Acordes de Amor e Rock 'n' Roll

CAPÍTULO 11

Anthony

Estava estendido no meu sofá de couro preto, a pose de "rockstar supremo" completa com o controle de videogame em mãos. A tela da TV era uma explosão de tiros e explosões virtuais, enquanto Ethan, ao meu lado, parecia estar com a mandíbula trincada de tanta concentração. Alec estava estirado no chão, cercado por um campo de batatas fritas e uma garrafa de refrigerante meio vazia.

— O que você está fazendo, Anthony? — Ethan perguntou, sua frustração quase visível. — Está tentando sabotar o time?

— Só estou refinando minha estratégia. — Eu dei um sorriso de canto, como se tivesse a solução para todos os problemas do universo. — Não é só atirar por aí, é uma questão de técnica e inteligência.

Alec ergueu a cabeça do chão, jogou uma batata frita para o alto e a pegou com a boca, enquanto mandava um olhar de zombaria para Ethan.

— Estratégia, é? — ele soltou uma risada que parecia estar em perfeita sintonia com o barulho dos tiros na TV.

— E eu achando que estava jogando com os melhores. — inclinei-me para frente, para adicionar um toque dramático ao meu discurso. — Parece que estou cercado por amadores.

Ethan fez um som de desdém e bateu com a mão no controle, como se isso fosse a solução para todos os problemas do jogo.

— Isso é o que você acha. Espera só até nossa revanche. — ele deu um olhar conspiratório para Alec.

— Vamos fazer isso agora. — Alec se levantou, esticando os braços e aparentemente se preparando para a ação. — Mas antes, Anthony, você tem que nos pagar uma rodada de cerveja se perder.

— Combinado. — eu concordei, levantando-me com uma atitude triunfante. — Mas não pensem que vou facilitar só porque vocês estão me devendo uma.

Enquanto pegava as cervejas na cozinha, meus pensamentos vagavam para a situação com Delilah. Ethan e Alec estavam sempre me empurrando para agir e tomar decisões, mas será que eles realmente entendiam o que estava em jogo?

Alec entrou na cozinha e começou a mexer em tudo, como se fosse um explorador em território desconhecido. Ethan se jogou no sofá, aparentemente se preparando para o próximo round.

— Então, Anthony, o que vai fazer com a questão Delilah? — Alec perguntou, puxando uma cerveja da caixa e entregando para mim com um gesto de camaradagem.

— A questão Delilah, hein? — eu repeti, abrindo minha cerveja e dando um gole com uma atitude de "eu tenho um plano". — Bem, estou pensando em uma estratégia. Já fiz uma ligação e estou preparando outro método de abordagem.

— Não dá para entender como uma artista tão grande pode ser tão cabeça-dura. — Ethan comentou, pegando uma cerveja também. — Parece que ela está tentando manter distância de você, e isso é só irritante.

— E se ela não quiser, você não pode forçar. — Alec disse, com um tom de sabedoria que parecia quase cômico. — Além disso, a última coisa que você quer é parecer um desesperado, certo?

— Claro. — Eu ri, dando um gole na cerveja com um toque de desdém. — Não estou desesperado, apenas extremamente determinado.

Voltamos para a sala, onde retomamos o jogo com uma competição acirrada. A porta se abriu e Vanessa entrou, quase como uma tempestade em forma de mulher. Sua presença poderosa e direta imediatamente mudou o clima do apartamento.

— Ah, finalmente encontrei vocês! — Vanessa exclamou, cruzando os braços e lançando um olhar que misturava frustração e diversão. — Vocês três devem achar que o mundo é só diversão e jogos.