capítulo dois ~ Giovanna

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Que noite incrível vivemos!

Felizmente sem sufoco e classificados para a próxima fase.

Pra não falar que nem emoção teve, quando o excelentíssimo juiz anulou o gol do Jonathan, todos aqui na casa da Independente tivemos um pressentimento negativo. Mas diferente de nós, parece que isso serviu como um combustível para os jogadores do time, e logo eles resolveram e mataram o jogo.

Está rolando uma grande festa aqui, mas eu e meus amigos já estamos pensando pra onde ir e continuar a comemoração.

Estamos bem alegres após tanta bebida no pré, durante e pós jogo, e com dificuldade de decidir onde iriamos.
Até que meu celular toca, vejo que é uma ligação de vídeo do meu amigo Chico, e atendo já brincando com ele:

- Chico se tu me quiseeeres, sou dessas mulheeeres de se apaixonaaar! - digo cantando sua música para provocá-lo.

- Coé! Já falei pra esquecer essa música aí! Mas hein, adivinha onde eu tô? - ele pergunta com ar misterioso.

- Não parece ser algum bar na orla da praia. Onde tu tá? - pergunto brincando de fazer um gesto de observação com as mãos.

- Tô aqui na sua área, neném! Amanhã vou ter um trabalho aqui e preferi já vir logo. Onde vamos virar a noite, hein? Tô vendo nos seus olhos que você já tá bem louca, se quiser posso ir pra sua casa e cuido de você. - ele fala piscando o olho pra mim.

- HA HA HA, sempre tão iludido, senhor Moedinhas. Tô com o Léo e a Bia aqui decidindo pra onde vamos. Tem alguma sugestão? - pergunto e chamo os dois pra vir atrás de mim e verem ele também.

- Salve meus amores! Bacana, vocês já beberam todas, né? Óh, vamos em algum lugar tranquilo, vai ser melhor pra todo mundo. Léo, lembra aquele karaokê maneiro que tu me levou uma vez? Eu fecho fácil ir pra lá. - ele diz enquanto aparentemente está pagando algo.

- Por mim acho ótimo. Cês duas topam? - Léo pergunta e eu e Bia apenas concordamos com a cabeça.

- Fechado então, eu tenho o endereço salvo aqui. Tô saindo do aeroporto e já chego lá. Não demorem aí! Beijos. - ele diz mandando tchau e encerrando a ligação.

Com o destino decidido, nos despedimos de uma galera que estava próxima durante o jogo e já chamamos um carro de aplicativo.

Já estava bem tarde e não existia trânsito na cidade, pra melhorar o tal lugar também era na região sul da cidade.

Nunca fui nesse karaokê que o Chico escolheu, os que frequento são no centro da cidade. São bem basicões, mas extremamente incríveis. Como esse fica no lado nobre, já estou imaginando que deve ser o tipo de lugar que só deve ter mulheres de vestidos curtos, salto alto e muita maquiagem. Penso nisso e me sinto um pouco insegura por estar completamente despojada. Soltei meu cabelo na tentativa de parecer mais apresentável, não sei se melhorou muita coisa. Começo a pensar que seria melhor recusar esse lugar, mas nesse momento o carro para e entendo que chegamos.

Realmente o local é bem incompatível para como estamos vestidos. Não perguntei para meus amigos, mas nos olhamos e parece que os três pensaram o mesmo. Quando ia sugerir algo mais simples, ouvi a voz do Chico gritando para nos chamar:

- Bora! Já descolei aqui um vip. - ele diz acenando com a mão.

Não tinha muito o que fazer agora. Andamos até ele, o abraçamos e entramos na casa. Era um lugar bem grande e estava com bastante gente. Como eu imaginava, a maioria estava bem arrumada, mas me alivia ver que tem alguns mais básicos perdidos por aí.

Estamos no setor que o Chico arrumou e daqui dá pra ver bem o grande espaço que tem pro karaokê. Quem sabe após ingerir mais álcool eu não tomo coragem de me arriscar lá?

la mejor compañia ~ Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora