Para o Inferno Disso - Jason Todd - Tradução - Completa ✔️

Capítulo 21 - Gotham à luz de gás

As coisas estavam saindo do controle.

Como regra, Andy não tinha nada a ver com o trabalho de Jason e era assim que ambos queriam. Mas ninguém estava conseguindo o que queria hoje, incluindo a aranha gigante do mal de outra dimensão.

Tudo ficou escuro por um único momento, antes que um horrível ruído de rasgo enchesse os ouvidos de Andy. Cor, luz e uma cacofonia de sons rugiam ao redor dela.

Ela ofegou por ar. Ela estava de costas em pedras frias e duras. Jason caiu com força no meio-fio ao lado dela. O dispositivo dimensional pousou com um barulho e rolou para longe.

O murmúrio de vozes assustadas chegou até ela, mas foi abafado por Jason engasgando dentro do capacete. Ela cambaleou de joelhos ao lado dele. Ele não estava se movendo, apenas deitado de lado e fazendo aquele som horrível. Ela se atrapalhou com o mecanismo de travamento até tirar o capacete.

Ele estremeceu e vomitou.

"Onde está o...?" ele murmurou, respirando fundo antes que seus olhos revirassem e ele ficasse mole. Ela manteve uma mão protetora em seu ombro.

Onde estava o dispositivo? Ela só o viu por um momento antes de ser ativado, parecia um relógio de bolso e, por um momento pelo menos, brilhou em roxo. Não havia sinal dele em lugar nenhum, no meio-fio ou na rua, entre as pernas das pessoas e as longas saias com babados. Ela olhou para cima e ao redor.

Ela estava cercada por pessoas em vestidos e gorros, gravatas e chapéus de feltro, suspensórios e bonés baixos. Um cavalo estava amarrado ali perto, e os cabos dos bondes corriam como veias sobre a estrada. A rua não era asfalto cheio de buracos, mas pedras de espinha de peixe. Um garoto com um casaco de veludo cotelê remendado vendia jornais na esquina.

Não havia carros. Nenhum outdoor.

As pessoas não estavam mais olhando, mas andando rapidamente ao redor deles e sem fazer contato visual. Alguém passou por cima das pernas de Jason.

Gothamitas , sua mente forneceu, antes que ela registrasse o que seu cérebro posterior instintivamente sabia. Eles ainda estavam em Gotham. De alguma forma.

Algum dia?

Ela balançou a cabeça. Nada disso importava. Eles estavam no meio da calçada, Jason estava inconsciente, e embora ela não achasse que o inimigo tivesse vindo pelo portal com eles, eles estavam vulneráveis ​​ali. Havia protocolos sobre como ela deveria lidar com emergências. Se Jason estivesse caído, ela deveria contatar um dos outros morcegos.

Ela não achava que seu telefone estivesse recebendo sinal aqui.

Eles tinham que sair da rua. Mas não havia como ela mover Jason sozinha.

Ela se levantou. As pessoas passavam apressadas com toda a determinação de quem viaja para o trabalho numa manhã de segunda-feira em qualquer época. Ela procurou na multidão por alguém útil. Seus olhos pousaram em um jovem de aparência apressada, em roupas de trabalhador, que puxava uma carroça.

"Você! Ei você!" Ela fez contato visual direto com ele.

"O quê?" Ele olhou ao redor de si mesmo e depois de volta para ela com algum medo. "Eu?"

"Você poderia me ajudar, por favor? Preciso mudar meu amigo. Posso pagar você."

Ele olhou para ela com ar de dúvida. Ela provavelmente parecia uma lunática. Ainda bem que ela usava um vestido e um cardigan hoje, mas nada mais nela poderia passar por local, para não falar de seu cabelo vergonhosamente solto.

"Pagar o quê?" ele perguntou.

Ela olhou para a bolsa tiracolo na qual havia embalado seu almoço esta manhã.