Eu me diverti com o Armando, exceto pelo fato de que ele tentou me afogar duas vezes.
Acabamos de voltar para a casa dos pais dele, e agora estou tomando banho no banheiro do Armando enquanto ele toma banho no banheiro de hóspedes. Ele disse que vai deixar algo para eu vestir na cama dele.
Terminei meu banho e saí do banheiro com uma toalha enrolada em mim. Encontrei um moletom preto e uma calça de moletom cinza na cama. Não me sinto confortável dormindo sem roupa íntima, então vesti a calcinha que eu estava usando antes.
As roupas do Armando eram tão grandes em mim que o moletom chegava até o meio das minhas coxas, e tinha o cheiro dele.
Abri a porta do quarto para sair e me vi cara a cara com um Armando seminu com uma toalha na cintura, gotas de água escorriam em seu peito e eu estava lutando contra a vontade de lambê-las de seu corpo - ei, moça bonita, você fica tão gostosa usando minhas roupas - ele disse com uma piscadela
- de fato, seu babaca - pisquei de volta para ele.
— Posso entrar para vestir algumas roupas?
— Claro, o quarto é todo seu. - Eu estava prestes a sair quando ele segurou meu pulso.
— Eu não disse para você ir embora. - Aquele sorriso, aquele rosto, aquele olhar... Por que ele tem que ser tão incrivelmente bonito?
— Izvrashchenets — sussurrei, empurrando sua mão e fechando a porta atrás de mim.
Fui para a sala e encontrei a mãe do Armando assistindo TV. Quando me viu, ela sorriu.
— Se divertiu, querida? — ela perguntou, sem perder o sorriso. Ela é tão doce.
— Sim, obrigada, Sra. Montoya, pelas roupas de banho.
— Não há de quê, querida, e por favor, me chame de Ana. - Sorri para ela.
Notei algumas cerejas vermelhas na mesa e meu sorriso ficou ainda maior. Elas são minhas favoritas; quando eu era criança, comia muitas e acabava com dor de barriga depois.
— Posso comer uma? — perguntei, apontando para as cerejas.
— Claro, não precisa pedir, pode pegar todas — ela se levantou e me entregou a tigela.
— Antes de começar a comer, fiz alguns sanduíches para o almoço. Quer um?
— Não, obrigada, não estou com fome.
Tenho algum distúrbio alimentar, não como muito e não sinto fome. Às vezes tenho que me forçar a comer só para não passar mal ou desmaiar de fome.
Eu estava tão ocupada com minhas cerejas que não percebi Armando encostado na parede, vestindo uma calça de moletom preta e segurando um sanduíche na mão.
— Onde está o papai? — ele perguntou, mastigando o sanduíche.
— Onde estão seus modos, Armando? Não fale com a boca cheia — Ana disse, lançando um olhar severo para o filho.
Armando engoliu e respondeu, abaixando a cabeça: — Lo siento, mamá.
— Seu pai foi comprar algumas coisas para o jantar... — aquelas cerejas estão tão gostosas que até parei de prestar atenção na conversa deles para me concentrar na tigela à minha frente.
— O que você diz, Eva?
— A-ah, desculpe, o quê?
— Nada, muñeca, termine suas cerejas — respondeu Armando, sentando-se ao meu lado.
Já se passaram quatro horas desde que comi as cerejas e minha barriga começou a doer.
Ana está cozinhando o jantar na cozinha. Eu ofereci ajuda, mas ela recusou, então acabei sentando com Armando e Arlo na sala assistindo futebol. Eu não gosto de futebol, mas nem estou assistindo por causa da dor.
A mão do Armando estava debaixo do meu moletom, fazendo círculos com os dedos na minha barriga.
— O JANTAR ESTÁ PRONTO! — Ana gritou da cozinha, e os dois homens que estavam comigo correram para lá.
Já estou com saudades do toque dele.
Consigo sentir o cheiro da comida daqui, está tão bom, mas não estou com fome e, além disso, minha barriga está doendo muito. Deitei no sofá, envolvendo os braços em torno da barriga em uma posição fetal. Sei que o que estou fazendo é rude e desrespeitoso, mas estou realmente com muita dor agora.
Senti uma presença atrás de mim.
— Ei, cariñosa, por que você não veio comer? — Ana disse, colocando a palma na minha testa.
— D-desculpe, a comida está t-tão boa, mas minha barriga está d-dói e eu não q-queria comer — respondi. Ela moveu a mão para o meu cabelo.
— Quer ir descansar no quarto do Armando?
Eu assenti, e ela me ajudou a levantar.Essa mulher é tão atenciosa, já a adoro. Ela me levou ao quarto do Armando e me ajudou a deitar na cama. Colocou as cobertas sobre mim e saiu do quarto.
Ela voltou três minutos depois com alguns comprimidos e um copo de água.
— Tome isso, querida, vai te fazer sentir melhor.
Peguei os comprimidos, coloquei na boca, engoli e bebi a água.Deitei-me de volta na cama.
— Se precisar de qualquer coisa, me chame, tá bom? — ela disse com uma voz suave, beijando minha testa.
— O-okay, obrigada — respondi. Ela apagou a luz e saiu do quarto, e eu adormeci.
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Quando tudo começou
De TodoArmando Montoya está disposto a fazer qualquer coisa para que seu plano funcione, um plano que mudará tudo para os cinco círculos. Mas nem todos os planos saem como planejamos, certo? O que acontecerá quando ele encontrar Evangeline Odessa? Ela o a...