la mejor compañia ~ Jonathan Calleri

capítulo três ~ Giovanna

Saí de fininho ao ouvir o Gabriel chegar e falar o nome de uma mulher, e da maneira que foi dito, deve ser a namorada do jogador que falava comigo.

Tá aí mais um motivo pra não dar confiança pra eles.

Se envolver com homem comprometido já é obviamente um grande erro, sendo alguém conhecido então, Deus me livre!

Agora entendo por que senti aquela insegurança, era claramente um sinal.

Céus, obrigada por mais um livramento!

Já estava novamente com meus amigos, e o Ferraresi propõe uma aposta rápida de meninas contra meninos.

- Simples, par ou ímpar, quem perder vai lá cantar alguma música, mas pra deixar com vergonha. - Ferraresi disse parecendo uma criança atentada.

- Ímpar, sempre! - falo de imediato.

O Ferraresi joga a moeda e faz um grande suspense pra revelar.

Deu par e os meninos ganharam.

Eles vibram juntos e se reúnem pra escolher a música. Rapidamente saem da rodinha que fizeram e já falam para descermos, só revelariam lá qual música escolheram.

Eles vão na frente, e eu e a Bia tomamos mais uma dose de tequila pra ajudar.

Quando estávamos na escada ela me pergunta sobre o Jonathan.   

- Quer dizer que o nosso 9 vai ser sua próxima vítima do flerte sem interesse? - ela diz rindo e me abraçando de lado.

- Muito engraçadinha você, amiga. Mas não, esse aí só tem cara de bom moço. Sabe o que o Gabriel falou quando chegou lá? - pergunto e ela me olha com atenção. - Dizer que tinha uma tal de, sei lá, acho que Patrícia, procurando muito por ele e algo do tipo. Ou seja, homem, né? - finalizo. 

- Homem e jogador, mais padrão impossível! Que argentino safado! - ela fala com raiva.

- E assim amiga, óbvio que o interesse não era em mim, acho que ele só inventou uma desculpa pra depois pedir minha ajuda com você. Então fica esperta. - falo e ela me olha rindo.

- Aham, vou fingir que acredito. Eu vi muito bem como ele tava te olhando, parecia que ia "atacar" a qualquer momento. Mas só pra conhecer o tamanho do seu delírio, por que você acha isso? - ela diz segurando o riso. 

- Primeiro que olha pra mim e olha pra você, Bianca! Segundo, pô, ele me fez uma pergunta sem sentido nenhum, queria saber quem era o Jonathan da minha camisa, qual a lógica disso? Até fiquei na dúvida se falava a verdade ou inventava algo, mas sorte que o amigo dele chegou. - falo e ela ainda ri. 

- Aí amiga, tá muito tarde pra nossa sessão de terapia, mas saiba que seu primeiro tópico é uma grande besteira. No segundo você até que está certa, foi bem nada a ver mesmo. E sei lá né, de repente o garanhão queria era pegar as duas. Fala sério, um grande babaca! - ela diz balançando a cabeça negativamente. 

Encerramos a conversa justamente quando chegamos no palco. O Léo vem até nós e fala qual música escolhida.

- Eu sei que eu sou o mais próximo de vocês, mas não me matem, tá? Vai ser Aguei. - ele diz e já sai correndo pra longe de nós.

Nós duas tivemos a mesma reação de cobrir o rosto com vergonha. Mas não tínhamos escolha a não ser fazer logo. Subimos no palco, aguardamos a música que tocava parar e em seguida começou a escolhida pelos meninos.

Durante o tempo todo ficamos com a mão livre cobrindo nossos rostos.

Sentia que ia explodir de tanta vergonha. Principalmente porque a Bia foi minha segunda voz, acompanhando no refrão, e eu cantei o restante sozinha. Quer dizer, praticamente tudo.