capítulo oito ~ Giovanna

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Acordei sentindo um pouco de frio e com o nariz coçando, e logo entendi que minha rinite estava atacada.

Olhei a hora e ainda não estava tão tarde.

Me virei para o outro lado na tentativa de dormir mais um pouco, mas meu celular tocando não permitiu.

Era minha mãe, e eu atendi porque já sei que ela continuaria a ligar caso eu ignorasse.

- Bom dia, pensei que ainda estava dormindo. - ela diz aos risos.

- E estou. - respondi, ouvi as risadas dos meus tios e continuei: - Fala oi pros meus tios. - conclui e ri também.

- Eu estava vendo seu instagram. Você deu parabéns pra Olivia por mim? Deu também algum presente pra ela? - ela pergunta empolgada.

- Claro que não. Ela não te conhece ainda. Quando ver o gênio forte vai se assustar. - falo e me viro na cama.

- Impossível, ela parece ser um anjinho, ou melhor uma princesinha. - ela diz e suspira.

- E é, mas bem rebelde também. - falo, rio lembrando do seu machucado de ontem e completo: - Mas é o que já falei, é só aparecer por aqui que te apresento pra ela e pra toda família. - finalizo.

- Qualquer hora eu vou sim. E tá tudo bem? Volta a trabalhar essa semana? - ela pergunta mudando de assunto.

- Tá sim. Volto na terça. - respondo e bocejo.

- Já entendi, vou desligar e deixar você dormir mais. Tchau filha, amo você. - ela diz e ri.

- Tchau mãe. Beijo. - falo e encerro a ligação.

Minha mãe me conhece e sabe que sou fria com sentimentos, na verdade especificamente em falar. Sou adepta a outra linguagem do amor.

Em mensagens eu até costumo digitar coisas como "te amo", principalmente para meus amigos. E eles já sabem que se me ouvirem falando isso, significa que o álcool já me fez atravessar alguns portais.

Depois que desliguei a ligação, resolvi levantar e tomar um banho pra ver se me sentia melhor.

Não ajudou muita coisa, e enquanto comia algo a campainha da minha casa tocou.

Era o Léo e a Bia, já prontos pro jogo de mais tarde.

- Já? Vão abrir o estádio? - pergunto enquanto dou passagem pra eles entrarem.

- Oxe, e nós não chegamos sempre cedo por lá? Nosso esquenta de sempre. - Léo responde e senta todo largado no sofá.

- Não vou beber hoje não, tô com a rinite atacada. Só vou mesmo porque é clássico. - falo e me sento no braço do meu sofá.

- Pior do que tá não fica, aliás, as vezes até ajuda. Sou a favor de beber sim. - Bia diz aos risos.

- Depois dos 30 essa teoria não vale da mesma maneira. - falo enquanto rio do Léo sofrendo com as unhadas da minha gata, depois contínuo: - Mas sério, eu vou sair bem em cima da hora, e depois volto direto. Se quiserem ir na frente, tá tranquilo por mim. - termino e sigo rindo da implicância da Mia com ele.

- Eu vou trabalhar lá hoje, preciso chegar cedo. Vou nessa então, mais tarde eu venho aqui. - ela diz, me abraça e continua: - E você Léo, vem comigo ou vai ficar? - ela fala e olha pra ele esperando uma resposta.

- Ah! Já que a Gi não vai beber eu vou contigo. Vou mandar umas mensagens aqui e encontro com alguém por lá. - ele diz, também me abraça e depois complementa: - Te encontro lá no nosso setor de sempre. Beijo Mia, também te amo. - ele conclui rindo e vai até a porta.

la mejor compañia ~ Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora