Narrado por Solano
Estou completamente ferrado.
O que estava pensando quando me deixei cair como um patinho nas artimanhas do meu sobrinho! Meu irmão nunca iria me perdoar se soubesse, meu pai então, era capaz de nunca mais olhar na minha cara. O pior de tudo, é que foi bom, o garoto está longe de ser um amador, e isso é ainda mais preocupante.
No dia que ficamos assistindo filmes e ele derramou Coca-Cola de propósito, sabendo que eu havia ficado excitado com as cenas, fui salvo por um amigo de São Paulo que me ligou quando as coisas estavam saindo do controle.
Evitei Júnior o quanto pude, fiz de tudo para ficar o menos possível no apartamento e nunca sozinho com ele, mas o destino não quis assim, e não fui firme o suficiente em pará-lo. Não posso negar que por ser totalmente errado e completamente proibido, as coisas tornaram-se ainda mais excitantes.
Fui fraco e vou ter que carregar essa culpa. Flaviano nunca irá me perdoar se souber, mas ele jamais pode sequer sonhar, eu perderia todo o amor da minha família, talvez até minha mãe ficasse contra mim.
Essa foi a primeira e a última vez que me envolvi com meu sobrinho, foi um erro que não poderá se repetir e não por ele ser um homem, na verdade ainda um garoto, mas também por isso e todo o resto.
Nunca tive um relacionamento com outro homem, mas já recebi algumas mamadas em banheiros de baladas. Uma única vez comi um cara, em uma cabine, de uma festa em uma boate. Não me considero gay, bi e nem hetero, sem rótulos, não tenho nenhum tipo de preconceito, mas venho de uma família que não pensa assim, aliás, diria que pensam totalmente ao contrário.
Acho que assumiria qualquer pessoa que eu realmente amasse e valesse a pena. Quero acreditar que sim, até hoje meus relacionamentos foram com mulheres e não sou hipócrita, é o que se espera de um homem como eu, então tudo é mais fácil, sem problemáticas, embora eu seja um imã para problemas.
Só preciso ir embora da casa de meu irmão e ficar bem longe da tentação de Júnior e sua boca gulosa e habilidosa.
Na sexta, um dia depois do que aconteceu no banheiro, liguei para Josias logo após o almoço, ainda estava no meu intervalo. Não queria ficar em casa, aliás, por mim, nem voltaria lá, mas precisava tomar um banho e trocar de roupa, então não teria escapatória.
Josias novamente iria levar o seu filho para uma competição, ele até me convidou para ir junto e fiquei de dar uma resposta, não queria tirar a privacidade entre pai e filho, mas se não houvesse outra alternativa, iria aceitar o seu convite.
— Desculpa, mas acabei escutando a conversa com Josias, o que acha de ir lá pra casa? A gente pode pedir algo para comer, ganhei uma garrafa de um bom espumante no Natal e ainda não tive a oportunidade de abrir.
Moara apareceu como uma tábua de salvação. Com certeza ir para sua casa e poder passar um tempo com ela, era como matar dois coelhos com uma cajadada só, como dizia o meu avô.
— Que maldade com o Josias, esse é um convite praticamente irrecusável — a respondi com um sorriso safado e um olhar que subia de suas pernas torneadas em uma saia um dedo acima dos joelhos e sua blusa branca justa e com botões, que dava para ver o contorno de seus seios fartos que eu já conhecia.
— Vou sair daqui diretamente para casa, pode ir a hora que quiser e sem hora para sair — ela piscou e saiu rebolando aquela bunda redondinha.
"Mano, pintou um convite da Moara para uma noite em sua casa. Valeu, mas não posso deixar a minha colega no vácuo"
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Um Bom Garoto
RomanceAtenção!!! O tema dessa história é um tabu, um relacionamento entre tio e sobrinho. Por favor, não leia se não estiver preparado ou não se sentir confortável. Júnior é um jovem de vinte e um anos que tem seus sonhos e suas metas, mas elas estão lon...