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Armando

Acordei com uma mão suave sacudindo meu ombro, esse cheiro maravilhoso, caramba.

— Está tudo bem, Eva? — perguntei, esfregando os olhos.

— Posso dormir ao seu lado? — ela murmurou.

— O que?

— Posso dormir ao seu lado? — sussurrou, o suficiente para eu ouvir.

Claro que pode, ela me mostrou hoje o quão forte é. Quebrou a perna do desgraçado sem nem olhar para ele.

Abri os braços para ela, e ela pulou neles, apoiando a cabeça no meu peito e me abraçando pelas costas.

Beijei sua testa e envolvi meus braços ao redor de seu corpo pequeno.

— Seu pai ligou, muñeca?

Ela balançou a cabeça.

— Não quero apressar você, Armando... mas já encontrou uma solução? — ela perguntou, esfregando meu peito com as unhas, me fazendo estremecer.

— Sim, amanhã eu vou te contar o que vamos fazer.

Ela apoiou o queixo em meu peito, e eu coloquei um fio de cabelo loiro dela atrás da orelha e sussurrei:

— Tão linda.

— Não me elogie, izvrashchenets. Por que não me conta agora?

— Porque amanhã eu vou te levar para jantar, e antes que você pergunte, sim, é um encontro. Agora feche esses olhos lindos e durma.

— Idiota — ela disse, sorrindo para si mesma.

Quando tudo começou Onde histórias criam vida. Descubra agora