Quando tudo começou

013

Estou planejando levá-la para a casa dos meus pais. É um pouco distante do instituto, mas ela precisa de uma mudança.

Ela veio aqui por trabalho, mas um pouco de diversão não vai fazer mal a ela.

Liguei para minha mãe na noite passada, depois de falar com Eva, e disse que estava trazendo uma visita. Claro, ela assumiu que a visita é definitivamente minha namorada, e eu odeio não ter corrigido isso.

Estamos quase chegando. Fiquei surpreso com as habilidades de direção de Eva, sem mencionar o quanto ela estava sexy dirigindo.

Nossa casa não era pequena nem grande, uma casa de dois quartos com um pequeno jardim; mamãe adora plantar. Não tínhamos vizinhos por perto.

— De quem é essa casa, izvrashchenets? — Eva perguntou, admirando a casa moderna.

— Vamos — eu não respondi à pergunta dela, apenas peguei sua mão e comecei a andar em direção à porta.

Bati na porta e mamãe abriu imediatamente com um grande sorriso no rosto.

— Hola, mamá — eu a cumprimentei, abrindo os braços para um abraço.

Mamãe é uma mulher pequena, com cabelo castanho claro e curto, e olhos castanho escuro, iguais aos meus. Muitas pessoas dizem que temos a mesma cor de olhos e cabelo, mas eu sou uma cópia do meu pai.

Mamãe ignorou meus braços e abraçou Eva. Eu pude ver o choque dela, mas Eva retribuiu o abraço.

— Ay Dios mío, você está tão linda, querida — mamãe disse, terminando o abraço para olhar Eva mais de perto.

— Obrigada — Eva respondeu.

— Mamãe, eu também estou aqui — eu acenei para ela.

— Eu vejo você, Armando, é difícil te perder de vista — mamãe disse, me lançando um olhar e fazendo um gesto para Eva entrar com ela.

Entrei atrás delas na sala de estar.

— Onde está papai? — perguntei inocentemente.

— Então é por isso que você veio, para visitar seu pai, não sua pobre mãe — mamãe respondeu e foi para a cozinha.

— Agora eu tenho certeza de que você é um idiota. Quanto tempo faz que você não visita sua mãe?

— Eu a visitei antes de ir para a Rússia ver seu pai — eu disse.

Ela soltou um suspiro.

— Você sabe, se eu estivesse no seu lugar, passaria cada dia da minha vida nos braços dela. Vá falar com sua mãe, Armando. Eu vou ficar aqui te esperando.

Se eu tivesse a escolha, nunca deixaria mamãe e seus abraços acolhedores, mas meu trabalho não permite. Para ser um especialista, tenho que abrir mão de muitas coisas.

Ouvi Eva e fui para a cozinha. Mamãe estava decorando um bolo de chocolate, meu favorito. A abracei por trás e inclinei a cabeça para beijar sua bochecha.

— Eu sei que não sou o melhor filho e que não visito ou ligo muito... — comecei, mas ela me interrompeu.

— Armando Roy Montoya, não você não termine essa frase. Você é meu bebê, você e seu pai são a única família que eu tenho — ela se virou para me encarar e colocou suas mãos quentes em ambas as minhas bochechas.

— Não estou pedindo muito, apenas que meu filho me procure mais vezes.

Sorri para ela e a abracei fortemente.

— Desculpe, mamãe — beijei sua testa.

— Está tudo bem, querido. Agora vá para a sua menina, não a deixe esperando por muito tempo. Ela é tão bonita, mal posso esperar para conhecê-la.

De fato, ela é.

— Tenho certeza de que você vai amá-la — eu sorri e mamãe me deu um tapa no peito brincando.

—

Mãe de armando ( ana)