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— Ela está bem? — papai sussurrou para mim

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— Ela está bem? — papai sussurrou para mim.

— Não sei, ela estava bem há alguns minutos — respondi, me acomodando no meu assento.

— O que você fez, Armando? — Eu soltei uma risada.

Você não pode enganar esse homem; meu pai é um dos homens mais inteligentes que eu conheço. Ele era o chefe do Círculo Vermelho antes de se aposentar e me dar sua posição.

Eva saiu do banheiro forçando um pequeno sorriso. Algo definitivamente está errado com ela, talvez por causa do pouco tempo que passamos no elevador.

Eu sei que foi uma atitude idiota deixá-la daquele jeito, mas eu tinha que parar. Estou imaginando ela nua debaixo de mim desde que a conheci ontem à noite.

Sua pele era tão macia sob meu toque, os sons sensuais que ela fazia quando eu tocava sua boceta.

Eu queria lambê-la, prová-la, sentir sua pele com minha língua, eu não queria parar, eu queria dar a ela o que ela queria, mas eu não conseguia, ela merece algo melhor do que isso, melhor do que uma foda rápida no elevador.

Ela não é minha, ela está aqui para observar cada movimento meu e entregá-lo ao pai dela.

Eva se sentou na cadeira à minha frente, linda com o cabelo preso em um rabo de cavalo e aquele sorriso falso que não saía de seus lábios vermelhos.

— Eu assisti às filmagens da câmera várias vezes e não encontrei nenhuma pista — papai soltou um profundo suspiro. — Essas pessoas são profissionais, sabem exatamente o que estão fazendo. Eva, seu pai tem alguma suspeita sobre alguém?

Ela me olhou com uma expressão hesitante. Droga, eu sabia que ele estava desconfiado de mim, seu idiota.

— Segundo o que eu sei, meu pai não tem inimigos na Rússia e em outras máfias, então ele acha que o ladrão é daqui — ela respondeu com uma voz suave. Se o ambiente não estivesse silencioso, não conseguiríamos ouvi-la.

Papai colocou as mãos no cabelo, bagunçando-o. — Então ele acha que Armando é o ladrão? — Ela abaixou a cabeça, não querendo confirmar.

— Bem, Eva, a única coisa de que eu tenho certeza é que meu filho não fez nada — ela acenou com a cabeça.

— Isso não é fácil, Armando. Não temos nem uma pista ou algo com que começar. 

— Se eles não deixaram uma pista na primeira, provavelmente deixaram na segunda, papai. 

— Filho, quem fez isso é um profissional. Não há porra de nenhuma pista, nada.

Olhei para Eva. A cabeça dela estava baixa, seus belos olhos cor de oceano focados no chão, com as mãos no colo. Ela nem estava prestando atenção ao resto da nossa conversa.

Papai percebeu e me olhou com um olhar questionador.

— Vamos deixar essa conversa para outro dia, papai. Precisamos ir.

Ele acenou com a cabeça.

— Ok, filho, e não se esqueça de ligar para sua mãe, ela sente sua falta.

Eu o abracei e ele olhou para Eva e sorriu.

— Armando, cuide desta jovem.

Eu sorri de volta para ele e respondi:

— Não se preocupe, papai, eu vou.

Saímos do escritório e fomos em direção ao elevador. Eu apertei o botão e olhei para Eva. Ela é tão linda, com os lábios largos em uma linha fina e os olhos ainda fixos no chão. Me pergunto o que está passando naqueles pensamentos belos dela.

A porta do elevador se abriu e uma garota saiu dele; ela parecia familiar.

— Ai, meu Deus, amor, eu senti sua falta! Onde você esteve? — A garota disse, envolvendo os braços ao redor do meu pescoço. Quem é essa garota? Eu afastei suas mãos.

— Eu nem te conheço. 

— Não me diga que você esqueceu da noite que passamos juntos. Nos divertimos tanto! Eu te liguei várias vezes, mas seu telefone estava desligado.

Agora me lembrei, antes de ir para a Rússia eu tive o pior sexo da minha vida com uma garota. Ela estava gemendo como uma vaca. Eu nem lembro onde a conheci ou o que ela está fazendo aqui.

— Eu não me lembro e não quero lembrar. Me deixe em paz, caramba. Vamos, Eva. — Peguei a mão de Eva e entrei no elevador, com ela atrás de mim.

Quando a porta se fechou, Eva empurrou minha mão para longe e cruzou os braços. Eu apertei o botão para o andar principal e, após alguns minutos, a porta se abriu.

Cumprimentei as poucas pessoas com quem encontramos no caminho até o estacionamento. Peguei a chave do meu bolso para entregá-la a Eva, para que ela pudesse nos levar de volta ao instituto. Talvez isso a animasse um pouco.

Ela balançou a cabeça e disse, virando as costas para mim:

— Eu quero dar uma volta. 

— Ok, então vamos juntos — respondi, colocando meu braço ao redor de sua pequena figura. 

— Sozinha... A-Armando, eu quero ir sozinha, por favor — ela afastou meu braço, me olhando com um olhar de cachorrinho. Não consegui dizer não para ela. 

— Tudo bem, cuide de si mesma. 

Ela acenou com a cabeça e começou a se afastar.

Porra, Armando, você é um idiota.

Quando tudo começou Onde histórias criam vida. Descubra agora