Uma conversa franca

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Narrado por Solano


Fico paralisado vendo o meu irmão no meio da sala nos perguntando o motivo de nossa demora, enquanto o meu sobrinho, com a cara mais lavada do mundo o responde:

— Enrolei um pouco para descer, estava ficando com uma menina lá da universidade e o Vini não queria que eu fosse embora. Depois ainda pedi para o tio nos levar até a rua torta, queria mostrar para ele a vista de lá à noite, mas nem saímos do carro, estacionamos naquela rua ao lado, por isso demoramos um pouco mais.

A tranquilidade com que ele conta, me deixa ainda mais preocupado. Júnior é um mentiroso nato, daria um ótimo jogador de pôquer.

— Você bebeu? Fala a verdade, mano, ele bebeu e vocês estavam dando um tempo para ele melhorar, né? — Flaviano me pergunta desconfiado.

— Ele está falando a verdade, fica tranquilo, realmente fomos só apreciar a vista. Até fiquei um pouco receoso por ser madrugada e com medo de sermos assaltados, mas fui imprudente e acabei caindo no papinho dele, mas nada aconteceu.

Falo a última frase me lembrando de seu filho cavalgando no meu pau enquanto eu gozava dentro dele.

— Graças a Deus, aqui não é perigoso como o Rio, mas é bom termos cuidado. Vamos dormir.

— Vou escovar os dentes e já vou para a cama, boa noite para vocês — Júnior foi para o banheiro e meu irmão me desejou boa noite antes de ir para o seu quarto.

Fechei meus olhos e respirei aliviado, as coisas estavam começando a sair do meu controle e isso não era nada bom.

No domingo fui ao supermercado comprar alguns itens que precisaria para o apartamento novo, mas só me mudaria na quarta-feira, a obra havia terminado, mas eles fariam uma limpeza geral entre segunda e terça

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No domingo fui ao supermercado comprar alguns itens que precisaria para o apartamento novo, mas só me mudaria na quarta-feira, a obra havia terminado, mas eles fariam uma limpeza geral entre segunda e terça.

Quando o corretor me ligou no sábado para contar, fiquei mais uma vez frustrado, mas ele me garantiu que de quarta não passava e não tinha o que fazer a não ser aceitar.

Ainda queria conversar com Júnior sobre o rumo de sua vida, estava preocupado como ele estava a levando, havia inúmeros riscos aos quais ele estava exposto por ser gay, jovem e imaturo e ainda se envolver com homens mais velhos.

Eu só havia transado sem camisinha quando era mais novo, mas depois disso, fiz vários exames e estava limpo de doenças sexualmente transmissíveis, mas nem todos os homens tinham essa preocupação.

Talvez fosse melhor deixar para falarmos depois da minha mudança, teríamos mais privacidade em meu apartamento e queria aproveitar para pôr um ponto final na loucura que estávamos fazendo. Não ia negar que o garoto sabia me enlouquecer, mas já havíamos ido longe demais.

Na terça-feira, o corretor confirmou que eu poderia passar na imobiliária no dia seguinte para pegar as chaves. Conversei com a Moara sobre sair um pouco mais cedo na quarta para fazer a minha mudança, que consistia em levar somente minhas roupas e os poucos objetos que eu trouxe do Rio, mas que sempre demandava algum tempo para a arrumação, porém tive que aceitar a sua ajuda quando se ofereceu dizendo que era ótima com organização.

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