Está escurecendo e Eva ainda não voltou. Estou tão preocupado com ela; ela não conhece os lugares daqui.
E se ela se perder? Ou, pior, se alguém a sequestrar? Ou…
— Armando, pare de pensar demais, ela vai ficar bem, afinal, ela é uma Odessa — Oliver tentou me acalmar com seu sotaque francês.
— Não se esqueça de que ela não conhece nada por aqui, pode se perder facilmente — obrigado, Shannon, isso realmente ajudou; fez meu sangue ferver pela terceira vez em uma hora.
Shannon é a rainha da negatividade, mas o que posso fazer? Ela é boa no que faz, e isso é o que importa para mim.
Estou sentado nesta cadeira na sala de reuniões há uma hora. Liguei para minha mãe assim que cheguei ao instituto, tomei um banho e deitei na minha cama.
Tentei dormir, mas não consegui sem saber que ela está segura, dormindo tranquilamente no quarto ao lado do meu.
Se não fosse por Oliver e Shannon, que estiveram me vigiando por causa das ordens rígidas do Niko, ele sabe que sou louco o suficiente para sair procurando em cada canto por ela.
— Não aguento mais, vou procurá-la — levantei-me do assento, correndo em direção à porta.
— Não, isso nunca vai acontecer. Volte para o seu assento. Ela está bem, vai chegar aqui logo — Liam se colocou na minha frente, bloqueando meu caminho.
— Saia do meu caminho, Liam, não me tente — olhei para ele com raiva, e ele não se moveu nem um centímetro.
As pessoas geralmente confundem esse homem ruivo com alguém inofensivo que nem sabe dar um soco, mas ele está aqui por um motivo.
Liam me encarou de volta.
— Sente-se, chefe.
Eu estava prestes a socar seu rosto cheio de sardas, mas uma batida na porta me interrompeu.
Liam finalmente saiu do meu caminho para que eu pudesse abrir a maldita porta. E lá estava ela, com o rosto vermelho e os olhos inchados de chorar. Eu provavelmente sou a razão dessas lágrimas.
Conner e Dani estavam atrás dela. Ela passou por mim, acenou para eles e entrou. Cumprimentou suavemente as poucas pessoas na sala e foi para seu quarto.
— O que foi? — perguntei para os dois caras que estavam me encarando.
— Nada — responderam ao mesmo tempo e se afastaram.
Fechei a porta e fui falar com Eva. Não me dei ao trabalho de bater na porta; já tinha um cartão para o quarto dela.
Coloquei o cartão no leitor e abri a porta. Ela não estava no quarto; eu podia ouvir a água correndo no banheiro.
Sentei na beira da cama dela, esperando que ela saísse.
Vou consertar as coisas. Farei o que for necessário para resolver as coisas com ela.
—
Oliver
Shannon
Liam
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Quando tudo começou
CasualeArmando Montoya está disposto a fazer qualquer coisa para que seu plano funcione, um plano que mudará tudo para os cinco círculos. Mas nem todos os planos saem como planejamos, certo? O que acontecerá quando ele encontrar Evangeline Odessa? Ela o a...