Hoje volto pra rotina de treinos e jogos, e agradeço porque será uma distração pra minha mente.
Quero me esforçar pra focar ainda mais no lado profissional, assim eu evito de pensar no que vivi no meu passado, e o futuro que dificilmente terei.
Levanto, tomo um banho com calma, e visto a primeira roupa que pego no meu closet.
Desço até a cozinha, e enquanto a cafeteira faz seu trabalho, separo a ração e água do Jokic, que ainda dorme no meu quarto.
Engulo o café e vou comendo uma maça até chegar no carro.
Da minha casa até o CT de treinamento é relativamente longe, mas não é dos trajetos com mais trânsito na cidade, e após pouco mais de 30 minutos, eu chego e ainda estou adiantado.
Cumprimento quem já está por lá. Depois vou vestir a roupa de treino, calçar a chuteira e esperar quem falta.
Me sento no banco na frente do campo principal e fico olhando pro nada. Até que escuto um barulho. Vejo alguns homens com câmeras se posicionando perto do portão de saída do campo, e entendo que hoje o dia ainda será de entrevistas para a imprensa.
Ontem alguns jogadores já participaram de programas esportivos por live. Como não fui protagonista no jogo de quinta, acredito e torço muito pra não ser lembrado hoje também.
A única coisa que eu teria pra falar é sobre o legítimo gol que o juiz me tirou.
Escuto alguém me chamar e reconheço que é um dos jornalistas mais experientes e que mais conhece o São Paulo. Ele vem ao meu encontro e pede para gravar uma entrevista. Em consideração a ele, e por conhecê-lo desde a minha primeira passagem, acabo concordando, mas peço pra ser breve. Ele aceita a minha condição, gravamos rapidamente, e logo me despeço.
É o tempo exato de todos os jogadores chegaram, e a comissão técnica iniciar com os aquecimentos.
Depois de um tempo intenso de treinamento, olho pro banco e vejo o Gabriel sentado sozinho lá.
Me aproximo pra pegar uma água, e ele me explica que ficará afastado por um tempo dos treinos em grupo, para tratar de uma lesão que sentiu nas costas, no último jogo.
Aproveito que estamos a sós para me resolver logo com ele.
- Desde quando você é mais amigo da Patrícia do que meu? - pergunto diretamente e sério.
- Como, hermano? No, claro que sou mais seu amigo. Por que acha isso? - ele me pergunta assustado.
- Então por que diabos você foi me procurar a pedido dela? E também por que incentivou a ideia dela de ir pra minha casa? Me parece que você não está do meu lado nessa história. - pergunto enquanto cruzo os braços.
- Ah, Joni. Sobre te procurar, ela literalmente implorou, e diferente do Galoppo que a ignorou, eu fiquei com vergonha de recusar ajuda. Agora sobre o apoio na saída, sei lá, geralmente ela acaba indo pra sua casa, então eu entendi que era algo natural. - ele responde com a expressão de estar sem graça e complementa: - Mas estou vendo que errei feio. Perdón, não irá se repetir. - ele finaliza e me encara.
- Todo bien, Gabi. Mas que não se repita mesmo. - falo, sorrio pra ele e continuo: - Nada mudou na minha relação com ela. Continua sendo só uma, como dizem aqui, válvula de escape. - encerro e olho pro gramado.
- Te entendo, amigo. Você ainda pensa na Micaela, né? - ele pergunta e eu engulo em seco.
- É óbvio hermano, foram muitos anos juntos. - respondo brevemente e suspiro.
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la mejor compañia ~ Jonathan Calleri
FanfictionNessa história, Jonathan conhece a amiga de alguns colegas de trabalho, e a cada nova descoberta, acredita que ela merece uma investida diferente das demais mulheres que ele se envolve. Os primeiros momentos levemente conturbados, e alertas de ser i...