexo. Tanto quanto eu sabia, a maioria dos clubes de strip-tease, eram apenas para strip. Geralmente, você não tinha permissão para tocar as dançarinas. Talvez só cheirasse a sexo aqui porque as mulheres estavam todas nuas e os homens estavam ligados.
Eu não estava.
Não mesmo.
Na verdade, quando olhei para ela no palco, não pude deixar de sentir um pouco de pena por ela. Perguntei-me o que a levou aqui, que tipo de vida
Ela deve viver, para estar disposta a deixar pervertidos a cobiçarem, noite após noite.
Suas longas pernas estavam enroladas ao redor do poste. Ela se inclinou para trás, de modo que sua cabeça estava abaixo de seus pés e estava totalmente exposta de cabeça para baixo. O comprimento de seus cabelos loiros, caiu como uma cortina em direção ao chão e purpurinas brilhavam em seu estômago.
Eu estava olhando e ela deve ter sentido, porque nossos olhos trancaram.
Um entendimento mútuo nos amarrou. Eu tinha muita coisa em comum com aquela garota. Nenhum de nós queria estar lá. E o que quer que tenha sido que a levou a esse palco, algo igual à merda, me fez ficar na frente dele.
“Por aqui.” Uma mulher apareceu com uma bandeja pequena, redonda, em suas mãos e uma tanga fio dental cor-de-rosa minúscula em sua parte inferior. Sua parte superior estava nua, seu peito brilhando com óleo ou algo assim.
Os olhos do meu pai foram, diretamente, para os peitos dela e, em seguida, trancaram em sua bunda, enquanto ela meneava à nossa frente. Ela parou diante de uma cortina de veludo e fez sinal para que continuássemos.
Papai entrou primeiro. Então entrei logo depois. O tecido pesado caiu imediatamente no lugar, fechando a sala privada.
Havia uma única mesa, duas cadeiras e vários drinques já esperando.
Pareciam vários shots de um líquido de cor âmbar e algumas bebidas misturadas com pequenos canudos balançando no topo.
Havia também um cinzeiro no centro e uma pilha do que pareciam notas de um dólar.
O meu estômago embrulhou. Em vez de estar animado ou ligado por qualquer uma destas coisas, senti-me embaraçado, humilhado e, honestamente, intimidado.
Este era o meu teste.
Seja um homem. Fique bêbado. Apalpe algumas mulheres nuas. Faça tudo bem aqui na frente de um homem que deveria ter querido melhor para mim.
Por que ele não queria melhor?
E se eu conseguisse ser um porco, o suficiente, teria o meu futuro, um futuro que vinha com um monte de cordas.
Mas liberdade também.
“Sente-se.” Disse papai, já puxando uma cadeira. Ele tirou o casaco, pendurou-o sobre o encosto do banco e então afrouxou a gravata e os botões ao redor do pescoço.
Puxei a cadeira e afundei nela e ele me entregou um drinque.
“Para baixo.” Ele disse, erguendo um copo idêntico no ar.
Eu imitei a sua ação e então nós dois bebemos a tequila. O meu tinha o verme nele. Lutei contra um engasgo e esperei que ele não ficasse preso no seu caminho para baixo.
Papai riu e me deu um tapa nas costas. “Isso vai colocar alguns cabelos no seu peito.”
Ele pegou outro drinque e olhou para mim. Rapidamente, peguei o drinque, mexi e tomei um gole. Ele parecia apaziguado, quando engoliu o seu drinque.
Eu só o tinha visto beber merda cara. Nunca tinha visto beber shots.
Depois que ele bateu o copo, dois charutos apareceram para fora do seu casaco.
Um para mim e outro para ele.
Nós os acendemos e o distinto cheiro de tabaco encheu a pequena sala.
“Beba, divirta-se.” Instruiu papai, recostando-se e fazendo sinal para alguém que eu não via.
Tomei outro drinque, porque, francamente, estar bêbado parecia uma ideia fodidamente brilhante.
Uma fraca luz vermelha surgiu no quarto e três mulheres vestidas com o que parecia ser lingerie, apareceram. Uma delas já tinha o peito completamente descoberto, o seu sutiã não tinha qualquer tecido que realmente oferecesse alguma modéstia. Em vez disso, tudo o que ela tinha era a tira que envolvia a sua caixa torácica e as alças de renda ao redor de seus ombros. Suas calcinhas também eram de renda e suas coxas eram brancas.
Os seus dois mamilos estavam eretos e eu me perguntava se ela os estava acariciando antes de entrar na sala.
A outra menina estava usando um pequeno vestido transparente, uma tanga e nada mais. A terceira stripper tinha calças de couro, calcinha de couro sem virilha e um colete de couro preto que mostrava um monte de decote.
Seus saltos eram provavelmente de 12 centímetros de altura e ela carregava uma longa pena preta na mão.
A música começou a tocar através de alto-falantes que eu não podia ver e as mulheres convergiram para a mesa.
Suas mãos estavam em toda parte. No meu cabelo, na minha camisa. Os dedos passaram pelos meus lábios, mergulhavam em meus ouvidos e deslizavam sob a gola da minha camisa, para raspar as unhas sobre o meu peito.
Reclinei no assento, forçando o meu corpo a ficar em uma posição preguiçosa, relaxada e olhei fixamente um dos peitos das mulheres, enquanto ela montava em minhas pernas.
Meu pai emitiu um grunhido e eu olhei. Tinha uma mão enrolada em torno de uma mama e a outra estava colocando um monte de notas de dólar na corda minúscula que sustentou a sua calcinha. Ele estava tomando o seu tempo doce com o dinheiro, também, empurrando-o entre suas pernas muito mais longe do que ele precisava ir.
Ela riu e ronronou como se ela gostasse muito e correu as mãos através de seu cabelo grosso.
Ele me observou assistindo e nossos olhos se cruzaram.
O olhar que ele me deu foi uma ordem direta. Um desafio. Eu deveria agir como ele, ser como ele.
Meus olhos desviaram dos dele e a minha palma bateu na mesa, enquanto pegava algum dinheiro. Entrei no piloto automático, empurrando os dólares onde eu podia. Em um ponto, me inclinei para frente e empurrei meu rosto entre seus peitos e ela riu e se esfregou contra o meu rosto.
“Dança de colo.” Meu pai pediu um pouco mais tarde e se recostou em sua cadeira com o charuto entre os lábios.
A garota com o sutiã de tiras torceu um dedo para mim no centro da sala.
Me levantei, arrastei a cadeira comigo e quando estava no centro da sala, me afundei nela.
Ela basicamente me fodeu vestido, no assento. Agarrei seus peitos e ela os esfregou nos meus lábios, eu os lambi. Agarrei sua bunda e apertei e inclinei meus quadris para cima, quando ela fodeu a seco no meu colo.
Na verdade, meu estômago estava agitado. Um drinque e meio fez nada para tornar isso agradável; não fez nada para distorcer o que estava fazendo ou vendo.
O som de meu pai grunhindo me fez olhar de novo, desta vez para a mulher. A garota com o vestido transparente estava em seu colo. Suas mãos estavam em seus quadris enquanto ela moía em cima dele. Sua cabeça estava balançando, enquanto chupava o seu peito.
Comecei a me levantar. Isso era demais. Umas mãos me agarraram por trás, empurrando-me de volta para a cadeira. A próxima coisa que sabia, estava sendo atendido por duas dançarinas.
Minha gravata desapareceu. Minha camisa estava rasgada e o cinto da calça estava abandonado no chão. Me contorci na cadeira. Nojo e humilhação guerreavam dentro de mim. Só queria que isso acabasse. Só queria passar por isso.
Com frustração, fiz um som, agarrei a garota que estava no meu colo e apertei seus quadris e seu traseiro. Ela deu um guincho e eu sabia que ela provavelmente teria impressões digitais em sua bunda, mas eu estava em um ponto em que não me importava.
“Acho que é hora dele receber o presente.” Disse meu pai, a menina ainda em seu colo.
Você quer dizer que não é isso?
Foda.
Todas as três meninas se reuniram em uma fila na minha frente.
Olhei para elas, me perguntando o que diabos estava acontecendo agora.
“Escolha uma.” Meu pai quase exigiu.
Olhei para ele.
“Escolha uma, ou eu vou escolher uma para você.”
Enfureci-me. Todo o meu choque e dormência estavam começando a ferver.
“Você.” Joguei uma mão na garota de couro. Ela parecia a mais áspera das três. É ela que ele quer que eu escolha; um teste dentro do teste.
“Exatamente quem eu teria escolhido.” Ele meditou. “Divirta-se.”
Ela agarrou minha mão e me puxou através de uma cortina nas traseiras.
O quarto aqui era muito menor, como uma pequena caixa. Havia uma pequena cama com uma montanha de travesseiros e uma cadeira no centro da sala.
A luz aqui era vermelha, dando a tudo um aspecto quente. Ela me empurrou para baixo na cadeira e, em seguida, escarranchou meu colo. Seus quadris começaram a girar e então seus lábios desceram sobre os meus. Eu a beijei de volta enquanto ela balançava no meu colo, até que meu coração sentiu que ia explodir e meus dedos tremiam de raiva.
Abruptamente, agarrei seu rosto e a puxei para trás. Segurando o seu queixo, olhei para ela. “Quanto ele pagou para ter sexo comigo?”
“Dez mil.”
Uau. Era impressionante e insultante, tudo ao mesmo tempo.
“Não estou fazendo sexo com você.” Declarei. “Você gostaria de ter relações sexuais com seu pai no quarto ao lado?”
“Estou aqui para receber o pagamento.” Ela respondeu, balançou no meu colo novamente e começou a beijar meu pescoço. Sua mão era grande, suas unhas longas e quando ela segurou a minha cabeça para trás, ela poderia raspar seus dentes abaixo na minha garganta.
“Sim, bem, não vou dizer a ele que nós realmente não fizemos isso. Você ainda vai receber o seu dinheiro.”
Ela se sentou, seus olhos levemente surpresos. Não saiu de cima de mim, no entanto. Em vez disso, ela abriu o colete de couro e o tirou. Os seus grandes seios se derramaram. Ela pegou as minhas mãos e as colocou na sua carne.
“Não funciona assim. Não hoje à noite.” Disse ela, esfregando um pouco mais e empurrando seus seios em minhas mãos.
“Por quê isso?”
“Há uma câmera atrás de mim. Sem sexo, sem dinheiro.”
“Você está brincando comigo?” Ofeguei.
Ela sorriu, desabotoou minhas calças e enfiou os dedos na cintura dos meus boxers. “Você tem um relacionamento fodido com seu pai. Eu vi um monte de merda louca aqui, mas um pai querendo ver seu filho fazer sexo?
Essa é a primeira vez.”
“Ele está assistindo?”
Ela não respondeu. Em vez disso, ela deslizou entre as minhas pernas, pousou em seus joelhos e puxou minhas calças e boxers para expor, totalmente a nu, o meu pau mole.
Ela olhou para ele e então olhou para mim. “Eu não te excito?”
“Nem um pouco.” Eu cuspi.
Ela se moveu de uma maneira, que me fez pensar que ela estava usando seu corpo, para bloquear o fato de que eu não estava ostentando uma ereção furiosa.
“Olha, eu vou fazer isso bom e rápido, ok? Sei o que estou fazendo.” Ela pegou meu pau e começou a massageá-lo em suas mãos.
Perguntei-me quantos outros paus ela tinha tocado esta semana. Esta noite.
“Vou fazer um show para o seu velho. Eu vou ser paga. Então você pode ir.”
Seus lábios enrolaram em torno do meu pau, sua cabeça começou a balançar para cima e para baixo. Fechei o meu punho em seu cabelo, dando-lhe um puxão. Ela fez um som como se gostasse, então eu puxei seu cabelo novamente. Suas unhas cavaram em minha parte interna da coxa. Achei que era uma vingança, mas não me importava. Me inclinei para trás e deixei minha cabeça inclinar-se em direção ao teto como se estivesse me divertindo.
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Finish Line
FanfictionNada além de um #borrão... Há um garoto novo na cidade e ele é um inferno sobre rodas. Pelo que ouvimos, pode ser porque ele sabe exatamente Como é o inferno. Solitário. Abrasador. Implacável. Você pode conhecer seu irmão, o craque da NRR1 (E...