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Evangeline

Eu usei umas calças de couro, com uma camiseta e uma jaqueta de couro.

Isso é o que eu costumo usar quando meu pai me manda cuidar de uma missão para ele.

Agora estou sentado no banco de trás, espremido entre Leo e Mia. Nico está dirigindo e Armando está sentado no banco do passageiro.

A missão de hoje é um pouco difícil para mim porque precisamos capturar o homem vivo, e não seduzi-lo ou matá-lo, o que é o que eu faço melhor.

Quando Armando me deu a ficha do homem, senti meu sangue ferver de nojo. Ele estuprou cinco menores, dois meninos e três meninas, um dos meninos tem três anos de idade, além disso ele é traficante, ele só vende para adolescentes.

Chegamos à casa do homem. A Mia começou a conversar com ele no Facebook há dois meses, até que ele a convidou para um jantar em sua casa.

Mia é a primeira vítima adulta dele e a primeira a ir até ele por vontade própria.

Ele caçou todas as suas vítimas antes de agir, exceto pelo pobre bebê, que ele sequestrou de um parque.

Nico ouviu que ele mantém suas vítimas em cativeiro em sua casa. O plano de hoje é que a Mia vá à casa dele sozinha, usando um fone de ouvido para que possamos ouvir tudo entre eles e agir como a menina inocente que ele conheceu online. Precisamos que ele tente algo com ela.

Nico estacionou o carro não muito longe da casa, para não levantar suspeitas dos vizinhos.

— Seja cuidadosa, Mia, entraremos no momento certo — disse Armando.

— Não se preocupe, chefe — ela sorriu para ele e saiu do carro.

Todos nós estávamos focados nos passos da Mia. Ela bateu na porta, e ele a abriu imediatamente e a abraçou.

Ele é mais feio do que na foto que Armando me mostrou e parece mais velho.

A foto que tínhamos era antiga e não conseguimos encontrar uma recente.

Ele provavelmente está na casa dos quarenta e poucos anos, um desgraçado com cabelo grisalho e barba raspada.

— Ele está agindo todo tímido agora. Se não fosse pela foto antiga e pela conversa que eu li entre eles... Eu definitivamente acharia que pegamos o homem errado — disse Nico, ajustando seu fone de ouvido.

— Ele está cercado por vizinhos, não quer que ninguém suspeite dele — acrescentou Leo.

— Você é mais bonita pessoalmente.

— Obrigada.

— Você quer uma bebida?

— Sim, claro...

— Não, porra! Não, não... — Nico murmurou. — Nós definitivamente pegamos o cara errado.

— Nico, relaxa, Jacob garantiu que ele é o homem certo — tentou confortá-lo Leo.

— VOCÊS DOIS CALAM A BOCA E OUÇAM! — gritou Armando.

— Por favor, não me toque... Eu não me sinto confortável quando alguém faz isso, por favor... pare.

— Vamos lá, nós dois sabemos que você não está aqui só para jantar.

— P-por favor, pare...

— Esta é a nossa pista, vamos lá, vamos trabalhar — disse Armando, saindo do carro.

Todos nós pegamos nossas armas e nos aproximamos da casa silenciosamente. Armando abriu a porta com um pequeno clipe de cabelo preto e entramos discretamente.

Armando estava na frente, enquanto eu, Nico e Leo o seguíamos.

— Ei, bruxa, mostre-me o que você tem — Armando parou e sussurrou para mim.

Eu sorri para ele e passei por ele. Os caras pararam e, antes que o homem pudesse reagir, coloquei meu braço em volta do pescoço dele e apontei a arma para sua têmpora.

Ele estava em cima de Mia, segurando suas mãos acima da cabeça.

— Deixe ela ir — ordenei com os dentes cerrados.

Ele não hesitou em obedecer, desgraçado covarde.

— Bom trabalho, Eva — disse Mia com um grande sorriso no rosto. Eu sorri de volta e os caras se juntaram a nós.

— Boa garota — sussurrou Armando no meu ouvido, fazendo-me corar.

— Leo, Nico, procurem pela casa... e você, velho, está realmente com sorte; se dependesse de mim, você já estaria morto — disse eu.

— Ele não te tocou, né? — perguntei para Mia.

— Não, vocês chegaram na hora certa — ela respondeu, esfregando os pulsos.

Peguei as algemas que Armando me deu mais cedo e coloquei-as nas mãos do desgraçado. Armando colocou o pé nas costas do homem para que ele não pudesse se levantar.

Levantei do homem e fiquei ao lado de Mia, esperando os outros voltarem.

Depois de dez minutos, eles retornaram com o bebê e os quatro adolescentes. Esse homem é doente.

— Armando... não podemos matá-lo, mas não disseram nada sobre quebrar um osso ou dois, certo? — perguntei com os dentes cerrados. Ele acenou com a cabeça, sorrindo.

— Vamos ligar para o instituto principal — disse Mia, conduzindo todos para fora, exceto eu, Armando e o imbecil no chão.

Armando agarrou o homem pela gola e puxou seu cabelo com força. Eu me ajoelhei ao lado dele, olhando para o homem com desgosto.

Coloquei meu joelho no pescoço dele, sufocando-o. Armando deu alguns socos em seu rosto, enquanto eu o segurava com o joelho.

Nós dois nos levantamos, deixando-o gemendo de dor no chão, balançando-se de um lado para o outro.

Pisei em seu estômago algumas vezes.

— Sabe como quebrar uma perna, muñeca?

— Isso é mesmo uma pergunta, Armando? — respondi com uma risada.

Esse homem vai se arrepender do dia em que decidiu pensar com a cabeça de baixo.

Quando tudo começou Onde histórias criam vida. Descubra agora