1. Emboscada

9.1K 348 71
                                    

Só queria deixar bem claro aqui antes de vocês lerem: essa fanfic não é de minha autoria, ela é da Nai e está postada no Nyah! na categoria 'originais'. Nai me deu livre-arbítrio para passá-la para Camren.

Relevem o Austin nessa história.

Era só isso mesmo.

Boa leitura!


***


O céu se encontrava completamente coberto por um manto denso e acinzentado, tornando a iluminação opaca e fraca. A impressão era de que a tarde estava sendo findada, e não iniciada. Era iminente que aquela camada vívida se desfaria em uma violenta chuva em questão de minutos. No horizonte eu podia ver inconstantes flashes de luz. Relâmpagos. Eu precisava me apressar, pois enfrentar aquela tempestade não estava em meus planos.

A calçada que se estendia logo à frente do portão de meu colégio estava totalmente ocupada por uma aglomeração de estudantes. Era notável a ansiedade que circulava entre eles. Alguns arriscavam atravessar a multidão, mas eram repreendidos ou barrados. A situação da rua não era muito diferente. Uma longa fila de automóveis se formava. Afinal, papai e mamãe tinham que buscar seus pequenos príncipes no colégio.

Não demorou muito para que o guarda de trânsito, contratado especialmente pelo colégio, entrasse em ação. Ele permitia que apenas três carros parassem em frente à calçada por vez. Os alunos se espremiam um pouco e enfim começavam a ceder caminho uns para os outros. E logo os três carros partiam, com novos passageiros. Outros três carros estacionavam em seguida. Pouco a pouco aquela multidão ia se desfazendo.

– Camila, você não vai embora? – indagou uma voz conhecida bem ao meu lado.

– Sim, claro. Eu só estava esperando aquela confusão ali fora melhorar um pouco – expliquei-me, me voltando para a dona da voz. Era Allyson Brooke.

– Ah, por favor. Não agüenta uns empurrões? Você é de açúcar ou o quê? – implicou Ally, revirando os olhos.

– Não comece. Estou mal humorada – defendi-me, franzindo o cenho involuntariamente.

– Você sempre está mal humorada – dessa vez ela sorriu abertamente, ajeitando seus óculos de armação alva com a ponta do indicador.

– É, eu sei – retribuí o sorriso.

– Sério, vamos embora. Já enjoei dessa escola. Não sei como você não fica ansiosa para sair daqui – disse Ally, me lançando um olhar de repreensão.

– Tudo bem, chata, vamos embora – concordei, sorrindo de canto.

Apanhei minha bolsa e a coloquei nas costas. Antes de sair da sala, olhei mais uma vez para o horizonte através da ampla janela do segundo andar. Deparei-me com um céu ainda mais nebuloso. O tempo estava assustador.

– Vai cair uma chuva daquelas hoje – comentei enquanto eu e Ally descíamos a escadaria que nos levaria ao primeiro andar.

– Com certeza vai. Antes de procurar você chamei um táxi. Ele provavelmente já deve estar na frente do colégio nos esperando.

– Ainda bem que você serve para alguma coisa – escarneci, dando um leve empurrão nela assim que passamos pela entrada principal do colégio.

– Você não é nada sem mim – gabou-se ela, cheia de si. Eu nem me atrevi a contestá-la, pois sabia que era verdade.

– Tudo bem, Ally. Você está certa – concordei prontamente.

Logo chegamos ao portão. Os estudantes que ainda se encontravam por ali estavam organizados em rodas, conversando animadamente e fazendo brincadeiras. Olhei para frente e vi o táxi.

Uma Estranha Em Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora