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Estive sentada na sala de estar por cinco minutos, sem saber exatamente por que Armando me trouxe aqui

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Estive sentada na sala de estar por cinco minutos, sem saber exatamente por que Armando me trouxe aqui.

A mãe dele parece ser uma boa pessoa, mal posso esperar para conhecê-la melhor.

Não consigo evitar me perguntar se é aqui que Armando cresceu ou se seus pais se mudaram recentemente para cá.

Estava tão concentrada em meus pensamentos que não percebi o pai de Armando se aproximando de mim.

— Oi, Eva, como você está? — ele me cumprimentou.

— Estou bem, obrigada. E você, senhor? — respondi, sorrindo.

— Primeiro de tudo, não me chame de senhor, me chame de Arlo. Segundo, estou bem. E terceiro, onde está aquele meu filho? — meu sorriso se alargou.

— Bem, Arlo, eles foram naquela direção — apontei com o dedo indicador para onde Armando e sua mãe haviam ido.

— Estou tão feliz por vocês dois, Eva. Sabe, quando Armando ligou e disse que ia trazer a namorada para cá, eu fiquei chocado... — tudo o que ele disse depois disso se tornou um borrão para mim.

Armando disse que eu sou a namorada dele.

— Cariño, você chegou em casa — disse a mãe de Armando, beijando o marido nos lábios e se sentando ao lado dele no sofá.

— Onde está Armando? — perguntei.

— Ele está ao telefone com Nico, ele se juntará a nós em breve — respondeu a mãe dele.

Após dois minutos de silêncio, a mãe de Armando perguntou:

— Como você e Armando se conheceram, Eva?

— Uh, é que L... — eu comecei, mas Armando respondeu por mim ao entrar na sala.

— Lembra quando eu fui à Rússia para encontrar Dmitry Odessa, mamãe? — ele fez uma pausa para ela acenar com a cabeça, confirmando. — Eva é filha dele, ela veio comigo para resolver alguns assuntos para o pai dela.

Ele se sentou ao meu lado e colocou o braço ao redor dos meus ombros.

— E como vocês ficaram juntos em tão pouco tempo? — a mãe de Armando perguntou novamente, olhando fixamente para o filho. Não pude deixar de rir.

— Não estamos juntos, Sra. Montoya — eu respondi.

Ela se levantou e apontou o dedo para o rosto de Armando.

— VOCÊ...

— Mãe, antes que você termine a sua frase, eu não menti para você, ok? Você assumiu que eu estava trazendo minha namorada para casa e terminou a ligação empolgada demais para contar ao papai — Armando a interrompeu.

Arlo estava rindo silenciosamente atrás da esposa.

— Eu te disse, mi amor, que definitivamente havia um mal-entendido.

— É, é, você me disse, mas não me culpe, seu filho tem vinte e quatro anos e nem namorada tem, e você teve um filho de quatro anos.

Então, os pais de Armando o tiveram quando eram muito jovens. Não posso deixar de me perguntar se ele tem outros irmãos.

— Vocês têm outros filhos? — perguntei.

— Queríamos dar um irmão ou uma irmã para Armando, mas durante minha gravidez com ele, tive alguns problemas que me levaram a uma histerectomia após o parto — respondeu a mãe de Armando.

— Sinto muito, não queria intrometer.

— Não se preocupe, cariño. Tenho a sensação de que você vai ser uma Montoya em breve — ela piscou para mim e eu quase engasguei com a minha própria saliva.

— MAMÃE! — Armando gritou, me puxando para mais perto dele. Se ele acha que está provando a mãe errada com suas ações, está fazendo o oposto.

— Está bem, está bem, que tal você mostrar para a Eva onde vocês dois vão dormir esta noite? — sugeriu a mãe dele.

— Mamãe, nós não vamos ficar aqui — Armando protestou.

— Não me faça ficar irritada, Armando. Vocês dois vão ficar aqui esta noite. É o mínimo que vocês podem fazer para agradar sua velha mãe — ela respondeu.

— Vamos lá, mamãe, você não está tão velha assim — ele olhou para o pai, pedindo ajuda com os olhos.

— Você precisa ouvir sua mãe, hijo. Vá mostrar a Eva o seu quarto — Arlo disse, sorrindo para o filho.

Armando se levantou, pegou minha mão e me guiou até o quarto dele. A casa era tão linda por dentro e por fora, é o tipo de casa que você pode chamar de lar, é acolhedora.

No caminho para o quarto de Armando, notei várias fotos penduradas na parede do corredor. Uma foto de um Arlo mais jovem segurando o bebê Armando nos braços e dando-lhe um beijo na bochecha. Outra foto de Armando bebê rindo com a cabeça da Sra. Montoya enterrada no pescoço dele.

Tracei meus dedos na foto.

— Você é tão sortudo, Armando — disse, sorrindo para ele.

Ele não respondeu, apenas apertou minha mão e abriu a porta do quarto, e entramos.

O quarto dele era muito acolhedor. A cama era grande, com muitos travesseiros brancos, as paredes eram cinzas, combinando com o edredom da cama, e havia duas mesas de cabeceira, uma de cada lado da cama, cada uma com uma luminária. Em uma delas havia uma foto de Armando sem camisa com o braço ao redor do ombro de Nico.

Havia duas outras portas no quarto, uma ao lado da cama e a outra ao lado da grande janela com cortinas pretas.

Ele soltou minha mão e pulou na cama.

— Eu senti falta da minha cama preciosa aqui — sua voz estava abafada. — coitado do babaca, é a primeira vez que ele vê uma cama — ele riu, e aquele riso idiota dele fez minha intimidade pulsar.

Eu fechei as pernas e mudei de assunto.

— Por que você me trouxe aqui, Armando?

Ele me lançou um olhar de lado e se acomodou na cama, esfregando o espaço vazio ao seu lado, sinalizando para que eu me sentasse.

Eu fiz como ele pediu e o olhei.

— Depois do que você me contou na noite passada, decidi te dar um dia de folga para você aproveitar. — Ele desviou o olhar. — Você não merece estar triste.

Coloquei minha mão sobre a dele e sorri.

— Eu não sei o que dizer, Armando, obrigada. É a primeira vez que alguém se importa com meus sentimentos e tenta me fazer sentir melhor.

— Não me agradeça, muñeca. Vamos tentar esquecer tudo só por um dia e aproveitar. Há um lago pequeno perto da casa, quer dar um mergulho?

— Eu realmente quero, mas não tenho nada para nadar.

— Não se preocupe com isso, bruxa — ele piscou para mim e chamou sua mãe.

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